Hoje é o dia do coquetel, minha intenção seria chamar Alice para ir comigo, mas ela mal falou comigo a semana toda, então Andréa será minha companhia da noite, isso não significa que iremos como casal, mas lá daria meu jeito de me separar dela. Chegamos ao hotel e subimos para o local em que está sendo feito o evento, pelo que ouvi, a ideia do local foi dada pela Alice, após um incidente com um cliente importante. Ela era essencial para a administração do hotel, tinha ótimas ideias na cabeça e as colocava em prática, essa menina iria voar em sua profissão e o que eu puder fazer para ajudar, eu farei. Eu a sigo com os olhos e vejo que saiu para o terraço, peço licença da mesa, pego duas taças de champanhe e vou atrás dela, percebo que ela está observando a vista e sorrindo, no que será que ela está pensando, me aproximo mais e digo: — Um dólar por seus pensamentos — digo me aproximando e lhe oferecendo a taça que ela aceita. — Está pagando em dólar, agora? Mas acho que

Vejo Gabriel levando Alice para fora do salão e resolvo segui-los, para ver onde estão indo. Resolvo chamá-los, Alice para e se vira, seguro em seu braço, que ela puxa se desfazendo do meu toque, me dá uma resposta e sai, pedi para que ela me deixasse levá-la para casa, mas sem sucesso. Então, resolvo segui-los de carro, para ver se realmente está indo no caminho correto para a casa dela. Observo de longe, quando Gabriel para o carro e depois de uns minutos ele desce, dá a volta e pega Alice no colo, parece que ela dormiu, ele entra no edifício com ela e fico esperando para ver se ele irá sair em seguida. Quase uma hora depois ele sai, e penso o que estavam fazendo até essa hora no apartamento. Minha cabeça já imagina coisas que não deve e sinto a raiva me dominar, mas preciso ter calma, pode não ser o que aparenta. Isso resolverei amanhã, por hora irei me contentar e vou embora, me bate um desespero, por não ser eu que estou fazendo isso. Eu deveria levá-la, mas de nada adia

Fui duro com ela, eu sei, na realidade eu fui um grande filho de uma puta, porra, eu poderia ouvi-la sim, Alice é diferente da Andréa. O pouco tempo que passamos juntos ela me mostrou ser uma ótima pessoa, pura, caridosa, mas eu preciso me afastar, não quero sofrer, de novo não. Mas porque dói tanto?! Achei que seria mais fácil, mas não, está doendo pra caralho, sinto como se tivesse uma faca enfiada em meu coração. Isso é estranho, pois nem quando peguei aquela traidora da Andréa na cama, com aquele desgraçado, eu não me senti assim. Claro que sofri, mas nada se compara ao ver a minha pequena daquela forma. Mas vai passar é apenas o primeiro momento. Ela saiu correndo da minha sala, e a vontade seria correr atrás dela, mas mandei a Catarina ver o que houve, ela ainda não retornou para sua mesa, vou esperar mais um pouco e se ela não voltar irei atrás delas. Fico um tempo ainda com a porta da minha sala aberta, quando a vejo, respiro aliviado. Ela vem em minha direção com

Saí da sala do Oliver, sentei-me em minha mesa e já comecei a adiantar alguns compromissos, fiz muitas ligações e reagendei a maioria para hoje, ficará um pouco para amanhã e o restante para a semana. Levanto-me da minha mesa e vou até a sala do senhor Alberto, preciso confirmar com ele a agenda. Deu tudo certo e até a hora do almoço eu já havia resolvido , esses dois dias seriam bem pesados e cansativos, consegui organizar alguns bons horários entre eu e o senhor Alberto e enfim não passaríamos nenhum compromisso para quando o Oliver retornasse. Minha decisão já estava tomada, iria hoje ao RH e pediria a minha transferência, e meu chefe só descobriria quando retornasse de viagem. Não terei tempo para sair para almoçar, então a Catarina traz para mim uma marmita do restaurante que estamos acostumadas a ir. Ela chega toda alegre dizendo que hoje tinha no cardápio a minha comida preferida, peixe ao molho com legumes. Ela me entrega e diz: — Meu Deus, Alice! Você precisa p

Meu dia começa diferente, está faltando alguma coisa, claro que está. Olho para a minha mesa que está sempre organizada, como deixei no dia anterior, ali coloco todas as minhas coisas e vou até a sala do Oliver, sei que ele não está lá, mas preciso desse momento. Abro a porta e olho em volta, como ele é organizado e metódico, tudo em seu devido lugar, até sua cadeira encostada em sua mesa. Vou até ela, e me sento, pego nas mãos sua caneta preferida, que eu o presenteei, com seu nome gravado, seu lápis muito bem apontado, seu notbook aberto, como sempre ele o deixou. Olho para o lado e vejo o sofá, onde passamos momentos maravilhosos, a mesinha de centro, onde nos sentávamos no chão para comer nela. E enfim o banheiro, que já usei várias e várias vezes, depois do nosso fabuloso sexo. Por um breve instante, recordo dos melhores momentos que tive aqui, e que com certeza jamais esquecerei. Ah, Oliver, porque você tinha que estragar tudo?! Assusto-me com o telefone da minha mesa to