Natasha descansava em uma sala VIP exclusiva com uísque na mão, e suas unhas feitas batendo preguiçosamente no vidro. À sua frente, Adônis sentou-se, com um braço sobre o encosto, o olhar desconfiado se fixo nela.— Fiz minha pesquisa. — disse ele, em voz baixa. — Você é prima da Katherine.Natasha deu um sorriso debochado, girando sua bebida.— E eu que achava que você era lento.Adônis se inclinou para a frente, com os cotovelos apoiados na mesa.— Então me explique uma coisa. Por que diabos você é melhor amiga da Ester?O sorriso dela desapareceu. Os dedos de Natasha apertaram o copo, o brilho brincalhão em seus olhos substituído por algo frio e penetrante.— Melhor amiga? — repetiu ela, com a voz cheia de diversão. — É isso que as pessoas pensam? — Adônis apenas esperou. Ela expirou, colocando a bebida na mesa. — Quer a verdade? — Um sorriso sinistro curvou seus lábios. — Eu vou destruir a Ester Royal. Aquela garota é uma parasita hipócrita, egoísta e manipuladora. Ela estraga tu

Ester olhou fixamente para o vestido vermelho, seus dedos se fecharam firmemente em torno do pequeno cartão branco. Seu primeiro instinto foi jogar tudo no lixo, mas hesitou. O vestido era lindo, caro e feito com perfeição. Alguém tinha se esforçado muito para garantir que chegasse à sua porta.Ela passou a mão pelos cabelos, exalando bruscamente. Talvez aquilo fosse uma jogada exagerada de Adrian. Uma tentativa de romance depois de ignorá-la o dia todo. Mas, mesmo enquanto pensava nisso, ela sabia que não era bem assim. Adrian não era tão enigmático, na verdade ele era preguiçoso, desconsiderado e com um interior tão profundo quanto uma poça d'água. Aquilo não era o estilo dele.Mas se isso não tiver nada a ver com Adrian, quem teria enviado?Um arrepio percorreu sua espinha, e ela se abraçou. Não. Ela não ia deixar um presente anônimo lhe invadir a cabeça. Se alguém achava que poderia intimidá-la, estava completamente enganado. Ela simplesmente... ignoraria. Sim, era isso que ela fa

Ester estava começando a recuperar a consciência, o corpo afundando na mesa de massagem macia. O aroma de lavanda e baunilha a envolvia como um casulo e o relaxamento se instalou profundamente em seus membros. Seus olhos se abriram. Por uma fração de segundo, ela não reconheceu onde estava.Uma risada calorosa quebrou o silêncio.— Ah, Srta. Ester, você finalmente acordou.Seu corpo estremeceu em resposta. Mãos gentis pressionaram seus ombros, acalmando-a.— Ouvi dizer que você se apaixonou pela esfoliação corporal e acabou dormindo. — continuou a massagista, com a voz entrecortada de diversão. — Disseram-me para não te incomodar. Espero que você e o bebê tenham tido uma boa soneca.Ester prendeu a respiração. O bebê. Suas mãos voaram para a barriga, acariciando a protuberância proeminente sob o robe sedoso que a cobria. Uma forte descarga de adrenalina percorreu suas veias. A última coisa de que se lembrava era...Uma pessoa pressionando um tecido em seu nariz e depois disso... escu

A energia no grande salão de banquetes era eletrizante, uma mistura de vitória, descrença e satisfação mal disfarçada após a queda pública de Ester.Jason foi o primeiro a quebrar o silêncio, soltando um suspiro alto enquanto girava sua bebida.— Bem, que espetáculo! Talvez seja a melhor festa de aniversário em que já estive. Nota dez, Natasha. Recomendo muito.Eloise deu um sorriso irônico por cima da borda do copo.— Mas perdi a oportunidade. Devia ter trazido pipoca.Jinx lançou um olhar para Adrian, de braços cruzados.— Você parece suspeitosamente aliviado.Adrian, esfregando a mão no queixo, soltou um suspiro antes de abrir um sorriso torto.— Não vou mentir, pensei que ia ser torrado vivo. Acontece que o universo decidiu que Ester merecia mais destaque.Do bar, Savannah olhou para ele antes de se concentrar em sua bebida. Natasha, que observava Adrian com uma expressão indecifrável, virou-se de repente para Savannah, os saltos estalando propositalmente no chão abaixo dela.— Se

Phillip pegou a mão de Katherine e a guiou pelos grandes corredores inacabados do castelo de vidro. A estrutura era de tirar o fôlego, com vistas panorâmicas do mar e do céu se integrando perfeitamente ao espaço. — Originalmente... — explicou Phillip, com a voz suave e acolhedora — este lugar era para ser um local de alto padrão, exclusivo, extravagante, um lugar que as pessoas pudessem alugar para celebrações, festas e até casamentos. Mas então uma tempestade atingiu a ilha e a construção foi interrompida. Nunca terminaram. Katherine passou os dedos pelo vidro frio, encantada com a história. — Ainda é lindo. Mesmo inacabado, tem uma... magia. Phillip deu um sorriso, puxando-a para perto. — Mais ou menos como nós. — disse ele — Ainda em desenvolvimento, mas inegavelmente mágico. Ela riu enquanto Phillip a conduzia até a parte incompleta do castelo. Uma ampla muralha aberta dava para o mar. — Era para estar fechado. — murmurou Phillip, olhando o espaço pensativamente — Mas acho