SAMANTHA VASCONCELOSSou acordada com beijinhos e carinhos pelo meu corpo.— Amor, acorda — sussurra Dom.— HMMMMMM — espreguiço. — Assim eu vou querer continuar dormindo, parece um sonho.Que vida boa. Tudo parece tão perfeito.— Acorda, vamos pra praia. Isso me faz despertar imediatamente.— Pra praia?— Sim, onde tudo começou entre nós.— Mas isso foi no Japão.Ele ri alto.— Vamos em uma praia daqui mesmo.Onde tudo começou, na praia, quando nos beijamos pela primeira vez.— Hmmm, daquela vez que você disse que eu vivo tagarelando?Ele abre um sorriso e dá um beijinho em minha têmpora.— E não vive? Finjo me ofender e falo, boquiaberta:— O queeee?— Eu disse antes e vou repetir agora: quando você está perto de mim vive tagarelando.— E você continua sendo babaca — rebato.— Ai — ele leva a mão ao coração. — Essa doeu. E eu pensando que estava arrasando.Engatinho até ele na cama e sento em seu colo, de frente pra ele.— E você estava mesmo.Ele abre um sorriso deliciosamente ma

SAMANTHA VASCONCELOSIan está com o rosto enterrado em meu pescoço, e faço uma prece silenciosa agradecendo a Deus por Dom estar de cara virada e não ter descido junto comigo. O toque de Ian me é estranho. Meu corpo não o reconhece mais. Parece tão… errado. Tipo quando uma peça do quebra cabeça parece a correta, mas não é. — Que bom que você veio, eu não sabia pra quem ligar... e…— Tudo bem, Ian. Você pode me dizer o que aconteceu? – diante de seu silêncio, digo: — Vou ali ver como Charlotte está.Faço carinho em seu braço e lhe ofereço um pequeno sorriso, antes de ir até Charlotte e Laura.Minha amiga parece inabalada. Distante e fria. Então certamente o caos está reinando dentro dela. Mas ela não irá dizer e nem demonstrar nada agora, e nem tentarei tirar algo dela nesse momento.— Laura? Charlotte? — chamo.Laura levanta a cabeça ao ouvir minha voz e seus olhos enchem de água, mas ela pisca rapidamente, as lágrimas somem, e é como se nunca tivessem estado ali.Sabe quando algo

ROSE GONZALEZSemanas antes:— Estou feliz que você conseguiu vir hoje Rose. — Diz Suzanne.Seu sorriso calmo me tranquiliza um pouco. — Eu precisava — mal consigo pronunciar as palavras. Chorei tanto quando saí da casa de Ian que pensei que me afogaria em minhas próprias lágrimas. — Quer me contar o que aconteceu? — ela pergunta calmamente. Sua voz e sua maneira de falar me acalmam, gosto muito de fazer terapia com a Su, ela é uma ótima profissional e muito discreta. Amber quem me indicou quando me pegou tendo um surto. Ela é a única amiga em quem confio. Amber sempre viu e me escutou sem julgamentos. Aquela mulher é um anjo na vida de todos.— Quero sim. Mas podemos começar falando sobre outra coisa? — Estou envergonhada. E quero esquecer que um dia vivi essa realidade.Tenho problemas maiores.Ela assente.— Claro — ela começa a mexer no computador e rolar o mouse. — Hmmmmmm.Espero sua próxima pergunta. Sei que vai ser um assunto chato de falar, mas estou aqui para resolver m

DOMINIC FRASEREntro na sala de espera mais ansioso que antes e com o coração na mão. Samantha está fazendo carinho em Charlotte. Ela parece extremamente abatida, mas bem. Está com um ferimento na cabeça.Todos estão observando a cena, Ian está olhando para Sam como se ela fosse a coisa mais preciosa desse mundo, e ela é mesmo. Amber demonstra em sua expressão a adoração que tem pela amiga e Thomas está com um olhar de contentamento.Engraçado como todos a estão observando. Parece que estou assistindo a um filme. Samantha passa a ideia de casa. Paz.Laura que estava vindo atrás de mim prende a respiração ao ver a mãe. E vejo o alívio em seus olhos. Quando Laura solta a respiração, Samantha olha para nós. E foca em mim. Laura caminha até elas e se senta ao lado da mãe. — Obrigada por cuidar dela — diz. — Não precisa agradecer. Laura, eu preciso ir em casa tomar um banho e…— Que isso. Vai. Nem precisa explicar. Pode dormir e descansar, amanhã você volta.— Tudo bem mesmo?— Claro

SAMANTHA VASCONCELOSToco a campainha. Um.Dois.Três.Cinco minutos.Nada. Nenhuma movimentação.Mas que droga. Meu coração vai acabar explodindo! Toco de novo.Por favor, Dom.Toco a campainha pela última vez e bato na porta.— Samantha? — a voz soa atrás de mim.Me viro rapidamente e ele está ali. Cabelo desgrenhado. Aparentemente sem dormir. Sinto uma mistura de alívio e medo do que está por vir.Realmente parece que ele teve uma noitada.— Oi — digo cautelosamente. Droga, ele parece estar de ressaca.— Você não perdeu tempo né? — a raiva e o arrependimento tomam conta de mim.— O que isso quer dizer? — sua voz está rouca.— Que raiva, Dom! Vim até aqui ver se… se…Meus olhos se enchem de lágrimas e minha voz fica embargada.— O que você está dizendo, Samantha? — ele passa por mim e abre a porta. — Entra — ele chama.— Não quero entrar! — grito.Ele toma um susto.— Você ta doida? O que foi? — ele pergunta. Em seguida vem até mim, me pega no colo, entra comigo em casa e fecha