POV: AIDENHaphel se inclinou, erguendo-se na ponta dos pés, sem quebrar o contato do olhar. Os lábios dela se aproximaram dos meus, provocando a tensão em cada músculo do meu corpo. A mão pequena subiu lentamente pelo meu tórax nu, explorando a pele até alcançar meu pescoço.Rosnei baixo, deixando a voz rouca e grave vibrar entre nós. Meu olhar desceu até sua boca, antes de apertar seu quadril com força— É melhor ir tomar um banho antes que acabe ficando resfriada. — murmurei contra seus lábios, sentindo a respiração dela presa, e me afastei de leve, notando a surpresa e a decepção nos olhos grandes. — Vou preparar algo para comermos.Ela corou forte, desviando o olhar, os lábios ainda entreabertos.— Certo... — murmurou baixo, quase tímida. — Me desculpe... me deixei levar.Haphel mordeu os lábios, nervosa, a respiração curta denunciando sua luta interna.— Não tive tempo ainda de processar o que houve... ou aceitar a ideia de que nunca mais verei o sorriso da minha mãe, de que nun

POV: HAPHEL— Aiden... você está muito quente, deve estar delirando... deveria tomar um banho morno e... — comecei a falar, mas a frase morreu na garganta quando estremeci ao sentir as presas dele rasparem lentamente pelo meu queixo.O contato foi suave e ameaçador ao mesmo tempo, subindo devagar até parar a poucos centímetros dos meus lábios. O hálito quente roçou contra a minha pele, arrancando um arrepio involuntário. Meu coração errou uma batida, esmagado pela intensidade do olhar dourado que me prendia.— O que você está fazendo?— Sendo um bom paciente, minha doce veterinária. — ele provocou com o tom baixo e rouco, carregado de malícia. As mãos fortes e ásperas agarraram minhas coxas com força possessiva, apertando até me arrancar um gemido surpreso. Arregalei os olhos, o corpo inteiro estremecendo quando uma de suas mãos começou a subir lentamente, explorando sem pressa.— Você não quer me examinar por completo? — a voz dele desceu ainda mais, pecaminosa. — Quer ver até onde mi

POV: HAPHELTentei falar em meio ao beijo, mas o ar já me faltava. Ele rosnou baixo, a boca colada na minha, e abriu um sorriso lento e afiado contra meus lábios inchados.— Não é o suficiente de você, raposinha... — sua voz saiu grave, cada palavra vibrando em seu tórax como uma promessa indecente. — Vou te devorar pedaço por pedaço... marcar cada canto dessa pele até você desejar ser só minha... e de mais ninguém... Ruby.Arfei, o coração disparando com força. O rubor queimava meu rosto, mas minhas mãos instintivamente o empurraram.— Do que está falando, Aiden? — murmurei, ofegante, tentando recuperar o fôlego. — Quem é Ruby?Ele me encarou de cima, os olhos prateados em tom alaranjado, mais selvagens do que nunca. O sorriso desapareceu, mas o olhar permaneceu predatório.Senti o corpo dele travar, o maxilar rígido, a respiração pesada. Ele balançou a cabeça, praguejando algo baixo, e quando me encarou de novo, seus olhos haviam perdido o brilho alaranjado selvagem, voltando a um d

POV: AIDENDespertei de sobressalto quando a claridade atravessou a janela, cortando meu rosto. Arfei, confuso, o corpo rígido em alerta imediato. O cheiro quente de café se espalhava pelo ar. Olhei para meus braços... e o sofá estava vazio. Haphel não estava ali.— Merda. — Praguejei, passando as mãos pelos fios e indo para copa. Haphel estava sentada à mesa, tomando café como se nada tivesse acontecido, os olhos presos em um livro sobre combate e armamentos lupinos. A mesa estava posta, mas ela sequer levantou o rosto para me olhar, ignorando minha presença como se fosse capaz disso. — Bom dia, raposinha. — provoquei, a voz grave carregada de malícia enquanto me sentei à sua frente. Arqueei uma sobrancelha e, sem pedir permissão, abaixei o livro de suas mãos, forçando-a a me encarar. &

POV: AIDENHaphel deu um passo para trás, recuando, mas avancei sem dar espaço.— Eu não sou um prêmio, Belmont. — ela ergueu a mão contra meu peito, como se pudesse me barrar. A palma pressionou meu tórax duro, o calor de sua pele queimando contra a minha. — Estou falando sério, Alfa.Inclinei a cabeça de lado, o sorriso devasso se abrindo em meus lábios.— Sou o ganhador, raposinha... e o prêmio fica ao meu critério. — rosnados vibraram em meu peito, abafados, carregados de posse.Vi seus dedos tremerem contra minha pele, mesmo que ela tentasse manter a postura firme. Antes que tivesse tempo de recuar, avancei, rápido, bruto. Agarrei sua cintura e a ergui do chão sem esforço.— Aiden! — ela gritou, as pernas se debatendo no ar, os cabelos ruivos bagunçados pelo movimento.Apertei mais suas pernas a mantendo em meu ombro, sentindo sua respiração ofegante.— E sei exatamente o que quero. — murmurei, a voz rouca, devassa, deixando claro que a caçada estava no começo.— Me coloca no chã