Quando a sobremesa chegou — uma pannacotta com calda de frutas vermelhas para dividir —, eles trocaram colheradas, Gabriel insistindo em “testar” a porção dela para garantir que estava “no padrão”. Elana fingiu indignação, mas cedeu, rindo quando ele acabou com metade da calda em uma única colherada. A conversa derivou para o futuro, com Elana falando sobre ideias para um novo livro e Gabriel sugerindo, meio brincalhão, que a turnê poderia incluir uma parada em algum lugar exótico, “para equilibrar a loucura da fama”. — Fama, sei. — disse ela, revirando os olhos. — Por enquanto, eu só quero sobreviver à leitura sem tropeçar no palco. — Você vai arrasar. — garantiu ele, a voz firme. — E eu vou estar lá para te aplaudir, mesmo se você tropeçar. Aliás, vou aplaudir mais alto se isso acontecer, só para te fazer rir. Ela riu, o som ecoando no restaurante agora mais vazio, as velas nas mesas queimando baixo. O jantar terminou com Gabriel pagando a conta, ignorando os protestos de Elana p
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