Beatriz os recebeu na entrada da sala principal, vestia um robe de cetim cor vinho, e Isabel também estava ali, as duas estavam uma pilha de nervos desde que Dante ligou informando sobre incêndio e dizendo que precisavam ficar ali. Beatriz não se opôs de forma alguma, adoraria tê-los em sua casa o tempo que precisassem. Lhes recebeu de forma calorosa.— Ah... Malú, meu amor... Eu sinto muito por sua casa... — Beatriz disse quando a abraçou.— Pelo menos estamos bem, senhora Beatriz — Malú respondeu um pouco conformada, mas ainda havia dor em sua voz.Ela estava exausta, sua aparência não era das melhores. Estava abatida, com olhos inchados e cansados.Gil ainda lamentava:— Não sei como vamos nos recuperar dos prejuízos...Beatriz se aproximou e segurou a mão de Gil, acariciando-a numa intimidade surpreendendo a todos. — Vocês não estão sozinhos, saibam que podem contar com a gente, e que podem ficar aqui o tempo que for necessário.Ambos trocaram afeto e era visível que ali tinha um

Depois de fazer amor no chuveiro, ainda ficaram deitados na cama em um silêncio único, naquele instante não havia palavras que expressassem seus sentimentos. Apenas desejavam ficar assim deitados entre os braços um do outro em uma posição íntima e aconchegante. Malú estava com seu corpo de lado, as pernas ligeiramente dobradas, e Dante posicionado atrás ajustando o corpo para seguir colado a ela na mesma curvatura. Ele, de trás, envolveu os braços ao redor de Malú, unindo-se na frente, ambos desfrutaram de uma sensação de segurança. Suas cabeças se encostaram, e seus corpos em contato próximo, aproveitavam o calor e o conforto mútuo. Malú não conseguiu dormir, já eram quase cinco da manhã quando decidiu se levantar e ir para o quarto que seria seu. Mesmo com a troca intensa de carinho que haviam tido, Malú sabia que nada tinha ficado definido. Dante estava confuso, e ela não desejava ser uma louca obsessiva, ele precisava de espaço, de um tempo para pensar, sem que ela o pressionasse.

Malú surgiu com um semblante preocupado. Quando soube que Beatriz não estava bem, imediatamente foi até lá. Mas ao ver ela e seu pai juntos tomando café num clima de intimidade, ela viu que Gil estava lhe fazendo bem.— Ah, vocês dois estão aí!Malú entrou, beijou o topo da cabeça de seu pai e depois abraçou Beatriz com carinho.— Filha, bom dia.— Ah, querida, estive indisposta e seu pai veio me animar um pouco.— E estou vendo que ele conseguiu, você parece bem.Beatriz lhe convidou:— Sente-se, tome café conosco.Malú sorriu, aceitando o convite. Enquanto conversavam, Cláudia surgiu, abrindo a porta devagar, trazendo mais talheres e xícaras.— Com licença, mas vi que tinha visitas, pensei que talvez fosse necessário mais utensílios.Cláudia era muito competente, trabalhava há anos para a família Cassani, praticamente conseguia adivinhar o que desejavam. Beatriz agradeceu e logo todos estavam saboreando as delícias.Malú aproveitou aquele momento.— Beatriz, Dante me falou sobre a p

Não foi fácil convencer a Pedro a deixá-la assistir aos vídeos. Desceram juntos até o escritório e ela ligou um notebook.— Senhorita Malú, eu acho que não deveria ver o conteúdo desses vídeos.Mas Malú já estava abrindo o HD e logo surgiram na tela milhares de pastas. Provavelmente, aquele era o mesmo sistema usado por Giovanni, que usava a tecnologia para registrar seus crimes cruéis e sujos. Porém Dante usava ao seu favor como forma de segurança.Um frio tomou seu corpo quando abriu a primeira pasta. As datas dos vídeos eram de três anos atrás, tinham vários, Dante em reuniões, treinos na academia, em baladas, até então, nada demais. Aos poucos, Malú se ajeitou à tela principal do notebook ao assisti-lo em situações comprometedoras, torturando homens.Pedro notou o desconforto dela e explicou:— Este maldito estava recrutando adolescentes para o tráfico e torturou vários deles. Quando Dante rompeu os negócios, ele o delatou para Giovanni e ainda o atacou forjando um assalto.Malú s

Quando abriu os olhos, Malú ainda se sentia fraca. Não fazia ideia de onde estava. Aos poucos, as lembranças vieram em sua mente, de seu plano, e que sua bebida havia sido batizada no bar. Ela foi atacada por dois homens. Malú deu um giro de cabeça e notou que estava dentro de um avião de pequeno porte. Sentiu seu pulso dolorido e, quando olhou, viu que estava enfaixado.Malú ainda estava fraca, e sentia tontura, mas sabia que iria demorar para voltar ao normal.De repente, uma voz familiar entrou em seus ouvidos, aquela que vinha ameaçando sua paz nos últimos meses, era Nicolas.— A bela adormecida despertou... — falou enquanto se soltava do cinto para ir até ela.Malú ainda abria e fechava os olhos em meio a dúvidas sobre o que era real e o que não era. Então, sentiu a mão de Nicolas retirar uma mecha de seu cabelo, no mesmo instante ela virou o rosto em repúdio.— Finalmente estamos juntos novamente... Ah, Malú, que saudades... — ele falou quando tentou beijá-la. — Para... Nicolas