O caminho de volta pra casa parecia outro. O mesmo trajeto, o mesmo carro, mas uma versão diferente de mim no banco do motorista. Com o pendrive nas mãos e o coração acelerado, eu sabia: aquela não era apenas mais uma volta pra casa — era o início de um novo capítulo da nossa história. O capítulo onde eu deixava de me defender e começava, finalmente, a atacar. Edward dirigia agora, silencioso, concentrado. A mão dele estava sobre a minha perna, firme. Como um lembrete constante de que eu não estava sozinha, E nunca estive. – Você foi brilhante. Sabe disso, né? – ele disse, a voz grave, ainda embargada. – Não fui corajosa, Edward. Eu estava morrendo de medo. – É isso que faz de você corajosa, Rebeca. Virei o rosto pra janela, tentando conter o choro. Meu filho se mexia na barriga, como se sentisse tudo também. Como se dissesse “vai, mamãe, a gente tá junto”. Ao chegar em casa, fui direto pro escritório do Edward. Liguei para o Dr. Renato, nosso advogado, e combinei de encontrá-l
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