~ Summer ~Já se passaram alguns dias desde que voltamos da nossa lua de mel. O tempo fora da Sicília, longe de toda a pressão e do caos da máfia, nos trouxe paz, mas também uma sensação de normalidade que parecia impossível antes. Voltar para casa com Gael ao meu lado é diferente. Sinto o coração mais leve, mas uma inquietação estranha começa a crescer dentro de mim.Acordo cedo, antes mesmo do sol nascer, com aquela sensação confusa no peito: medo, expectativa e… esperança. Sento na cama e tento organizar os pensamentos, mas a ansiedade não me deixa. Por um momento, penso em ir ao banheiro, mas respiro fundo e percebo que preciso enfrentar isso com coragem.Enquanto preparo o teste de gravidez, sinto meu coração acelerar com cada movimento. Nunca imaginei que chegaria este momento tão cedo, e ao mesmo tempo, nunca me senti tão preparada para a responsabilidade que ele traz. Gael… meu marido, meu amor, vai ter que conhecer esse segredo, e não sei como ele vai reagir.Coloco o teste so

~ Gael ~Acordo antes do amanhecer, como de costume. O silêncio da casa ainda me envolve, mas agora ele não me assusta; na verdade, é reconfortante. Summer dorme ao meu lado, respirando suavemente, e eu não consigo deixar de olhar para ela. Cada curva do corpo dela, cada movimento tranquilo, me faz sentir um tipo de paz que nunca pensei que existisse.Nos últimos dias, depois da nossa volta da lua de mel, algo mudou em mim. Sinto que posso finalmente respirar, que o mundo não é apenas negócios, poder e violência. Tenho Summer e agora… nossos filhos. Dois pequenos corações crescendo dentro dela. Dois motivos para finalmente me tornar alguém melhor.Ainda assim, a responsabilidade me pesa. Não posso falhar com ela. Não posso falhar com eles. Meu passado, minha vida de Hades, ainda me assombra. Cada sombra do que fui me lembra do quanto posso ser cruel, do quanto posso perder controle, do quanto posso colocar quem amo em perigo.Mas ao ver Summer dormindo ao meu lado, e ao lembrar do ultr

~ Gael ~Summer ri ao meu lado enquanto tentamos encaixar os últimos brinquedos no quarto dos gêmeos. Cada detalhe que ajustamos, cada pequena decisão, me faz perceber que, finalmente, estamos criando algo nosso, longe do passado sombrio. A casa está cheia de risos, cores e expectativa, e mesmo assim, sinto o peso de tudo que vivemos antes — mas agora não nos domina.— Gael, olha só esse móbile! — ela exclama, segurando o brinquedo colorido, sorrindo com aquele brilho que sempre consegue me acalmar — Eles vão adorar.— Se eles forem metade do que você é, vão amar qualquer coisa — respondo, sorrindo e apertando sua mão — Mas ainda assim, vamos escolher o que for mais seguro.Ela se inclina para me beijar rapidamente, e sinto meu coração acelerar. Cada toque dela me lembra que não sou mais Hades, que não existe mais violência, medo ou segredos obscuros dominando minha vida. Só existe nós, nossa família, e a vida que estamos construindo juntos.No final da manhã, Elza aparece para nos vis

~ Summer ~O carro para na frente de casa, e sinto meu coração disparar. Estamos finalmente voltando para casa com nossos filhos. O ar da Sicília parece diferente, mais leve, mais nosso. Gael segura minha mão com firmeza, e os dois bebês, ainda frágeis e pequenos, descansam no canguru e no carrinho. Cada movimento deles me lembra que a vida que construímos é real, tangível, e que temos a responsabilidade de protegê-los.— Pronta, Summer? — ele pergunta, olhando para mim com aquele brilho de intensidade nos olhos.— Mais do que nunca — respondo, apertando sua mão. — Eles estão finalmente em casa.Assim que atravessamos a porta, sinto um misto de alegria e apreensão. O silêncio da casa antes da chegada dos bebês agora parece ter desaparecido, substituído pelo som das pequenas respirações, os choros intermitentes e os movimentos suaves das cobertas. Cada detalhe é intenso, cada momento é uma nova responsabilidade.— Vamos começar devagar — diz Gael, colocando os bebês em suas cadeirinhas

~ Summer ~O sol da manhã entra pelas cortinas, iluminando o quarto onde os gêmeos dormem profundamente. Observo seus rostinhos delicados, a respiração leve, e sinto um nó de emoção na garganta. Cada detalhe deles me lembra do milagre que vivemos, de tudo que superamos para estarmos aqui.— Gael… — digo, me aproximando da cama dele — Estava pensando… já que eles nasceram, talvez seja hora de pensar no batismo.Ele ergue uma sobrancelha, ainda meio sonolento. — Batismo? — pergunta, a voz rouca de sono — Você sabe que eu não sou muito de igreja…— Eu sei — respondo, sorrindo, sentando ao lado dele — Mas acho que é importante para eles. Para que cresçam com algo que seja esperança e fé… mesmo que você não compartilhe totalmente disso agora.Ele suspira, olhando para os nossos filhos dormindo. Vejo a hesitação em seus olhos, o velho reflexo de Hades tentando surgir. Mas ao mesmo tempo, percebo algo diferente: um Gael mais humano, mais presente, mais ligado à família que construímos.— Summ