Capítulo 182 — InteiroNarrador:As caminhonetes entraram na mansão escoltadas pelos homens do diabo. O ar estava carregado de silêncio, o tipo de silêncio que anuncia que algo irreversível havia ocorrido. Eros desceu do veículo atrás do diabo. Suas roupas estavam manchadas de sangue seco, suas mãos ainda tremiam, embora ele tentasse mantê-las nos bolsos. Ele caminhava ereto, mas seus olhos revelavam que havia deixado parte de si mesmo naquele galpão. Sasha o viu do hall. Ela estava ao lado de Sofia e Aylin, mas assim que o reconheceu, seu corpo se adiantou instintivamente. Ela não correu em direção a ele; não era necessário. Ela caminhou com a firmeza de alguém que entendia exatamente o que estava acontecendo. Eros tentou se endireitar mais, tensionando a mandíbula, fingindo firmeza. Mas quando Sasha se colocou na sua frente, os olhos dela atravessaram a máscara sem esforço.—Eros... —disse ela, sem reprovação, sem perguntas. Apenas seu nome, como se bastasse para lembrá-lo de quem el

Capítulo 184 — Morte... ou liberdadeNarrador:A mansão Suárez estava em silêncio quando Renzo Santini chegou acompanhado por vários de seus homens. Os guardas o deixaram passar sem resistência: todos sabiam que Suárez tinha negócios com o italiano e ninguém ousava detê-lo. Ele caminhou calmamente até o escritório principal, o som de seus passos ecoando nos corredores como um presságio. Mauricio Suárez estava sentado atrás de sua mesa, com o cenho franzido, exausto pelas últimas horas. Quando viu Renzo entrar, ele ficou tenso, mas não se moveu.— O que você está fazendo aqui a esta hora, Santini?Renzo ajeitou o paletó com um sorriso frio.— Trouxe notícias, Mauricio. Azucena já está morta. A filha do diabo foi resgatada. E agora ele virá atrás de você.Mauricio levantou-se de repente, com a respiração ofegante.— Morta? — sua voz falhou — minha filha!Renzo inclinou a cabeça, com uma calma venenosa.—Sim, sua filha, e ela morreu gritando, e acredite que essa morte horrível será uma pi

Capítulo 186 — A mensagemNarrador:A mansão principal estava cheia de movimento: homens de Santini revistando quartos, retirando o que restava do caos e “limpando” cada canto. Marcelo e Julián caminharam em silêncio até a casa de hóspedes, afastada, muito mais tranquila. Lá, ao fechar a porta atrás deles, o mundo pareceu parar. Marcelo deixou-se cair no sofá da sala, com o rosto enterrado nas mãos. Tudo o que havia acontecido nas últimas horas estava gravado em seu peito: seu pai morto, Azucena morta e sua empresa fechando um acordo com Renzo Santini.Julián sentou-se ao seu lado e passou o braço pelos ombros dele, puxando-o para si.—Já está feito —sussurrou, apoiando a testa contra a de Marcelo—. Você não precisa carregar mais nada hoje.Marcelo levantou a cabeça, com os olhos vermelhos, mas secos.—Você entende o que acabei de fazer? Renzo Santini... ele acabou de ficar com tudo o que era minha família.Julián acariciou sua bochecha suavemente, forçando-o a olhá-lo.—Não, o italian

Capítulo 188 — O pai coloca uma sementinha na mãeNarrador:Dominic piscou, como se tentasse se convencer de que não tinha ouvido mal. Sem dizer nada, levantou o cigarro, caminhou até a mesa, apagou-o no cinzeiro com um gesto firme e murmurou com voz grave:—Chega disso.Quando voltou o olhar para Natalia, seus olhos tinham um brilho diferente, uma mistura de incredulidade e emoção contida. Sua mão continuava apoiada em sua barriga, tremendo levemente.—É verdade...? —perguntou, com a voz embargada, como se o mundo inteiro dependesse dessa confirmação, com lágrimas escorrendo pelo rosto e um sorriso suave.—É verdade. —Dominic engoliu em seco, com a mandíbula apertada, e de repente a puxou para si, envolvendo-a em um abraço forte e desesperado. Ele enterrou o rosto em seu pescoço, aspirando seu cheiro como se fosse a única coisa capaz de mantê-lo de pé. —Merda, Naty... —sussurrou com uma voz rouca —Eu não sabia que ainda podia ter algo tão puro em minhas mãos.Ela acariciou sua nuca, s

Capítulo 190 — Não me traiaNarrador:Sasha deixou-se cair no sofá do quarto de Sofia, cruzando as pernas e apoiando o queixo na mão. Olhou para ela com um sorriso divertido enquanto a menina remexia papéis e anotações sobre o que queria para a sua festa.—Vamos lá, princesa, já falta pouco... você está animada? —perguntou com um tom malicioso.Sofia ergueu a cabeça com aquele gesto orgulhoso que lhe saía tão naturalmente.—Muito. Finalmente vou deixar de ter quase onze anos para ter onze.Sasha riu, balançando a cabeça.— Juro que se você voltar a dizer isso de “quase onze”, vou enlouquecer.— Então fique feliz, porque é a última coisa que direi antes de ter onze anos de verdade — respondeu Sofia com um sorrisinho desafiador. Sasha bagunçou seu cabelo e Sofia o ajeitou com dignidade, sem deixar de sorrir.—Você é impossível, sabia?—Todo mundo me diz isso —respondeu a menina, inflando o peito —Mas mesmo assim todos me amam.Sasha a abraçou de lado, divertida e comovida ao mesmo tempo.