O Acerto de Contas SilenciosoXENOISSeis malditas horas. Já fazia seis horas desde que Thorne me arrastou para fora do estacionamento da escola como se eu fosse algum adolescente delinquente pego quebrando as leis, e ele ainda não estava falando comigo.Bem, não diretamente, de qualquer forma. Em vez disso, estava usando minha própria assistente como mensageira, o que era possivelmente a coisa mais humilhante que já havia acontecido comigo como um Alfa.— Margo — disse Thorne de onde estava sentado em uma mesa e cadeira separadas no meu escritório, mantendo a voz neutra enquanto continuava — , por favor diga ao Alfa Xenois que seu comportamento hoje não foi apenas não profissional, mas uma violação direta do vínculo com sua companheira.Margo, que havia sido minha assistente pessoal por três anos e amiga da Lumina por ainda mais tempo, se virou para mim com nojo no rosto que mal tentava esconder. Margo odiava Sophia desde o dia em que fui ao aeroporto buscá-la e havia mantido s

O Erro GenéticoXENOISO escritório da Dra. Martinez parecia menor que o normal enquanto me acomodava na cadeira colocada em frente à sua mesa.Ainda estava passando por algumas emoções bem intensas do que havia acontecido apenas minutos atrás. Sophia atacando meu filho, minha própria reação violenta a ela, algo que nunca havia feito antes estava me deixando culpado.Mas a expressão da doutora me dizia que seja lá o que ela estava prestes a me contar só ia piorar as coisas daqui para frente. Ela tinha aquele olhar que os médicos dão aos parentes quando seus entes queridos não têm chance de melhorar. Seja lá o que fosse que ela ia me dizer, era grande.— Qual é o problema? — perguntei, tentando manter minha voz firme apesar da mistura diferente de emoções que estava passando por mim.A Dra. Martinez puxou um arquivo das suas gavetas e o colocou na mesa entre nós. Seus dedos tamborilavam nervosamente contra a pasta, e eu podia ver o conflito na sua expressão — a luta entre condu

Guardiões InesperadosLUMINAMeu telefone vibrou quando estava me acomodando na cadeira desconfortável do hospital ao lado da cama do Ollie.O identificador de chamada fez meu coração pular uma batida enquanto senti um pouco de pânico correndo — era Zade. Rapidamente olhei ao redor da sala, me certificando de que Xenois ainda estava distraído com a conversa que estava tendo com Thorne no corredor, antes de sair para atender a ligação.— Zade — atendi baixinho, indo em direção ao final do corredor onde podia falar mais privadamente e não me preocupar em ser ouvida por ninguém.— Lumina — ele falou soando aliviado enquanto continuava.— Recebi sua mensagem sobre os meninos estarem no hospital. Você está bem? Ollie está bem?— Estamos bem — disse, embora minha voz tremesse um pouco pelo medo residual que ainda tinha em mim. Quando recebi a primeira ligação, pensei que era Ollie quem estava inconsciente e quebrei muitas regras de trânsito chegando aqui, lembrando do fato de

Uma Mulher DiabólicaSOPHIAAndava de um lado para o outro no meu apartamento, meu telefone pressionado contra a orelha enquanto tentava controlar a raiva que quase estava me consumindo.Tudo havia dado errado hoje. Tudo.— Andy — disse entre dentes cerrados, respirando pesadamente para me controlar.— Preciso que me escute com muita atenção. Riley se machucou na escola hoje, e eles coletaram amostras de sangue.Houve uma pausa do outro lado da linha antes da voz de Andy vir através do telefone, cautelosa e controlada. — Que tipo de amostras de sangue?— O tipo que faria médicos começarem a fazer perguntas ou conseguir mais testes para descobrir uma explicação para o que acabaram de ver — respondi rispidamente, sentindo minhas mentiras que havia estado cuidadosamente construindo para seduzir Xenois desmoronando diante de mim.— Eles precisavam saber seu tipo sanguíneo para uma transfusão, e aparentemente os marcadores genéticos eram tão óbvios e familiares para a médica

Uma Manhã RuimXENOISO sol da manhã entrando pela janela do meu escritório parecia uma zombaria do caos que havia consumido minha vida nas últimas vinte e quatro horas.Estava sentado na minha mesa, olhando para os relatórios que Margo havia me trazido, mas as palavras continuavam se embaçando enquanto minha mente voltava aos fatos impossíveis que a Dra. Martinez havia revelado ontem.Riley era meu filho de todas as formas possíveis. Meu filho biológico. E eu não tinha absolutamente nenhuma lembrança de como isso era possível.O som de pequenos passos no corredor acima me lembrou que ambos os meninos ainda estavam na casa e ainda estavam se recuperando do acidente de ontem.Lumina havia ficado acordada a maior parte da noite, verificando Riley a cada duas horas como a Dra. Martinez havia nos instruído a fazer, certificando-se de que seu ferimento na cabeça estava sarando adequadamente.Ofereci ajuda com a vigília noturna, mas ela mal me deu atenção, afinal ainda estava magoada