À meia-noite, Kate acordou e estava sozinha no quarto.Meu Deus, por que estou dormindo tanto? Deve ser o estresse... Ela se levantou, tomou um banho e colocou o pijama. Saiu do quarto e Bastien ainda não havia voltado. Desceu as escadas e foi até o escritório. Entrou com cuidado, e lá estava ele: Bastien, na penumbra, com um copo de uísque e um cigarro, deixando a fumaça dançar entre seus dedos. A camisa entreaberta, o olhar perdido no nada, contemplando as estrelas. Não percebeu que Kate havia entrado. Ela caminhou devagar até ele, o abraçou pelo pescoço e roçou sua bochecha na dele, áspera pela barba que começava a crescer.—Pensando? O que te preocupa, amor?—Você... —Bastien deixou o uísque e o cigarro sobre a mesa, virou-se e a puxou para seus braços, afundando o rosto no pescoço dela, inalando o cheiro de gel de banho e perfume—.—O que foi, amor?—Tenho medo de que aquele filho da puta tente algo de novo. Kate, me apavora a ideia de te perder. Eu poderia abrir mão da minha riq

Na manhã seguinte, Lucca acordou cedo. Saiu da cama com muito cuidado para não acordá-la, se vestiu e foi até a cozinha preparar o café da manhã para Bastien e Kate. Mas, ao chegar, viu que Bastien já estava terminando.— Senhor, tão cedo? Eu me levantei para preparar o café.— Tranquilo, Lucca. Não tem problema. Como está Aracely?— Ela está um pouco ansiosa porque hoje eu volto ao trabalho. Eu disse que as colegas dela viriam visitá-la e ela quis saber se a senhorita pode ir vê-la. Ela já está um pouco melhor, mas tem medo que a senhorita sinta nojo dela por tudo que aconteceu.— Como ela pode pensar que Kate sentiria isso por ela?— Senhor, por favor, não se irrite. O que a Ara viveu foi traumático demais. Ela ainda se enxerga como uma mulher suja, que não merece o carinho de ninguém.— Entendi. Vou falar com a Kate para que vá vê-la no seu quarto.— Obrigado, senhor. Posso ajudar com a bandeja?— Não, eu levo. Vá cumprir suas obrigações. As amigas da Kate virão à tarde, já mandei

Kate segurou a mão de Ara e a levou até o aquário.— Olha, o Bastien comprou isso pra mim — disse ela, começando a alimentar os peixes.Ara observava maravilhada.— São lindos.— Quer dar comida pra eles?— Posso?— Claro, boba. Vem, tem que dar bem devagarzinho — Ara sorria enquanto alimentava os peixinhos. — Olha! Ela está dando à luz?Kate olhou e sorriu.— Siiim! Vou pegar a incubadora.Ela abriu o armário e tirou uma caixinha transparente com fundo duplo. Prendeu-a no aquário e capturou a fêmea que estava parindo. Conseguiu salvar quatro filhotes antes que os outros peixes os comessem e os colocou na caixinha. Automaticamente, a fêmea ficou na parte de cima e os filhotes passaram pela grade para baixo, ficando a salvo.— Uau, são tantos! Achei que eles se reproduziam com ovos.— Eu também achava, mas não… eles nascem vivos da barriga da mãe — Elas observaram até que a fêmea parou de parir.— São tão lindos — disse Ara, encantada.— Não mais que o meu bebê. Vem — Kate pegou a mão