Ruslan de LucaPaola está entregue aos meus braços aos meus toques, mas ainda posso sentir que ela está um pouco hesitante. Minha melhor visão é ver seus olhos em um tom azul mais escuro brilhando sob a luz do quarto e do nosso desejo, um misto de desejo e receio estavam refletidos neles.E eu sei o que isso significa. Sei que, apesar da forma como seus lábios me procuram, do jeito que seu corpo responde ao meu, ela nunca fez isso antes, o que me faz sentir o meu corpo inteiro contrair ansiando por tê-la em meus braço de modo que nunca mais pense ser de qualquer outro homem.Algo dentro de mim se contrai com essa constatação, talvez seja apenas a minha fé se consolidando e me dando um motivo para lutar dez vezes mais por minha saúde e não desistir quando me sentir enfraquecido ou desanimado.— Eu não quero que pare Ruslan! — afirma de olhos bem abertos.Sorrio ao ver a sua convicção e mesmo que estivesse cheio de perguntas dentro de mim, algo que com toda certeza eu iria sanar assim q

Ruslan de LucaPaola suspira contra minha boca, seus dedos deslizando por minhas costas, cravando-se ali como se quisesse me marcar de alguma forma e talvez realmente quisesse. Talvez, naquele instante, eu também quisesse pertencer somente a ela de um jeito que nunca pertenci a mais ninguém.Meu coração martela no peito quando suas pernas se entrelaçam às minhas, puxando-me para mais perto. Seu corpo quente e vulnerável sob o meu. Estávamos entregues um ao outro, como se já soubesse que faria de tudo para protegê-la e tê-la, fazendo parte de minha vida, além do pequeno ser que crescia dentro dela.— Você tem ideia do que está fazendo comigo? — Minha voz sai rouca, carregada de desejo e por algo que ainda não sei nomear.Paola sorri contra meus lábios, seus olhos brilhando mesmo sob a luz fraca do abajur.— Tenho uma ideia… — sussurra.Minhas mãos deslizam por sua pele macia, explorando cada curva, cada detalhe que já começo a memorizar como algo meu. Meu toque se torna mais intenso e

Paola VegaA urgência no toque de Ruslan me consome como fogo. Ele me segura firme, e sua boca devora a minha com fome, como se estivesse esperando por esse momento tanto quanto eu. E talvez estivesse.Minhas mãos deslizam por seus ombros, empurrando a camisa de seus braços. Ele me ajuda a tirá-la, e logo sinto sua pele quente contra a minha. Seu cheiro, sua presença, tudo nele me envolve de um jeito que não deveria, e dessa vez eu não quero resistir.Ruslan me ergue no colo sem esforço com minhas pernas se enroscando em sua cintura. Meus dedos cravam-se em sua nuca, e ele segue comigo até a cama, deitando-me ali com uma delicadeza que contrasta com a intensidade do desejo que há entre nós.Seus olhos azuis percorrem meu rosto, depois meu corpo. Ele desliza a mão pelo meu ventre, onde carrego meu bebê, e um brilho diferente surge em seu olhar. Algo mais profundo do que simples atração.— Você tem certeza? — Sua voz sai rouca e baixa.Meu peito aperta. É a primeira vez que um homem per

Ruslan de LucaA sala de consultas tem um ar tranquilo, com paredes em tons pastéis e um monitor que já estava ligado ao lado da maca. A médica, uma mulher de cabelos grisalhos presos em um coque, nos recebe com um sorriso caloroso.— Sejam bem-vindos! — Ela diz se erguendo e estendendo a mão. — Quem temos aqui? A futura mamãe ansiosa, o futuro papai tenso e… — Seus olhos se voltam para Paulina. — Uma futura tia curiosa?— Curiosa e fiscal! — Paulina responde, ajeitando-se na cadeira ao lado da maca. — Vim garantir que esse bebê está crescendo direitinho.A médica ri ao ver o entusiasmo que minha cunhada estava, vemos ela pegar o celular e ligar para Renato que atende no primeiro toque. Logo vejo meu sogro surgindo e cumprimento ambos.— Então, agora que temos a família completa. Vamos lá, Paola, deite-se para começarmos.Paola lança um olhar hesitante para mim antes de subir na maca e levantar o vestido. Seguro sua mão quando a médica aplica o gel em sua barriga.— Ainda não me acost

Paola VegaEntro no apartamento ainda sentindo a leveza da notícia em saber que existem dois bebês dentro de mim, mas também o peso da realidade parece pesar algo perto de uma tonelada.Dois bebês. Meu coração acelera só de pensar nisso.Ao fechar a porta, vejo Paulina sentada no sofá, segurando uma garrafa de água e encarando o nada com uma expressão pensativa, suspiro e caminho até ela deixando a minha bolsa sobre a mesa que fica na entrada.— Está tudo bem? — pergunto sentando lentamente ao seu lado.Observo enquanto ela pisca algumas vezes e vira a cabeça lentamente para mim. Via em seus olhos azuis um medo que parece que está acompanhando a minha irmã desde que ela soube da doença que lhe acomete.— Você está grávida de dois bebês… — diz e sinto um peso diferente em sua voz.— Descobri isso faz menos de uma hora, Paulina. Obrigada por reforçar o choque. — Tento fazer um pouco de graça para amenizar a tristeza que ela está sentindo.Ela finalmente se mexeu ao meu lado e a vejo col