Descobrindo a Verdade Sobre a Paternidade de RileyLUMINAEstava sentada na sala de estar, segurando uma xícara de café que era a única coisa me mantendo de pé depois do fiasco da noite passada.Observava os meninos brincando quietos. Riley estava posicionado no canto com um livro que estava lendo silenciosamente — até as viradas de página eram algo que se tinha que forçar os ouvidos para ouvir — , enquanto Ollie empurrava seus caminhõezinhos de brinquedo pelo tapete inquieto, como se estivesse fazendo apenas para se manter ocupado em vez de se divertir. Nenhum dos dois parecia particularmente interessado em suas atividades, e eu podia dizer que ambos ainda estavam processando o que havia acontecido na escola.— Mamãe — Ollie havia dito mais cedo naquela manhã, depois do café da manhã, parecendo um pouco nervoso — , quando Riley vai voltar para a casa dele?A pergunta me pegou desprevenida. Parecia que Ollie não queria que Riley fosse embora e estava tentando me perguntar se eu

Refúgio SeguroLUMINADirigi para casa com a visão embaçada enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto, segurando firme no volante com os nós dos dedos brancos.Riley era filho do Xenois. Meu marido teve uma criança com outra mulher, e eu havia estado cuidando dessa criança na minha própria casa, amando-o como se fosse meu próprio sobrinho, enquanto a mãe dele conspirava contra mim das sombras.A pior parte nem era a traição em si — era a forma como Xenois havia me olhado naquele quarto de hospital. Não, eu esperava isso, especialmente pelo fato de ter renascido. Uma parte de mim sabia que eu não era a pessoa mais importante na vida dele. O que me quebrou foi a dúvida nos seus olhos, a forma como ele realmente me perguntou se eu era capaz de contratar bandidos para atacar Sophia. Meu próprio marido acreditava que eu era um monstro.Entrei na nossa garagem e fiquei sentada no carro por um momento, tentando me recompor, respirando fundo enquanto usei meu lenço para enxugar as lágri

Despedaçando a FamíliaLUMINASubi as escadas para nosso quarto com pavor se acumulando no estômago, cada passo que dava parecia que estava me afastando da vida que havia construído nos últimos cinco anos.O rangido familiar do terceiro degrau, as fotos da família alinhadas nas paredes, o aroma das velas de lavanda que sempre mantinha acesas — tudo parecia pertencer a outra pessoa agora.No nosso quarto, fui direto ao armário e afastei as roupas penduradas para revelar um pequeno cofre que estava escondido atrás dos meus casacos e roupas de inverno.Minhas mãos tremeram enquanto digitei a combinação — era o aniversário de Ollie, a única data que sabia que nunca esqueceria.Dentro estavam as coisas que havia estado silenciosamente juntando por meses, sabendo que um dia como este poderia chegar, especialmente pelo fato de ter renascido.Era onde guardava meu passaporte, certidão de nascimento, o cartão de crédito de emergência que havia aberto no meu nome de solteira, e o dinhei

Negando a Verdade CruelXENOISNão conseguia tirar a imagem do rosto de Lumina da minha mente enquanto saí do hospital. A dor nos seus olhos, a forma como havia me olhado como se eu fosse um estranho — isso fazia meu coração doer e me assombrava a cada passo que dava.Mas as evidências eram esmagadoras. Os homens que haviam atacado Sophia confessaram, sob comando Alfa inclusive, para ter certeza de que estavam dizendo a verdade e não tentando incriminar uma mulher inocente, que Lumina os havia contratado.Mas ainda assim, eu tinha que saber com certeza.A delegacia estava fervilhando com luzes, oficiais e conversas murmuradas assim que me viram e exigi falar com os atacantes eu mesmo.Detetive Morrison, um homem grisalho que havia trabalhado com nossa matilha por anos, me levou à sala de interrogatório, sem perder meu tempo.— Alfa Xenois — disse baixinho, tentando me inteirar sem que os outros nos ouvissem — , tenho que avisá-lo, o que estão dizendo sobre sua esposa... é bem

A Transformação ParcialZADEO som de Ollie chorando desesperadamente pelo pai me machucou, de uma forma que não esperava, enquanto observei Xenois desabar no chão molhado atrás de nós.Mesmo pelo retrovisor, podia ver a devastação no seu rosto, a forma como seu corpo estava tremendo a cada uivo que parecia ecoar por quilômetros.— PAPAI! — Ollie gritou novamente, seus pequenos punhos batendo contra a janela. — PAPAI, NÃO DEIXE ELES ME LEVAREM!Lumina estava tentando segurá-lo, suas próprias lágrimas rolando pelo rosto enquanto tentava consolá-lo.— Baby, por favor — sussurrou, sua voz quebrando, enquanto fazia o melhor para consolá-lo e impedi-lo de ficar doente de tanto chorar.— Por favor se acalme.Mas Ollie estava além da razão neste ponto. Não queria ouvir nenhuma razão ou tentar entender por que tinham que deixar o pai dele lá. Sua mente de cinco anos não conseguia entender por que sua mãe o estava levando para longe do pai, por que o único lugar seguro que conhece