Com um sorrisinho irônico no canto dos lábios, Vitória fazia seus cálculos mentais.Os pratos principais chegaram. Gabriel mal tocou na comida, mas já tinha bebido quase uma garrafa inteira de vinho tinto. Quando abriram a segunda garrafa, o efeito do álcool começou a pesar.— Chega de beber, Vi. Tenho que trabalhar à tarde. — Disse Gabriel, afastando a taça da mão dela, impedindo que servisse mais.— É que eu te vi meio para baixo… Achei que você estava estressado com o trabalho. Um pouquinho de vinho e depois uma soneca no escritório... Vai voltar novinho em folha. — Murmurou Vitória, com voz suave, quase hipnotizante.Gabriel ouviu, mas o que o deixava de mau humor não era o trabalho. Era Beatriz.Beatriz que, até agora, não o procurara, não atendia suas ligações, não mandava uma mensagem sequer. Aquilo o deixava frustrado, irritado… E, mais do que tudo, angustiado.Sem dizer nada, pegou a taça de volta, empurrou-a na direção dela, e Vitória a encheu de novo, só com o suficiente par
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