DianaAcordei com a luz suave entrando pelas frestas da cortina. O som do mar batendo lá fora era calmo, constante, e por um segundo, achei que ainda estava sonhando. Estiquei a mão do lado e… vazio.Franzi a testa e me virei na cama. O outro lado estava frio. Me sentei lentamente, bocejando, enquanto varria o quarto com os olhos.— Ethan? — chamei, baixinho, meio sonolenta.Silêncio.Me levantei, puxando a camiseta larga dele que usava como pijama, e andei até a pequena sala do quarto do hotel. Nada. Nenhum sinal dele. Nenhum bilhete, nenhum aviso. A cama estava desfeita, o travesseiro bagunçado, o perfume dele ainda impregnado no lençol.Pensei em ligar pra ele. Peguei meu celular, mas vi o dele ali, na mesa de cabeceira, tocando com minha ligação.— Ah, ótimo, Ethan… — resmunguei, com um friozinho incômodo no estômago.Tentei não surtar. Ele podia ter ido apenas até a recepção, ou buscar alguma coisa rápida. Mas deixar o celular pra trás? Sem recado?Fui até a varanda. O sol ainda

DianaVoltar nunca é tão legal quanto ir, né? Mas com o Ethan dirigindo, a playlist certa rolando no som do carro, e aquela brisa leve entrando pela janela... a viagem de volta foi simplesmente perfeita.A gente foi conversando o caminho todo, rindo de coisas bobas, falando da vida, dos sonhos, até dos nossos traumas. Não sei, parecia que o tempo com ele passava diferente. Leve. Do tipo que você nem vê o relógio correr.De vez em quando ele pegava minha mão e beijava meus dedos, ou passava a mão na minha coxa só pra me sentir mais perto. E eu ali, boba, toda apaixonada, me derretendo por cada carinho.Quando a gente entrou na cidade, bateu aquele peso gostoso de realidade. Tava tudo certo. A gente tinha tido dias incríveis, e agora era hora de voltar pro mundo real. Mas dessa vez... voltando como "nós".Ele me deixou na porta do meu apartamento, desci com um beijo e um sorriso no rosto, e fui direto desfazer as malas. Ainda tava no meio das roupas quando o celular tocou.Era ele.— Am

DianaEu mal podia acreditar que fazia apenas uma semana desde que me mudei pro apartamento do Ethan. A vida com ele era exatamente como eu tinha sonhado — leve, divertida, cheia de afeto. Acordávamos juntos, fazíamos café, brigávamos pelo último pedaço de pão e transávamos no sofá como dois adolescentes sem vergonha nenhuma.Naquela manhã, eu coloquei minha blusa social preferida, a saia lápis que ele amava e fui trabalhar com um sorriso no rosto. Me sentia invencível. Mas, no fundo, algo estava estranho. As pessoas não sorriam de volta. A Carol me cumprimentou pela manhã e disse que tinha algo para me contar, mas como chegaram algumas pessoas na recepção ela não podia fave-los esperar. O RH me ligou pedindo que eu passasse lá depois do almoço. Meu estômago revirou, mas fingi que era coisa da minha cabeça.Só que não era. Era o começo do fim.Quando bati na porta do RH, o silêncio do corredor parecia pesar nos meus ombros. Entrei e fui recebida por duas pessoas que eu nunca tinha vis

 DianaAcordei com aquela mesma sensação estranha no estômago. Já fazia mais de uma semana que isso estava acontecendo. Um mal-estar que ia e voltava, mas que parecia ter virado minha rotina. Levantei da cama ainda meio tonta, abracei meu travesseiro por uns segundos, respirando fundo, e então olhei pro lado. A cama estava vazia. De novo.Ethan já tinha saído.Nos últimos dias, ele mal parava em casa. Tava tentando reverter minha demissão, reunindo com o conselho, enfrentando advogado, RH, acionista. Era um leão, tentando lutar por mim. Por nós. Mas mesmo com toda a força dele, as coisas não estavam andando. E eu sentia que isso só me deixava mais mal ainda.Fui at&eacut

EthanAcordei com o sol batendo no meu rosto e o corpo quente da Diana colado no meu. Era impossível não sorrir. Ela dormia tão tranquila, tão linda… tão minha. Inclinei devagar e beijei o topo da cabeça dela.— Bom dia, amor — sussurrei, mesmo sabendo que ela ainda estava perdida no sono.Levantei da cama, fui direto pro banho. A água quente escorrendo pelas costas me ajudou a acordar de vez. Hoje era um dia importante. Eu precisava focar na empresa, resolver algumas pendências, colocar em ordem tudo que andaram bagunçando depois da demissão da Diana.Vesti minha camisa branca preferida, ajeitei a gravata no espelho e saí do quarto. Antes de sair, deixei um bilhete pra ela na mesa da cozinha. “Volto às 18h. Mal posso esperar pra te ver de novo. — E.”Cheguei na empresa às nove em ponto. Cumprimentei a recepcionista com um sorriso, como sempre. Sentei na minha sala, abri os e-mails, respondi relatórios. Uma manhã completamente normal — pelo menos parecia.Às 12h30, decidi sair para al