Capítulo 61 – Queimem as CoroasO Conclave estava em caos.As notícias sobre a "exibição" de Ana se espalharam como fogo em palha seca, incendiando os corações e as mentes de todos os reinos. Alguns se curvaram à sua força, enquanto outros, mais cautelosos ou temerosos, começaram a se preparar para destruir a ameaça antes que ela ganhasse mais poder.Na grande sala do Conclave, os líderes de cada raça estavam reunidos. Vampiros, dragões, elfos e lobos, cada um ocupando o trono que simbolizava sua linhagem. Mas nenhum trono parecia estável agora. O próprio chão da sala parecia pulsar com a tensão, como se a fortaleza sentisse o veneno que corria pelo sangue de seus governantes.Kael estava à esquerda de Ana, seus olhos dourados brilhando com fúria. Riven estava à direita, observando em silêncio, mas com o ar de quem sabia que a guerra estava prestes a começar.A líder dos dragões se levantou primeiro. Draethar, uma figura imponente de escamas prateadas, com olhos como o fogo em erupção

Capítulo 63 – O Último DesafioO castelo dos céus estava em silêncio, mas não havia paz. O Conclave estava destruído, seus líderes caídos, e os reinos haviam se curvado diante da força de Ana. Mas o caos que ela havia despertado ainda não tinha fim. O sangue do Véu Duplo, derramado no centro da batalha, era apenas o primeiro passo em um jogo muito maior.Na sala do trono, Kael estava de pé, olhando para o horizonte distante. Seus olhos dourados ainda brilhavam com a fúria da batalha, mas algo em seu olhar estava perdido.— Não acabou, Ana. — ele murmurou, os músculos tensos. — Isso foi apenas o começo.Ela entrou na sala, seus pés descalços tocando o chão com uma graça selvagem. A túnica de seda prata ainda se movia com o peso da batalha, e o símbolo de sua linhagem ardia sobre sua pele.— Eu sei. — disse Ana, a voz calma, mas cheia de uma determinação feroz. — Mas estamos prontos, Kael. Riven... todos que se opõem a nós vão cair.Riven apareceu à porta, seu corpo elegante movendo-se

Capítulo 65 – O Reinado das SombrasA terra tremia.Ana se ergueu sobre o que restava do altar de pedra, o ar ao seu redor carregado de uma energia indescritível. O Véu havia sido rasgado, mas a dor do que fora perdido ainda ecoava em cada fibra de seu ser. Ela olhou para os dois homens ao seu lado, Kael e Riven, os únicos a quem ela podia chamar de seus iguais, seus companheiros e protetores.Eles estavam de joelhos, seus olhos fixos nela. Mas não havia mais reverência em seus olhares. Agora, havia algo mais profundo. Aceitação.Kael foi o primeiro a se levantar, seus olhos dourados queimando com o calor da batalha, mas também com uma tristeza silenciosa.— Você venceu, Ana. — Sua voz era rouca, quase um sussurro. — Mas não foi sem sacrifício.Ana o olhou, o peito apertando. Ela sabia o que isso significava. O poder que ela liberara ao destruir a Deusa do Véu não havia sido apenas a destruição de uma entidade imortal. Era também o nascimento de algo novamente perigoso. Algo que ela a

Capítulo 67 – O Nascimento da Criança do Véu DuploA lua sangrava no céu.Ana ofegava no centro do templo sagrado do novo reino, seus cabelos negros espalhados pelo chão de pedra quente, a pele clara coberta por suor e brilho prateado. As contrações vieram como ondas de fogo e luz, dobrando seu corpo com uma força que não era apenas física — era mágica.— Ela está vindo... — Ana sussurrou entre dentes cerrados, os olhos prateados brilhando com um tom selvagem, quase divino.O chão tremia sob seus pés. As paredes se cobriam com runas vivas que pulsavam no mesmo ritmo que o coração da bebê.Kael estava ajoelhado ao seu lado, segurando sua mão com força, os olhos dourados ardendo de pura fúria.— Eu vou matar quem tentar chegar perto. — ele rosnou, a voz baixa, gutural. — Você me ouve, Ana? Ninguém vai tirar ela de você. Nem mesmo os deuses.Riven, em pé diante da entrada do templo, estava coberto por sombras. Seus olhos vermelhos estavam mais escuros do que nunca.— Eles estão vindo. —

🌑 Capítulo 69 – A Filha da RainhaA criança não chorava.Ela observava.Deitada em seu berço de raízes vivas, cercada por folhas negras e brumas prateadas, a filha de Ana fixava os olhos — prateados, rubros e dourados — no teto do templo, como se visse algo além do véu da realidade. E ela via.Porque ela não era apenas filha da Rainha do Véu.Ela era o que veio depois. O que os deuses temiam.A quebra da última profecia esquecida.Ana acordou ofegante, suando, o coração acelerado.O sonho ainda ecoava em sua mente.🔥 Um trono de ossos.🔥 Um exército de crianças com olhos vazios.🔥 E a voz de sua filha, agora mais velha, sussurrando em sua mente:— Mãe, eu sou o fim... e você é a porta.Ela se sentou na cama de pedra viva, o corpo ainda dolorido, os seios latejando do leite, o ventre aquecido pela presença mágica que carregava desde o parto.Kael dormia nu ao seu lado, o corpo marcado por lutas e prazer. O cheiro dele a fazia arder por dentro.Riven estava acordado, sentado ao cant