Capítulo 41 — Dorian Langdon … Alaric KaneNarrador:Ele se levantou lentamente, com o envelope ainda fechado, e saiu do seu apartamento. Sabia exatamente para onde estava indo: para o ECLIPSE. Ao chegar ao clube, o ambiente era familiar.Dorian cumprimentou o porteiro com uma leve inclinação da cabeça e entrou. Sentou-se em uma das poltronas mais distantes do palco, onde a penumbra lhe permitia passar despercebido. O envelope da clínica permanecia no bolso do paletó, ainda fechado, como se não existisse. Então, ele a viu. Elektra subiu ao palco, sua figura iluminada pelos holofotes fracos da boate. Ela começou sua rotina de dança, movendo-se com a graça e sensualidade que sempre o cativaram. Cada movimento parecia fluir com uma precisão calculada, mas, ao mesmo tempo, havia algo de liberdade nela, como se estivesse fugindo do mundo por alguns minutos. Dorian a observou, com o olhar fixo nela, enquanto sua mente se afastava dos problemas que o assombravam. Por um instante, tudo o mais

Capítulo 43 — SilêncioNarrador:Passados alguns dias, o relacionamento entre Katrina e Gideon, ou Nicolás, como ele se autodenominava, parecia ficar cada vez mais sério. As demonstrações de carinho eram cada vez mais frequentes, sem mencionar que ele ia todos os dias ver a garota antes de mergulhar em longas jornadas de trabalho, as quais, por motivos óbvios, ele não mencionava. Tudo estava indo bem, ou pelo menos era o que parecia, até que, de repente, no dia menos esperado, ao descobrir sua origem, ele começou a se distanciar. Respondia com menos frequência às mensagens, a ponto de nem atender as ligações, desejando traçar uma linha entre os dois.— Katrina, eles virão buscá-la?Saindo tarde da noite do seu turno de trabalho, a garota ficou esperando por muito tempo para ver Nicolás, como ele havia prometido, e quando o resto do pessoal saiu, ao vê-la sozinha na rua perigosa, perguntaram se ela precisava de ajuda.— Não, parece que Nicolás está trabalhando.Abaixando o rosto, sentin

Capítulo 45 — CaosDorian:Cheguei ao escritório de Gideon com uma sensação de urgência que não conseguia esconder. Katrina estava no hospital, e eu sabia que ele precisava saber. Entrei sem pedir permissão, fechando a porta atrás de mim com um golpe seco. Gideon levantou os olhos dos papéis, visivelmente irritado com a interrupção.— O que está acontecendo, Dorian? — perguntou surpreso ao ver que era eu.— É a Katrina — respondi sem rodeios — Ela está no hospital, em estado grave. Você precisa ir vê-la.Gideon arqueou uma sobrancelha, como se não entendesse a gravidade do que eu acabara de dizer. Cruzou os braços e me olhou com aquela frieza que costumava usar quando não estava interessado no que alguém lhe dizia.— Não vou — disse ele, secamente — Já descobri quem ela é realmente. Ela mentiu para você, Dorian. Era uma prostituta. Não tenho nada a ver com ela.Senti o sangue ferver. Não podia acreditar no que acabara de ouvir. Katrina estava à beira da morte e ele estava preocupado co

Capítulo 48 — Um pequeno favorDorian:Entrei no hospital e a encontrei ao lado de Katrina, que já estava melhorando. Elektra não saía do lado dela, sempre atenta, mas ao me ver, levantou a cabeça com curiosidade. Aproximei-me lentamente, ciente de que o que estava prestes a pedir não seria fácil de explicar, mas precisava fazer isso. E, mais ainda, precisava dela para isso.— Elektra, preciso lhe pedir um favor — disse, com um tom mais casual do que me sentia por dentro.Ela ergueu uma sobrancelha, evidentemente surpresa com meu tom e com o pedido que não esperava. Afastou-se um pouco da cama de Katrina e cruzou os braços.—Um favor? O que é? —perguntou com certo ceticismo.Respirei fundo, pensando em como formular sem parecer ridículo.— Um amigo meu vai se casar — eu disse, e a vi franzir a testa — E ele precisa de um padrinho... Ele me perguntou se eu poderia arranjar um.Elektra ficou em silêncio, os olhos semicerrados como se tentasse entender o que eu realmente estava pedindo. E

Capítulo 50 — Finalmente, o jantarDorian:Finalmente nos sentamos, mas a tensão entre nós era palpável, mais forte do que nunca. Não era apenas pela imprensa que nos cercava, nem pelo restaurante renomado que ela havia escolhido. Era algo mais profundo, algo que havíamos tentado enterrar, mas que sempre ressurgia quando estávamos perto. Elektra brincava com a borda da taça de vinho, seus olhos procuravam os meus com um sorriso quase zombeteiro nos lábios. Eu sabia o que ela estava fazendo. Sempre soube. Seu vestido preto, que se ajustava perfeitamente ao seu corpo, a fazia se destacar na sala como se fosse a única pessoa no mundo. E para mim, naquele momento, ela era. Não consegui evitar. Senti uma pontada no coração quando a vi entrar, tão segura de si, tão consciente do efeito que tinha sobre mim.— Você está confortável? — ela finalmente perguntou, com um tom despreocupado, mas seus olhos transpareciam provocação enquanto ela levantava a taça.Tomei um gole do meu vinho, fingindo c