A floresta escureceu à medida que Lilith e Nyra se aproximavam do Vale Esquecido — um local onde a própria luz hesitava em entrar. Não havia som de vento ou de criaturas, apenas um silêncio espesso, sufocante, que parecia pesar sobre os ossos.— Estamos perto — disse Lilith, a voz abafada. — Elandra falou de uma fenda... um lugar onde a alma do Devorador se fragmentou, tentando esconder sua essência da destruição.Nyra farejou o ar, os sentidos em alerta.— Aqui não existe tempo. Nem cheiro de vida. Tudo está... estagnado.No centro do vale, havia uma árvore morta de raízes expostas, como dedos tentando escapar do solo. Ao redor, círculos de pedras flutuavam levemente, sem tocar o chão, marcados por runas antigas — cada uma com o símbolo de uma dor, um medo ou uma escolha quebrada.Lilith se aproximou. Sentia um pulsar no peito, como se algo dentro dela reconhecesse aquele lugar.— Essas são as âncoras — murmurou. — Cada pedra mantém preso um fragmento do que ele foi... ou ainda é.As
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