— Eu como de tudo, Melanie. Senta aí e relaxa, deixa que eu nos sirvo. — Me prontifiquei. — Você gosta mesmo das minhas comidas simples? Eu vivi à base de macarrão instantâneo sabor carne, frango empanado e carne para hambúrguer congelada... Eu pegava dinheiro da gaveta de calcinhas da minha mãe, era onde ela escondia as notas, eu me virei sozinha quase minha vida toda, aprendi a cozinhar com 7 anos. — Sua história era comovente. — O que sua mãe fazia da vida? Por quê nunca foi uma mãe presente? — Comecei a colocar uma generosa porção de macarrão com atum em seu prato. — Minha mãe conheceu meu pai numa boate, ela dançava para ganhar a vida, engravidou, foi expulsa de casa pelo meu avô, ela só tinha 21 anos, morou com uma prima, me teve e depois me largou no mundo, com 5 anos tive que lidar com tantas coisas... Desculpa, eu não deveria despejar essas coisas em você. Vamos comer, estou faminta. — Mudou de assunto. — Tudo bem, Mel. Estou aqui disposto a te ouvir quando precisar desaba

Noah correu para os braços da loira, ela o abraçou. — Ally, ajude a tomar conta dos seus irmãos. — Pedi para ela que não estava tão satisfeita com a situação. — Tchau, papai. — Meu garotinho correu para mim. — Seja um rapazinho obediente. O papai não vai demorar. — Beijei sua cabeça. — Podem ir tranquilos, eles ficarão bem. — Mamãe ajeitou Hannah no colo e sorriu para nós. — Tchau, dona Emilia. — Melanie acenou. — Tchau, querida. Cuide dela, filho. — Mamãe sabia que ela era mais nova e era sua primeira viagem, saindo de Seattle. — Cuidarei. — Prometi. Eu ia deixar meu carro em sua garagem para poder pegarmos um táxi em rumo ao aeroporto. — Vão com Deus! — Se despediu. Atravessamos a rua, havia um ponto de táxi ali perto. Não precisaríamos ligar para pedir um. [...] (Melanie) — Você viu a carinha do Noah? A Hannah ficou chorando. Será que eles vão ficar bem? A Ally também não gostou... Não sei, eu só... — Entendo que esteja preocupada, eles vão ficar bem.

A sua cintura fina estava bem marcada com o tecido justo naquela região. As sandálias pretas de tiras se entrelaçavam nos tornozelos. Pulseiras douradas nos pulsos. Brincos combinando. O tom dos seus olhos realçados parecia mais vivo do que nunca. Ela havia passado algo nos cílios, estavam longos. Prendeu os cachos para o lado usando um broche com formato de uma rosa vermelha. Nos encaramos, Melanie mantinha o sorriso de menina, segurando uma bolsinha dourada. Eu já não tinha mais nem palavras para descrever a beleza daquela mulher. Estava terrívelmente ferrado. Pensamentos inundaram a minha mente... Deveria até ser pecado desejar ela como eu estava ansiando desesperadamente naquele momento. — Você está linda. — Foi apenas o que tive coragem de dizer. — Obrigada. — Sorriu. E por Deus, até quando eu iria conseguir me controlar? [...] (Melanie) Douglas e eu descemos, saimos do hotel rumando para a praia. A festa seria ao ar livre, tudo estava enfeitado e iluminado,

- E à cada dia que passa me vejo perdidamente apaixonado por você. — Comecei a me declarar. — Douglas, eu... — Por favor, eu ainda não acabei... Melanie desde aquele dia que chegou na minha casa, molhada e toda atrapalhada, nervosa e desesperada por emprego, eu me comovi. Não pensei que daria certo, você não tinha experiência alguma, mas vi que tinha garra, força de vontade. Te dei a vaga, você agarrou a oportunidade e não me decepcionou e ainda me surpreendeu com a facilidade que aprendeu a cuidar dos meus filhos. Você é tão única e como eu poderia não me encantar com você? Você cuida da minha casa, se dedica ao máximo cuidando dos meus filhos da melhor maneira possível, te ver interagindo com as crianças enche meu coração de ternura, você é tão boa no que faz, tem essa luz própria, essa energia boa que te cobre, e com o passar do tempo comecei a prestar atenção em você, comecei a te ver como a mulher incrível que você é, e quando dei por mim, já não havia mais volta, você tem sid

(Douglas) — Uau! — Exclamei quando Mel saiu do banheiro já toda arrumada para o nosso passeio. Eu tinha em mente um passeio na Orla, um jantar e finalizar a noite com o pedido especial. — Eu não sabia o que vestir, então... — Ajeitou a alça da bolsinha sobre o ombro. — Você está ótima. — Ela já era linda. Ela estava usando uma bata lilás com listras brancas, que combinava com o short jeans azul-claro e os tênis brancos com cadarços amarelos. Não sei o que ela tinha feito no cabelo, mas seus cachos estavam mais volumosos, o que a deixou mais linda. A maquiagem leve apenas realçava sua beleza natural. — Obrigada. — Sorriu. — Você não acha que está arrumado demais para um simples passeio? — Me analisou. Droga, devo ter mesmo exagerado. Pelo menos não me banhei de perfume como costumava fazer quando era mais novo. — Estou brincando. Você também está ótimo. — Ela riu. Deixamos a suíte e pegamos o elevador para descermos. Chegamos na recepção de mãos dadas, eu não pretendia l