Após ouvir a resposta de Benjamim, Alice suspirou, compreendendo perfeitamente o que aquilo significava. Ainda assim, tentou se justificar novamente:— Eu entendo… mas, como eu disse, minha intenção era apenas proteger a Megan.— Como vocês se conhecem? — perguntou Megan, numa tentativa de desviar o foco do que acabara de acontecer.— A família dela faz parte da organização. Trabalham para mim… inclusive ela — respondeu Benjamim com naturalidade, mas sem tirar a força das palavras.Megan olhou para Alice, completamente surpresa. Sabia que a amiga era um pouco impulsiva, até inconsequente às vezes… mas jamais imaginaria que ela tivesse envolvimento com a máfia.— Espera aí… então sua família faz parte da máfia? — perguntou, atônita. — É por isso que você sempre se metia naquelas confusões e, do nada, tudo se resolvia? Por que nunca me contou?— Porque não é o tipo de coisa que a gente sai dizendo por aí. E eu nunca quis te envolver nisso, nem a você, nem a Melinda. Esse mundo é complic

Caio passou pelas duas que entravam no camarote. Benjamim as observou e logo direcionou a pergunta para Sophia:— O que aconteceu?— Tinha uma mulher desconhecida encarando a Megan lá embaixo, enquanto eu fui buscar as bebidas. Quando voltei, ela simplesmente saiu às pressas — relatou, ainda desconfiada.Após ouvir a resposta, Benjamim virou-se para Megan, que permanecia calada, com o olhar desviado.— Você está bem? — perguntou, com firmeza, buscando contato visual.Megan apenas assentiu com a cabeça, evitando a todo custo encontrá-lo com os olhos. Benjamim percebeu o gesto — e o silêncio — e franziu o cenho. Algo na atitude dela lhe chamou a atenção.— Vamos aguardar o Caio voltar com as informações das câmeras — disse, olhando em seguida para Alice. — Por hoje é só. O Caio vai entrar em contato com você para marcar a próxima reunião.Alice compreendeu a sinalização de Benjamim e se despediu com um aceno firme. Em seguida, caminhou até Megan, parando diante dela.— Vou embora agora.

Megan terminou o banho e saiu do banheiro de roupão, enxugando os cabelos com uma toalha. Ao entrar no quarto, encontrou Benjamim parado junto à cama, esperando por ela. Ele vestia apenas uma calça de moletom, descalço, com os cabelos ainda úmidos, como se também tivesse acabado de tomar banho.Apesar da tensão que pairava no ar, Megan não conseguiu evitar que seus olhos percorressem o corpo dele, atraída pela presença magnética e inegavelmente sensual. Reprimindo o desejo, ela se concentrou e tentou iniciar a conversa com um pedido de desculpas.— Benjamim, eu... — começou, mas ele a interrompeu, sua voz cortante.— Estava tentando testar meu ciúme hoje à noite? — questionou, avançando lentamente em sua direção, os olhos fixos nos dela.— Não, eu juro que não estava — respondeu ela, apertando a toalha com força, o coração acelerando enquanto ele se aproximava.— Tem certeza? Porque não foi isso que pareceu — disse ele, a voz baixa e carregada, continuando a se mover com uma calma pre

Benjamim repetiu o processo várias vezes com as mãos e, em seguida, passou a usar a boca. Ele espalhou beijos e mordidas suaves por toda a extensão da perna de Megan, subindo lentamente até se aproximar de sua buceta. Mas ele parava antes, negando o que ela claramente desejava. Megan sentia a respiração quente dele, tão próxima que a provocava, mas ele nunca chegava ao fim.Após várias repetições, Megan entendeu a intenção de Benjamim. A punição dele consistia em provocá-la, atiçar sua excitação sem permitir alívio. Ele queria mantê-la no limite, sem tocar sua vagina ou deixá-la alcançar o orgasmo. Ela só não sabia quanto tempo conseguiria suportar aquela tortura sensual.Megan ansiava pelo momento em que a boca dele lhe daria prazer, mas Benjamim apenas a instigava, sem intenção de ceder. Em certo momento, ele interrompeu os movimentos e se afastou novamente. Desta vez, Megan ouviu sons atrás dela, sinais de que ele mexia na bolsa preta de couro. A ansiedade cresceu, enquanto ela ten

Por volta das quatro e meia da manhã, Benjamim, como de costume, não conseguiu dormir. Levantou-se, o corpo inquieto, e se dirigiu à academia da propriedade, onde buscava alívio na rotina exaustiva dos exercícios, uma prática que repetia quase todas as noites.Interrompeu o treino por um momento e pegou o telefone. Ligou para Andrew, mesmo sabendo que a hora era imprópria. Queria confirmar que tudo estava sob controle, especialmente porque sabia que Megan perguntaria por Melinda. Precisava de respostas para ela, uma forma de manter a confiança que ela depositava nele.— Desculpe ligar a essa hora — começou, a voz carregada de uma tensão contida.— Não conseguiu dormir de novo? — perguntou Andrew, que conhecia bem a insônia do irmão.— Como sempre — respondeu Benjamim, com um tom seco. — Mas me diz, como estão as coisas por aí?— O efeito do sedativo passou, mas Melinda ainda não acordou. — Andrew olhou para ela ao responder, a voz tingida de preocupação. — Para ser honesto, comecei a