RAVENAmalia ficou com um olhar estranho nos olhos abertos, que Cedrick acaba fechando com delicadeza.— Sinto muito, Amalia. Sinto muito. Descansa em paz, irmã… e reencontra, enfim, o seu companheiro — o ouço murmurar, cansado e ajoelhado ao lado dela.Fui eu quem acabou matando ela, e embora eu não ache que Cedrick vá me culpar… também não me arrependo de nada.Essa mulher carregava maldade demais na alma. Ela não podia continuar viva, não podia!Meu coração vibra de alegria ao vê-lo vivo.Juro que quando abri os olhos e o vi de pé, estrangulando Amalia, pensei que ainda estivesse presa numa ilusão.— Cedrick! — exclamo, me jogando sobre ele, vendo como ele cambaleia, puxando-o pra dentro dos meus braços.Caio sentada no chão com o peso dele sobre meu peito.— Cedrick, meu amor, me desculpa, me desculpa! Eu não sabia que era você! Amalia envenenou minha mente! Eu… eu pensei que fosse meu antigo Alfa… aquele homem… aquele homem me abusou, eu…— Eu sei… eu sei de tudo, pequena. — os b

CEDRICK"Cedrick, você mesmo procurou por isso. Eu te dei a chance de escolher, e você escolheu sua posição." — ele responde na minha mente enquanto giramos um ao redor do outro, nos estudando, esperando o momento certo para atacar."Claro… como eu não quis tomar suas filhas como minhas Lunas, você decidiu se aliar ao Ronan. O que ele te prometeu? O posto de Luna pro filho dele, Marshall?" — pergunto com sarcasmo."Não. Ele me prometeu o posto de Rainhas do Rei Alfa. Eu sei muito bem do poder daquela mulher que você esconde. Ronan e nós, as matilhas aliadas a ele, vamos usá-la do mesmo jeito que você, pra conquistar o trono." — ele diz, rindo com arrogância.O sangue ferve nas minhas veias ao me comparar com eles.É verdade… no início aceitei Raven por causa do poder dela, mas não mais. Ela é a minha mulher. E só de imaginá-la sendo humilhada e usada como uma arma por esses sádicos… minha fúria atinge o céu."Você podia ter contado com o meu apoio! Eu tava disposto a ficar do seu lado

NARRADORA— Em complô com a chefe das escravas, todas essas operações eram realizadas. Elas limitavam as escravas dos itens básicos que nosso Alfa fornecia, e depois ofereciam essas coisas em troca de serem brutalmente estupradas pelos próprios rebeldes — carentes de mulheres entre eles.“Maldit4 desgraçada! Como você pôde permitir isso?! Você também tem filhas!!”“Deviam entregar as filhas delas como escravas para as matilhas selvagens, pra que sintam na pele o que essas mulheres inocentes passaram!”“Elas devem ser torturadas antes de morrer!”Dessa vez, foram as mulheres da matilha que começaram a gritar revoltadas contra a chefe das escravas, que apenas chorava de cabeça baixa, amarrada ao lado dos traidores.Raven sentiu uma sensação de vitória em seu coração.Finalmente, as escravas estavam sendo vistas como seres dignos de compaixão. Mulheres que simplesmente não tiveram a mesma sorte na vida ou um bom companheiro para ajudá-las a viver com dignidade.Uma mão masculina segurou

CEDRICK— Tragam o chicote!— NÃO! O Alfa me prometeu! Me prometeu que deixaria meu filho viver! Ele me deu sua palavra!!!Ronan ruge por baixo do palco, ajoelhado, tentando se soltar das amarras, mas é contido pelo guerreiro ao seu lado.— Eu prometi, sim. Prometi que daria apenas um castigo ao seu filho. Nunca falei em poupar a vida dele. Se vai sobreviver ou não, isso já depende da capacidade dele. — respondo com sarcasmo, antes de deixá-lo se debatendo e me xingando, para me virar e encarar o guerreiro Marshall.— Agora já não te vejo tão valente e confiante... lembro que você aproveitou bem quando me castigou da última vez, não foi? Foi incrível subjugar o Alfa, né? Se sentiu poderoso?Sorrio sombriamente enquanto os olhos dele, cheios de terror, e seu rosto pálido me encaram da posição ajoelhada.— A-a-alfa… tudo isso é um engano… por favor, perdoe nossas vidas… meu pai… meu pai te ajudou a chegar onde está…— Seu pai só me deu uma chance de lutar pelo meu posto, e ele só fez is

RAVEN— Cedrick! — corri até as escadas e imediatamente o ajudei com meu corpo pequeno, tentando dar estabilidade a seus passos.— Espera, Luna... estou coberto de sangue, não se suje. — ele tenta me impedir, mas não me importo. Eu o abraço e me enfio sob seu braço livre, para que me use como apoio.— Não importa. Sou pequena, mas sou forte. Não tenho medo, posso te segurar. — levanto o rosto e o encaro, tentando sorrir, embora imagine que minha tentativa tenha parecido mais um choro do que qualquer outra coisa.Estou angustiada, porque sei que grande parte desse sangue é da ferida que ele mesmo pressiona com um pano contra o pescoço.— Se tem alguém que pode me sustentar aqui, é você, minha fêmea. — ele baixa a cabeça e beija meu cabelo, sussurrando palavras que aquecem minha alma. — Você está bem? Não se machucou?— Estou bem. Vamos, vamos para a mansão cuidar desse ferimento horrível. O Beta está cuidando de tudo aqui, não se preocupe.Escoltados pelos guerreiros, voltamos à mansão