Caroline HoffmannJá são 14:30 e estou uma pilha de nervos. Mãos suando, coração acelerado e pernas bambas, esses são meus sintomas atualmente, enquanto Oliver está todo empolgado ao meu lado.Estamos tomando suco natural enquanto aguardamos na sala de espera do aeroporto internacional de Nova York.Olhando para os lados, acompanho o grande fluxo de pessoas indo viajar em pleno sábado. Confesso que gostaria de fazer isso mais vezes, mas nem meu financeiro muito menos minha profissão permitem. Faço medicina por amor, mas não pretendo fazer somente isso a minha vida inteira. Almejo me especializar em dermatologia, que sou apaixonada, abrir minha clínica e trabalhar da forma que eu tanto quero. Sem seguir regras sem pé nem cabeça de outras pessoas. Bebendo o último gole do meu suco, vejo Oliver olhando para um livro infantil numa banca a alguns metros à nossa frente e interessada me virei para ele. — Você gostou daquele livro?Perguntei chamando a atenção do meu p

Caroline HoffmannSempre soube que um dia essa situação iria chegar, no entanto, não esperava que seria tão rapido, muito menos em um momento onde iriamos conhecer novas e incriveis pessoas.Uma situação tão constrangedora na presença de pessoas que nada possuem um pingo de culpa pelo que vai acontecer depois que a verdade vir a tona.Engoli em seco pelo nervosismo, até que ouvimos o piloto falar através do auto-falante que deveríamos nos acomodar em nossos assentos e apertar os cintos.Vindo em minha direção, Oliver sentou ao meu lado e sorriu quando fiz menção de apertar seu cinto. — Mamãe, vamos ficar bem?Eu parei de afivelar o cinto do meu pequeno e o olhei com atenção.Oliver estava apreensivo, mas existia um brilho em seus olhos que eu nunca tinha visto antes e segurando em sua mão, sorri em encorajamento e murmurei. — Vamos, meu amor. Vamos aproveitar muito esses dias de férias.Ele confirmou com a cabeça e sorriu. Um sorriso que me fez sorrir também.S

Guillermo RuschelDespertei com a luz atravessando a cortina. Abri meus olhos e vi que o sol já estava alto e isso quer dizer que dormi mais que o necessario e me espreguiçando, alonguei meu corpo e sentei na cama. Puxando o ar para meus pulmões, me levantei e fui em direção a janela, abri a porta que dá acesso a sacada e voltei para o quarto em busca de uma roupa para vestir. Peguei uma bermuda branca e uma camisa de mangas curtas de tecido branco com listras azuis. Me olhando no espelho, terminei de abotoar a camisa e ajeitei meu cabelo, indo em direção ao banheiro, fiz minha higiene pessoal e me direcionei para a sacada quando ouvi gargalhadas vindo do jardim e encontrei Oliver brincando com uma pistola de água com Caroline.Observei os dois interagindo e senti um sorriso se formar em meu rosto com naturalidade que não sentia a tempos. A interação dos dois é incrível, e ouvir a risada de Oliver só me faz ter a certeza de que ele é muito feliz com a mãe que tem.Caroline

Guillermo RuschelAbraçando Caroline, depositei um beijo em seu pescoço e inspirei seu perfume doce e murmurei. — Eu amo sentir seu cheiro assim.Ela sorriu e perguntou. — Direto da fonte?Eu gargalhei e a tomei em meus braços e respondi enfiando meu nariz em seu pescoço mais uma vez. — Sim, direto da fonte.Nesse momento a apertei em meus braços e beijei seu cabelo, quando ela se ajeitou em minhas pernas e deitou, fechando os olhos, vi um sorriso surgir em seus lábios e ela falou. — Eu já estava com saudade de ficar assim com você.Eu baixei meu rosto para olhar em seu rosto enquanto memorizava cada traço delicado do seu rosto. Essa é uma visão que eu quero memorizar o resto da minha vida.Sempre que Caroline sorria desse jeito, parecia que eu me apaixonava ainda mais. Ela não precisava se esforçar para me conquistar. Não precisava se esforçar para fazer meu coração acelerar do jeito em que fez agora.Se apaixonar por ela era como comer

Guillermo Ruschel — Oi, Senhor Ruschel.Oliver se sentou na espreguiçadeira enquanto me olhava e me aproximando, o ouvi perguntar. — Gosta de filmes de desenho animado?Eu assenti enfiando a mão no bolso, envolvido com a naturalidade do menino ao me comprimentar. — Quer assistir um pouco comigo?Eu sentei ao seu lado, e ele estendeu o balde de pipoca e disse. — Minha mãe fez pipoca a poucos minutos, ainda está quentinho.Não sei por que mas algo me fez engasgar ao ouvir isso. Meus olhos embaçaram quando pensei na naturalidade do menino ao me recepcionar. Ao me querer por perto. — Obrigado. Vou aceitar a pipoca.Eu respirei fundo quando peguei a pipoca, se ajeitando, Oliver colocou o tablet em minha direção e disse. — Vamos lá.Naquele momento, eu só estava conseguindo ouvir os meus batimentos cardíacos, a risada de Oliver e o som do mar, mas por um momento, senti que eu iria memorizar aquela cena para sempre em min