A aura da criança era de muita tristeza e dor, mas também de esperança. Larissa ficou penalizada e resolveu levá-la consigo. Chegaram ao local marcado para a abertura do portal e precisaram esperar alguns minutos. A natureza parecia concordar que ela deveria levar a criança, pois lançavam magia sobre elas e balançavam, suavemente, suas folhas. O portal se abriu e elas passaram, chegando do outro lado, na sala de Felícia e espantando a bruxa com a presença da criança. — Mas quem é essa? Resolveu trazer um brinde?Larissa sorriu e a criança abraçou suas pernas, rindo e chorando, aliviada e feliz. Era o que Larissa via em sua aura.— Encontrei-a na floresta, quando já estava voltando para o portal. Chamou-me de mãe e não resisti.— Você encontra uma criança na floresta e simplesmente a trás para casa? Você é doida ou o quê?— Ela parece sozinha e abandonada, não podia deixá-la lá no meio de uma guerra, principalmente, depois do que fiz.Felícia sentiu o toque de sua magia, como se a av

Com as Alcateias em movimento, Larissa aproveitou para ir às agências e denunciar os problemas, assim como para pedir ajuda na solução do problema. Na primeira, a Agência Nacional de Águas, ela foi muito bem recebida e inclusive mostraram o mapa do aquífero que passava pela Alcateia Ancestral.Larissa reconheceu naquele mapa, a mesma imagem do mapa que tinha visto na casa de Felícia e identificou as Alcateias por onde o aquífero também abastecia. Estavam a Alcateia Famigerada, a Magistral e a Hídrica.— Sabe me indicar no mapa, onde tem alguma caverna, túnel de mineração ou uma grande movimentação de veículos. — perguntou Larissa, a atendente.— Ouvimos relatos de uma grande movimentação nessa área, mas o aquífero não passa por lá. Soube que tem um grande fosso, mas sem ligação, pelo menos que saibamos.— Está ótimo, essas informações serão muito úteis, obrigada.Ela saiu daquela agência e foi para a CETESB. Identificou-se na recepção e viu a recepcionista ligar para alguém.— Ela est

Ele não falou nada, apenas consentiu com a cabeça. Aquele raciocínio dela nunca lhe havia passado pela mente e o pior é que, ela estava super certa. — Este é um bom conselho.— A primeira impressão que tive de você, foi de um homem grosso e difícil de lidar, mas percebo, agora, que é só fachada. Sua companheira gostará muito de você.Ele sorriu, cabisbaixo, pois já tinha ouvido muito aquele comentário e não fazia por mal, era o Dreugeon, seu lobo, que era assim.Terminaram o almoço amigável, despediram-se e ele prometeu que averiguaria a área que ela falou, embora não fizesse parte do seu trabalho. Ela lhe passou o endereço da Felícia e foi embora de táxi.Na Alcateia Ancestral, todos saíram de perto do Alfa ao perceberem sua irritação. Tinham limpado tudo e estavam comemorando com churrasco de caça e muita comida feita pelas fêmeas. Havia música e as crianças brincavam à vontade, espalhando alegria, até o Alfa irritar-se.— Pare com esse ciúme bobo, meu filho. Larissa é uma jovem b

Felicia encarou o macho que invadiu sua casa com um olhar feroz e brigou com ele.— Como se atreve a invadir a minha cabana? Como conseguiu passar pelas barreiras?— Minha…linda, forte e destemida. — disse ele, sorrindo e um pouco sonhador.— Diga quem é, ou verá a forte e destemida queimando sua cabeleira e seu traseiro.— Ops… desculpe, sou o Beta Leonel, da Alcateia Ancestral e seu companheiro. — declarou ele, com um sorriso largo, todo orgulhoso.— Do que está falando? Eu não sou uma loba, sou uma bruxa/feiticeira.Larissa que estava se contendo desde então, soltou a risada. Estava se divertindo muito com a situação. Conhecia bem o Leonel e ele sempre foi muito íntegro e respeitador. Ao contrário do Alfa, não exibia as mulheres com quem ficava, se é que ficava.— Não sei o porquê de ser, só sei que é e estou muito feliz por encontrá-la, companheira.— Ai, meu Deus, o que está acontecendo?Felicia olhou para as crianças, que, paradas, fitavam-na em expectativa.— Até vocês, meus b

Apesar de Leonel não poder ver, conseguia imaginar exatamente como o Alfa deveria estar: andando de um lado para o outro com as duas mãos enfiadas nos cabelos e puxando-os. — Onde aquela doida arrumou duas filhotes?— Não foi ela que arrumou, foram as filhotes que encontraram ela. — Saulo ouviu a gargalhada do Beta em sua mente. — Não quero mais saber, traga-a assim mesmo.— Já te contei que Felícia é minha companheira?— O quê? Agora sou eu que estou ficando louco ou ouvindo de mais.— Não está não e vou tentar levá-la comigo.— Convide-a para ser a bruxa da Alcateia, vocês podem construir uma cabana para vocês, na floresta.— Falarei com ela, ficará mais fácil ela aceitar com este convite vindo do Alfa da Alcateia.— Ok, mas não demorem.Eles fecharam a conexão e Saulo foi para o castelo. Leonel não sabia como iria levar toda aquela tropa para casa, principalmente com Larissa querendo resolver aquela situação dos despejos tóxicos.*Dimas achou melhor iniciar a operação de fecham