AlexandraEnquanto Sean se dirigia apressadamente para o banheiro, eu me permiti um riso discreto, quase imperceptível. A imagem dele, o CEO imponente e controlador, reduzido a um adolescente frenético por uma simples peça de renda e uma provocação velada, era a prova viva de que minhas loucuras combinavam perfeitamente com as dele. Com Sean, eu tinha a abertura de ser tudo o que desejasse, sem julgamentos. Ele era "meu espinho na roça", me fazendo lembrar da minha juventude em São José dos Campos, quando ajudava minha mãe e avós na lida. Mas também era a única pessoa com quem eu me divertia de forma tão descomunal. Era um prazer que se enraíza na alma, não só nos prazeres explícitos de nossas noites.O dia tinha sido uma montanha-russa de formalidades e flertes perigosos, e vê-lo rendido àquela provocação era uma vitória interna, uma vingança carinhosa por tudo que havia passado. A reunião que se aproximava era só mais um script tedioso a ser seguido. Eu me sentia como uma criança na

Sebastian MorcelliA porra da reunião tediosa com o Grupo Black finalmente acabou. Uma merda de formalidade que tive que engolir, mas que trouxe uns 'bônus' interessantes, eu diria. Meu objetivo? Expandir minhas operações na Ásia. A apresentação daquela tal de Jones, a ruivinha, até que foi competente. Mas não foi a porra da competência técnica dela que me prendeu.Aquela desgraça de mulher. Alexandra Jones. Se bancava a “intelectualzinha”, cheia de falas bonitas. Uma fachada perfeita para os idiotas de sempre. Mas para mim? Merda nenhuma. O vestido floral parecia uma armadilha, rastejando no chão com aquela fenda disfarçada. Vi a deliciosa coxa dela, será que estava com algo por baixo? O brilho nos olhos quando ela me dava umas respostas atravessadas, com aquela inteligência irritante. Ela era um maldito quebra-cabeça de emoções, um desafio muito mais divertido do que aquelas planilhas e gráficos extremamente técnicas e chatas, coisa que sua autora tenta ser, mas... Hhhh é claro que n

Sean BlackEm minutos, estava em frente à nossa casa, as luzes acesas. Deixo o carro na rua mesmo, estou com pressa e sem saco para manobrar e colocar na garagem. Saindo do carro, tento respirar fundo, mas a voz do Satanás de olhos azuis chamando minha Alex de "Raposa" e tentando disfarçar que seria no contexto profissional ecoava como uma maldição conjurada em minha mente. Pego minhas chaves no bolso, juntamente com meu celular e aquela calcinha. É, eu não tenho mais nenhuma esperança de prazer naquela noite, pelo que conhecia Alex, aquele "como desejar Sr. Black" era pior que agarrar as minhas bolas com suas unhas pintadas de vermelho. Abro o portão de nossa casa, ela ficava mais ao fundo e o quintal à frente, e mais à esquerda, a minha churrasqueira novinha e elétrica. Não precisarei de carvão! Ótimo! Percorro os olhos e não a vejo, então minha voz saiu mais alto do que precisava: "ALEXANDRA!" No mesmo segundo, me arrependi pelo que escutei e vi em seguida, quando me aproximei. Lá

Era a vez de Sean de retribuir. Com Alexandra em seus ombros, ele a carregou para dentro de casa, direto para a sala de estar, e a deitou ali mesmo, sobre o tapete macio no chão frio. A camisola de seda preta esvoaçou, expondo as curvas que ele tão bem conhecia, e os olhos dela, antes furiosos, agora brilhavam com uma mistura perigosa de desafio e excitação.Ele a deixou ali por um instante, a respiração pesada, e voltou para o quintal. O fogo na churrasqueira crepitava, consumindo o vestido floral. De cima da mesa, ele pegou a gravata Azul Royal que havia afrouxado mais cedo. Ao retornar, ajoelhou-se ao lado, o olhar fixo no dela."Você vai sentir o que eu senti, Alexandra," ele sussurrou, a voz rouca, carregada de uma promessa sombria. "A submissão, o sentir sem ver, sem tocar." Com um movimento lento, quase cerimonial, ele elevou a gravata. Alexandra mordeu o lábio inferior, um gesto sutil, mas que não passou despercebido por ele."Ainda continua a me testar, Alexandra?" Ele questi

O vento da madrugada invadia pela porta dupla da casa, aberta desde a fúria de Sean. Alexandra acordou, seus olhos buscando aquele homem rendido, deitado no carpete. Moveu-se devagar, cuidadosa para não despertá-lo, e caminhou até o banheiro do primeiro andar. Ao se olhar no espelho, viu seu corpo adornado por pequenas marcas vermelhas e doloridas. Seus cabelos estavam desgrenhados, a boca inchada pelos beijos intensos. Passou os dedos pelo pulso adornado pela pulseira e pelo pingente de esmeralda – a algema daquela relação. Olhou para sua coxa, a mesma que fora exposta pela fenda do vestido, agora ostentando um hematoma roxo. Ela riu baixinho, a ironia mordaz de como um homem cheio de poder podia ser tão frágil ao mesmo tempo.Caminhou até o box e ligou a água quente, buscando amenizar as dores do corpo. Inegavelmente, fora surpreendida e amara tudo que acontecera naquele chão. A água escorria, mas era incapaz de retirar o cheiro e o gosto daquele homem. Por uns momentos, ficou ali e