Chego em casa, tento novamente contato com Alice, mas não consigo. Ligo no hotel e peço o número da Catarina, as meninas logo me passam e resolvo ligar, no segundo toc ela atende. — Alô?! — Catarina, é o Oliver, passa para a Alice que preciso falar com ela. — Vou logo falando assim, pois sei que as duas estão juntas, elas sempre estão. — Bom dia, senhor Oliver, eu não estou com a Alice, aliás, ela viajou para fazer a apresentação das filiais com o senhor Gabriel, porém, não sei informar para qual hotel eles foram. Infelizmente, não poderei te ajudar. — Droga!! Catarina, por favor, preciso falar com ela, só pede para ela me retornar, por gentileza! — Desculpe, senhor. Ela termina a ligação desligando o telefone na minha cara. Quem ela pensa que é?! Com certeza levará uma advertência quando retornar, mas será que retorna? Fico com essa dúvida o dia todo, pensando na besteira que fiz, poderia estar ali com a minha pequena, matando a saudade, mas não, fui logo

Chego em Maceió e vou direto para o hotel. Peço que levem minhas malas para o meu quarto e já vou direto para o andar da presidência. Olho para o corredor, que vai direto para a sala de reuniões e reconheço aqueles cabelos, e aquele cheiro, só pode ser dela. A reconheceria quilômetros de distância, apenas pelo seu cheiro, que sempre me encantou. Não acredito que a encontrei, estávamos tão perto e ao mesmo tempo, tão distante, meu rosto se ilumina, por enfim, encontrá-la e parecendo tão bem. O destino nos prega algumas peças mesmo, todo esse tempo, ela continuava trabalhando na minha empresa. Acabo sorrindo com essa descoberta. A chamo, mas ela finge não me ouvir, pelo jeito não vai ser tão fácil como pensei, então agarro em seu braço e quando a viro, o mundo para ao meu redor, não existe mais ninguém aqui. Somente um homem e uma mulher que se amam. Confesso, que por mim, o mundo poderia acabar agora, só por ter a sua atenção, seu magnífico olhar em mim, com o mesmo desejo que eu, já m

Saio do apartamento da Alice, devastado e com as malditas lágrimas, que insistem em cair, ela não vai facilitar para o meu lado, mas não vou desistir. O que me conforta, apesar de tanta dor pela rejeição, seu desprezo ainda é pouco por tudo o que fiz, é o sentimento de alegria, não sei se por finalmente encontrá-la, ou por saber que serei pai e ainda de dois, dou um sorriso em meio às lágrimas. Sou o homem mais feliz e a minha pequena me proporcionou isso. Sei que ainda não estamos juntos, mas sinto que logo as coisas irão se ajeitar e seremos a família mais feliz e realizada. Me despeço do porteiro e sigo para o hotel. Primeiramente, tenho que descobrir o que Andréa faz aqui, depois do nosso término, eu não a vi mais, fiz o pai dela me vender as suas ações, pois não queria contato nenhum mais com aquela família. Mas se ela está aqui, por causa da minha Alice, irei descobrir e destruir seus planos, sinto que não é boa coisa. Não sei do que Andréa é capaz, mas espero, que para seu p

Quando o Gabriel me disse que estava voltando para Atibaia, fiquei feliz, não vou negar, pois ele me deu a missão mais importante, cuidar dos meus amores, e isso eu farei. Prometi a ele que daria o meu máximo, faria o meu melhor e não deixaria que absolutamente nada acontecesse com eles. Por isso, comprei um apartamento no prédio ao lado do dela, sim, comprei a cobertura, de onde consigo ver tudo o que acontece. Muita falta de ética, da minha parte, mas não me culpo, é minha família, e só estou cuidando do que é meu. Meu pai me ligou perguntando se o assunto do hotel havia se resolvido, eu disse que ainda tinha mais algumas coisas para fazer aqui e logo voltaria, já fazia algum tempo que estava no Ceará. As desculpas estavam indo todas embora, preciso conversar com Alice e perguntar a ela sobre a gravidez, pois se eu contasse aos meus pais, eles viriam correndo para cá. Foi isso o que fiz, sentei-me em meu sofá e disquei o número dela, chamou uma, duas, três vezes e nada de atender,

Estava saindo do hotel para ir pra casa, preparar um jantar e levar para a Alice, quando alguém, passa correndo ao meu lado. Ela não me é estranha, ouço várias pessoas gritando, mulher grávida, e simplesmente saio em direção a eles. Para minha surpresa, vejo minha pequena caída no chão, gemendo de dor e um líquido claro, escorrendo por suas pernas, não penso em mais nada, pego-a no colo e corro para o carro, que fica sempre à disposição na porta do hotel.— Para o hospital, Pedro. — No caminho já envio mensagem no grupo que ela criou, avisando a todos que os bebês podem nascer a qualquer momento, e ligo também para a Karla, pedindo para ir direto para o hospital.Chegando lá, ela já nos esperava na porta.— Estou de plantão hoje, o que houve? Quem foi a louca que empurrou Alice? — Só escuto quando ela diz o nome Andréa. Se acontecer qualquer coisa com minha mulher e meus filhos, eu juro que mato aquela desgraçada, falei para mim mesmo. Por fim, foi decidido que eles nascerão hoje