Henrique aguardou que a repórter saísse da cafeteria, ainda observando o casal. Lana e o namorado que conversavam a um canto. O homem parecia nada contente. Sua atenção foi desviada quando a repórter saiu pela porta. Ela viu Henrique ali, mas o ignorou e andou pela calçada na direção oposta de onde ele estava. Ele rapidamente correu atrás dela a segurando no braço.— Hey, pode esperar, quero falar com você.A repórter para e vira olhando para ele.— Sim, pois não senhor Henrique. Em que posso ajudá-lo?— O que faz aqui? E o que quer com meu irmão?— Estou de férias, vim tomar um café e acabamos nos dando bem.Henrique a olhou desconfiado e soltou seu braço.— Se eu souber que você está se metendo onde não deve, juro que vai se arrepender.Ela o olhou sorrindo e cruzou os braços.— Isso é uma ameaça, senhor Marichelli?Ela o olhava com um sorriso de satisfação em seu rosto e ele a olhou dos pés à cabeça, como das outras vezes. Ela usava um vestido solto, perfeito para a cidade que esta

Henrique ouviu toda a história contada por Laura e viu Lana abraçar sua mãe. Aquilo tudo fazia sentido e ele sabia que se Lana reaumente casasse com O’Connor, as coisas ficariam complicadas e uma grande guerra poderia surgir.— Olha, ele não é ruim como parece. Você precisa entender que existem coisas em nosso mundo que não temos controle.Henrique não estava apenas defendendo Giusepe, ele entendia o porquê das ações tomadas pelo sogro.— Ah não? Acha que ele agiu certo então? Ah me poupe. Você deve ser igualzinho a ele. — Lana despejou as palavras em Henrique.— Não, não é bem assim. Você sabe que não Laura.— O que eu sei é que ele me separou da minha filha. E pelo que você disse ela está morta. Pode me dizer o que houve?Henrique não gostava de falar sobre isso, não era nada confortável voltar a ter as lembranças daquela noite, mas ela merecia saber sobre sua filha.— Eu e ela estávamos voltando para casa quando fomos atacados, ela morreu tentando me proteger de tomar tiros.Lana o

Lana por mais que entendesse a situação de sua mãe, ainda estava muito chateada por ela ter escondido a verdade por tantos anos. Ela preferiu não ir para casa, mesmo não tendo levado roupas, ela resolveu dormir na casa de seu noivo Wendel.Pela manhã Lana levantou cedo, pois precisava ir para casa pegar seu uniforme para ir trabalhar. Com o passar dos anos o dinheiro que sua mãe havia ganhado estava acabando, por isso ela fazia questão de trabalhar e ajudar sua mãe, que já não era mais tão jovem e que lutou para dar a ela uma boa vida e educação de primeira.Após tomar um banho quente que a ajudou a relaxar, ela veste o roupão de banho felpudo de Wendel e vai para o quarto.— Amor, me empresta alguma roupa sua?Wendel que estava sentado na cama fez um aceno com a cabeça confirmando que sim e Lana seguiu para o closet. Ela voltou minutos depois vestindo uma bermuda, camiseta, e uma blusa de moletom. Ela penteou os cabelos molhados e saiu indo até Wendel.— Pode me levar para casa?—Não

Henrique tomou a frente abrindo a porta e já atirando no primeiro que viu, ele saiu e Felippo saiu em seguida. Os homens os olhavam tentando entender a situação e isso deu vantagem aos dois que se uniram lado a lado acertando um por um os cinco homens que faziam a guarda da casa.Felippo engraçadinho como sempre assim que matou o último dos soldados de Wendel assoprou a ponta da arma fazendo Henrique rir.— Essa foi fácil.Eles voltam até Wendel que estava caído no chão, pegam a arma dele, deixando com Felippo e juntos carregaram Wendel até o carro de Felippo, colocando no porta malas.— Vai na frente. Vou atrás de moto. — Ordenou o chefe.E assim eles seguiram para uma vasa velha e afastada que Felippo providenciou.Eles abriram a porta malas e Wendel que já havia acordado batia as pernas tentando chutar os dois, mas ambos rapidamente apontaram as armas para ele que obviamente já sabia que estava sem sua arma e parou seus movimentos.— Saia do carro O'Connor, se colaborar vamos tenta

Após Felippo passar o extenso relatório sobre Wendel O’Connor, Henrique se levanta decidido.— Quantos dos meus homens estão aqui?— Cinquenta e dois.Henrique vai até a janela olhando para a praia, o sol estava quente lá fora, mas na casa o ar condicionado deixava tudo mais fresco.— Quero que mande vir mais cinquenta o quanto antes. Quanto aos que já estão aqui, mantenha dois na cafeteria com Gael, sete aqui na mansão e o restante mande vasculhar as propriedades mais próximas de O'Connor. Vamos encontrá-la logo. Sei disso.Felippo assentiu e saiu apressado já com o celular em mãos. Henrique toma o que faltava da bebida em seu copo e continua olhando pensativo para a praia lá fora.Sua vontade era dar um belo mergulho naquele mar, mas havia coisas mais importantes, ele saiu indo aos aposentos das empregadas e assim que o segurança o viu, abriu a porta deixando Henrique passar e entrar no quarto.Nádia que estava deitada na cama sentou-se rapidamente e olhando surpresa.— Pensei que f