Organizando um Encontro Para BrincarXENOISO som do meu telefone vibrando contra o balcão da cozinha me tirou dos meus pensamentos enquanto observei Ollie mexer no café da manhã dele.Ele não parecia nada feliz. Mesmo tendo ganhado um dia de folga para descansar da escola.Tinha estado mais quieto que o normal desde o incidente de ontem no hospital, e a atadura envolvendo sua pequena mão servia como lembrete constante de que falhei em protegê-lo.Olhei o identificador de chamadas e senti meu peito apertar com algo que não conseguia explicar.Era Sophia.— Alô? — atendi, me afastando da mesa de jantar para que Ollie não ouvisse a conversa.— Xenois, oi. Espero não estar ligando muito cedo — sua voz estava baixa e hesitante, muito diferente da mulher confiante que conheci anos atrás.— Está tudo bem. Está tudo ok? Como está Riley? — perguntei, preocupado com ele. Ele melhorou desde o incidente de ontem?Houve uma pausa antes dela responder lentamente. — É exatamente por iss

Um Plano DesesperadoLUMINANo momento em que deixei Xenois sozinho e voltei para nosso quarto compartilhado enquanto ele foi para o escritório da casa lidar com qualquer crise de trabalho que tivesse que resolver, peguei meu telefone com mãos trêmulas.Havia apenas uma pessoa que poderia me ajudar, e ligar para ela significava arriscar tudo que tinha — não apenas meu casamento, mas também minha vida.Lobos e bruxas tinham sido inimigos por séculos. Os tratados antigos eram claros: qualquer lobo pego fazendo acordos com bruxas ou feiticeiros seria despojado do status de matilha e exilado. E em alguns casos, morto.Mas tempos desesperados pediam medidas desesperadas, e estava ficando sem opções.Rolei meus contatos até encontrar o número que mantive escondido por anos, listado sob um nome falso que não levantaria suspeitas se alguém olhasse meu telefone.Carol atendeu no segundo toque, sua voz soando familiar apesar do fato de que anos tinham passado desde que falamos pela últim

Peão RelutanteRILEYEstava sentado na minha cama, trancado no meu quarto pela mamãe enquanto estava de castigo. Estava tentando ler um dos poucos livros que mamãe tinha pego para mim na biblioteca, quando ouvi seus passos no corredor.Eles estavam diferentes hoje, soava como se ela estivesse indo a algum lugar rapidamente. Isso geralmente significava que ela tinha planos, e os planos dela geralmente significavam problemas para mim se eu falhasse em corresponder às expectativas dela.A fechadura clicou, e ela empurrou minha porta sem bater. Ela não batia mais antes de entrar.— Levante, Riley. Vamos sair.Fechei o livro cuidadosamente, marcando onde tinha parado por enquanto com um pedaço de papel que tinha rasgado de um caderno. — Onde vamos? — perguntei cuidadosamente, já que estava um pouco confuso. A escola não começava até semana que vem para mim e era fim de semana.— Ver Alfa Xenois e o filho dele. Lembra o que te disse sobre eles? Sobre como eles vão ser nossa nova famí

O Primeiro Encontro TensoLUMINAA campainha tocou exatamente às duas horas, e senti meu estômago se revirar com uma náusea que mal consegui impedir de vomitar no chão. Apesar do fato de estar ciente e resignada de que eles estavam vindo, e do fato de ter fortificado Ollie ao máximo das minhas capacidades nessas circunstâncias, ainda não estava pronta para que eles se conhecessem.Se ao menos pegar minha criança e fugir da matilha fosse fácil, mas devido à forma como nos casamos, Silvia e Samuel incluíram no contrato e também no vínculo que eu não posso deixar a cidade sozinha ou com qualquer pessoa a menos que tenha uma permissão explícita do meu companheiro Xenois. Isso significava que eu estava presa nesta cidade e era um alvo fácil.Através da janela da sala, pude ver Sophia parada na nossa varanda da frente com Riley ao seu lado, ambos parecendo que pertenciam ali.Xenois já estava se movendo em direção à porta, seu rosto se iluminando com um sorriso que fez meu coração doer.

Raiva ArdenteSOPHIAO caminho até o hospital foi preenchido com um borrão de murmúrios de desculpas de Xenois e minha própria fúria que mal consegui conter.Minha mão esquerda estava me machucando a cada batimento cardíaco, minha mão queimada gritando em protesto sempre que o carro batia em uma pequena lombada na estrada. Mas a dor física não era nada comparada à raiva queimando no meu peito.Aquela vadia realmente me queimou, que audácia. Ela havia agarrado minha mão e pressionado contra aquele fogão como se eu não fosse nada mais que uma criança desobediente precisando de punição. A humilhação era quase pior que a dor.— Sinto muito, Sophia — disse Xenois pela que pareceu ser a centésima vez, seus nós dos dedos brancos enquanto segurava o volante. — Não sei o que deu na Lumina ultimamente. Ela tem estado... diferente. Paranoica. Mas nunca pensei que ela realmente machucaria alguém.Contive o impulso de dizer a ele que sua preciosa esposa tinha estado "diferente" muito antes