(Ponto de vista da Olivia)— Você pode gritar o quanto quiser, mas ninguém vai te ouvir. — A voz de Miles Lawrence fez um arrepio percorrer minha espinha enquanto ele examinava o corte no braço.— As salas privadas aqui são completamente à prova de som. — Ele avançou em minha direção com olhos famintos.Eu me lancei na direção da porta, mal conseguindo abri-la antes que Miles agarrasse meu cabelo. Ele me puxou para trás com força brutal.A porta se fechou com um clique suave.— Fique longe de mim! — Gritei, balançando a faca de forma descontrolada e lutando contra a droga que se espalhava pelo meu corpo.Miles agarrou meu pulso, apertando até a faca cair no chão. Ele me puxou contra o peito, imobilizando meus braços.— Solte-me! — Lutei contra ele, mas minhas forças estavam se esgotando rapidamente.Um calor estranho cresceu dentro de mim. Meu corpo me traiu, mesmo enquanto minha mente gritava de repulsa.— Eu gosto quando elas lutam. — Miles sussurrou ao meu ouvido. — Torna a

(Ponto de vista da Olivia)Lucas Blackwood ficou visivelmente surpreso. As pupilas contraíram-se de repente quando Ethan se aproximou de mim. Maxwell Chen aproveitou esse momento de distração e, com eficiência treinada, separou a mão de Lucas do pulso de Ethan.Senti que minhas próprias pupilas dilataram de forma abrupta enquanto a droga continuava seu ataque ao meu sistema. Foi preciso quase todo o meu controle para manter os olhos abertos quando os lábios de Ethan desceram em direção aos meus.Eu virei a cabeça no último segundo, evitando seu beijo, e forcei a dizer duas palavras com os dentes cerrados: — Saia... daqui!Metade do meu corpo ainda estava dentro do carro de Lucas e a outra metade estava presa no abraço de Ethan. Cheia de ressentimento, pressionei minhas mãos com fraqueza contra o peito firme de Ethan, recuando para criar distância entre nós.Ethan se inclinou mais. Seu hálito quente soprou contra meu ouvido e murmurou, baixo para que apenas eu ouvisse: — Olivia Win

(Ponto de vista de Ethan)As portas da emergência do hospital deslizaram ao se abrir, e Miles Blackwood saiu cambaleando, com a cabeça fortemente enfaixada. Sangue encharcou a gaze branca, o que era um sinal claro da gravidade do ferimento.Ele xingou baixo, tocando a ferida com cautela. Seus olhos percorreram o estacionamento, procurando qualquer sinal da mulher que o atacou.— Aquela vadia. — Ele murmurou, estremecendo quando a dor lhe percorreu o crânio. — Vou encontrá-la e fazê-la pagar.Enquanto caminhava em direção ao ponto de táxis, uma sombra surgiu atrás dele. Antes que Miles pudesse reagir, uma mão cobriu sua boca, silenciando seu grito.Braços fortes o arrastaram para a escuridão entre duas ambulâncias estacionadas. Seus pés chutavam em vão contra o asfalto enquanto era jogado no chão.Eu permaneci ali, observando-o com interesse frio. O cigarro entre meus dedos brilhava em laranja na penumbra, iluminando meu rosto apenas o suficiente para Miles me reconhecer.Maxwell

(Ponto de vista de Ethan)Entrei no Grande Salão de Recepção com passos calculados. Meus olhos encontraram imediatamente Olivia sentada ao lado de Lucas Blackwood no sofá. Minha avó estava sentada entre eles. Seu rosto estava iluminado de satisfação.A visão dos dois juntos fez uma onda de raiva possessiva correr pelas minhas veias. Lucas Blackwood não tinha o direito de estar aqui, no meu território, perto da minha companheira.Com lentidão deliberada, desabotoei o topo da minha camisa, revelando as marcas de mordidas frescas no meu pescoço, que eram evidência do meu encontro recente com Victoria. A mensagem era clara para qualquer macho Alfa: Eu estava sexualmente ativo e reivindicando meu território.Os olhos de Lucas se estreitaram levemente ao notar as marcas. Mensagem recebida.— Ethan, você chegou bem na hora. — Disse a avó, alheia à nossa troca silenciosa. Seus olhos brilhavam de entusiasmo enquanto gesticulava entre Olivia e Lucas. — Eu sei que você e Lucas são rivais nos

(Ponto de vista de Olivia)Apressei-me de volta à mansão da Matriarca Evelyn. Minha mente girou com pensamentos sobre Ethan. A lembrança do aperto possessivo dele no meu pulso ainda ardia na minha pele. Eu o conhecia bem o suficiente para antecipar seu próximo movimento.Da última vez, ele simplesmente ignorou minha porta trancada. Eu precisava de uma estratégia diferente esta noite.A mansão estava silenciosa enquanto eu seguia para a sala de estar da Matriarca Evelyn. Ela estava em sua poltrona favorita, lendo um livro sob o brilho quente de um abajur.— Vovó. — Eu disse suavemente, usando o termo carinhoso que ela preferia.Ela levantou os olhos. Seus olhos sábios se enrugaram com afeto. — Wanwan, venha sentar-se comigo.Acomodei-me ao lado de sua cadeira, descansando a cabeça contra seu joelho como eu fazia anos atrás. Sua mão frágil acariciava meu cabelo com gentileza.— Algo está te incomodando, criança? — Ela perguntou. Sua voz carregou o peso dos anos, mas ainda forte co