POV: LAURENTinha acabado de colocar os bebês para dormirem. Estavam tranquilos, respirando de forma suave, os rostinhos relaxados, seguros ali, no nosso lar. Aquela paz me trazia alívio, mas também fazia o peso no peito apertar ainda mais. Theodor estava concentrado na lição de casa, sentado à mesa com a postura atenta. Kate, como sempre, estava ao lado dele, ajudando com paciência e aquele bom humor leve que preenchia qualquer espaço. Ela se inclinava, apontava algo no caderno e sorria ao vê-lo compreender. Depois de alguns minutos, Kate ergueu os olhos e me encarou. Sua expressão mudou, levantou-se e veio até mim. — Amiga... você está bem? — Ela perguntou com calma, analisando meu rosto com atenção. — Você parece... diferente. Tem algo te incomodando. Engoli seco. Sen

POV: LAURENEstava no jardim com Noah e Alice aproveitando o banho de sol. Eles estavam sentados sobre uma manta macia, rodeados por brinquedos e folhas secas que o vento trazia. Os dois exploravam cada objeto com os dedinhos curiosos. O olhar atento de ambos, a forma como se encantavam até com um simples passarinho voando por perto, me deixavam completamente derretida. Cada som que emitiam, cada risadinha, fazia meu peito aquecer. Sorri sozinha ao observar Alice segurar o pezinho de Noah e balbuciar algo como se conversassem em seu próprio idioma. O calor do sol era suave, e a brisa que passava entre as árvores balançava levemente meus cabelos. Eu estava ali, simplesmente presente, sentindo a paz daquele momento... até ouvir passos rápidos na grama. Levantei os olhos e vi Kate correndo em minha direção, com os cabelos presos em um coque torto e a expressão alarmada.<

POV: HENRY— Então está decidido. — Eu falei com firmeza, cruzando os braços diante da mesa de vidro. — O império Carter vai encerrar qualquer vínculo com a PharmaCare Industries. Não manteremos nossas ações em uma empresa construída sobre ameaças, roubo de propriedade intelectual e desvio de verba. Ethan Walker afundou aquilo com as próprias mãos. O silêncio se espalhou por um segundo entre os acionistas, até que um deles se inclinou levemente à frente, com os olhos tensos. — E o investimento feito por todos nós? — Ele questionou, tentando manter a compostura. — Foram cifras altas. Não podemos simplesmente sair no prejuízo. Inclinei o corpo para frente, apoiando os antebraços na mesa. Meu tom não subiu, mas o peso das palavras caiu com for&c

POV: HENRY— Sanidade mental? — Ela gaguejou, como se cada palavra fosse difícil de processar. — Aquela mulher não tem nada de sã, Henry! Ela é perigosa, doente! — Eu sei. — Eu respondi firme, segurando o rosto dela com as duas mãos. — Mas alguém está por trás disso. Violet não tem poder para conseguir uma alta assim sozinha. — Ravi! — Lauren disse entre os dentes, a voz trêmula de nervoso, os olhos marejados de raiva e medo. — Por que eles continuam fazendo isso com a gente? Por que não podem nos deixar viver em paz, por que não podem nos deixar ser felizes? — São ambiciosos e desprezíveis, Lauren. — Eu respondi de forma ríspida, minha voz carregada de ódio. Senti o calor subir pelo meu pescoço e meus punhos se fecharam com for&cced

POV: LAURENPuxei o casaco para mais perto do corpo, sentindo o frio atravessar minha pele como se tentasse congelar meus ossos. Meus dedos roçaram nos brincos discretos, ajustando-os antes de levar a mão à orelha e sussurrar.— Estão me ouvindo? — Eu perguntei com a voz baixa, testando o microfone. Meu coração batia acelerado, tão forte que parecia ecoar nos meus ouvidos. — Estamos ouvindo, Lauren. — A voz de Henry veio firme pelo ponto, carregada de controle e tensão. — Lembre-se, aja naturalmente para que Ravi não desconfie. Qualquer movimento errado e ele vai perceber. Inspirei fundo, tentando manter o ar nos pulmões. A sensação do colete sob a blusa era incômoda, como se pesasse mais a cada segundo.— Você está com o colete, certo? — Henry reforçou, a voz grave, prot