Anthony Narrando Acordei com o sol entrando devagarinho pela janela, o quarto ainda com aquele cheirinho de perfume dela misturado com o sabonete que a gente usou na noite passada. Era real. Era tudo real. Ela tava ali, deitada do meu lado, com a mãozinha apoiada na barriga... nossa barriga. A minha mulher. A mãe do meu filho. E eu? Ainda tentando entender como fui merecedor de tanto.Não consegui só olhar. Precisei sentir. Me aproximei devagar, encostei o rosto no pescoço dela e comecei a encher de beijo, do jeitinho que ela gosta. Ela soltou um sorrisinho, ainda com os olhos fechados.— Ana Kelly — sussurrei no ouvido dela — acorda, meu amor.— Hmm... — ela murmurou, sorrindo de leve. — Tá carinhoso hoje, hein?— Tô é bobo ainda, sem acreditar que a gente vai ser pai e mãe. Não consigo parar de te olhar.Ela abriu os olhos devagar, meio sonolenta, meio encantada.— Eu ainda tô digerindo tudo também — ela falou, acariciando meu rosto. — Mas acordar assim… podia ser todo dia.— Pode,

Ana Kelly Narrando Eu achava que a ficha já tinha caído. Mas a verdade é que só caiu mesmo quando entrei naquela clínica, com Anthony segurando minha mão como se eu fosse de cristal. O lugar era calmo, com um cheirinho de lavanda no ar, e uma música instrumental tocando baixinho. Respirei fundo, sentindo um misto de nervosismo, ansiedade e... felicidade.— Meu amor, tá tudo bem? — Anthony sussurrou, me olhando preocupado.Assenti com a cabeça, mas ele me conhecia demais. Sabia que meu silêncio falava mais que mil palavras.— A gente tá junto, tá? — ele continuou, apertando de leve minha mão. — Eu vou viver cada segundo dessa gravidez com você.Sorri, emocionada. Meu coração parecia bater diferente agora. Eu não era mais só eu. Eu era "nós".A enfermeira chamou meu nome e nos levantamos. Anthony parecia até mais nervoso do que eu. Entramos na sala e a médica nos recebeu com um sorriso acolhedor.— Ana Kelly, é um prazer. E esse é o futuro papai?— Sim, sou o Anthony Carter — ele respo

Karen Narrando Foi uma semana de correria, e a Ana está linda com a barriguinha já aparecendo. Saber que ela vai casar me deixa tão feliz — e ela sabe disso.Provar roupa com Marcela e Jéssica é sempre uma missão. A gente marca às duas, mas Marcela chega duas e meia, Jéssica já vem falando no telefone, e eu... bom, eu sou a única que tenta manter alguma organização nessa bagunça toda.— Eu falei que essa loja era tudo! — Jéssica grita do provador, enquanto a costureira tenta ajustar um detalhe nas costas do vestido dela.— Tá linda, amiga, mas cuidado pra não rasgar de tanto se mexer — brinquei, arrancando risadas da Marcela, que já tinha saído do provador com um vestido vinho maravilhoso.— Karen, agora é sua vez! Vai provar aquele azul que a Ana Kelly amou — disse Marcela, empurrando o cabide na minha direção.Suspirei, peguei o vestido e entrei no provador. Não tinha como não me emocionar. A gente viu a Ana Kelly chegar tímida na empresa, se tornar uma mulher forte, decidida... ag

Ana Kelly Narrando Cheguei em casa depois de um dia longo e noite cansativa, com o sorriso de Anthony ainda gravado em minha mente. O carro parou na garagem da porta e, antes que eu pudesse sair, ele deu a volta e me ajudou, com a delicadeza de sempre. Meu corpo estava mais cansado do que eu queria admitir, mas o amor de Anthony me dava forças para seguir em frente.Quando entrei na casa, o que eu não esperava era ver a movimentação toda, a casa cheia de pessoas, música suave ao fundo e risos vindos da sala. Meu coração acelerou, sem entender muito bem o que estava acontecendo. Eu já havia imaginado que meu dia ia acabar com o descanso que eu tanto merecia, mas ali, diante de mim, uma surpresa ainda maior me aguardava.Dona Antonella, minha avó, estava lá, com um sorriso de quem tinha armado toda aquela bagunça. Ao lado dela, Luísa, minha sogra, também parecia animada, com um olhar de cumplicidade e braços cruzados observando a organização. Elas estavam acompanhadas de algumas amiga

Ana Kelly Narrando A resenha já tava uma delícia, risada rolando solta, cada uma mais solta que a outra. Era tudo que eu precisava depois de tanta correria. A Marcela, que já tava toda enturmada, jogou as pernas pro alto e brincou:— Não vejo a hora de ver a karen casando também, viu! Só pra gente inventar outro chá: chá de lingerie, chá de casa nova, chá de qualquer coisa! Só pra reunir a galera.Todo mundo concordou na hora. A Karen, claro, não perdeu a oportunidade:— Eu não vejo é a hora da Jéssica e da Marcela se desencalharem. Porque olha... tá difícil!Aí foi minha vez de causar:— O dia que a Jéssica foi lá na empresa... eu vi ela dando uma olhadinha pro Marcelo.A reação foi instantânea. Jéssica arregalou os olhos:— Aonde, amiga?! Que eu tava olhando pra ele? Tá maluca?— Ah tá — falei, rindo — esse aqui é irmão desse, ó — apontei pros meus olhos — e eu vi tudinho!Dona Luísa, minha sogra, deu uma gargalhada:— Não acredito! Aquele bonitão do Marcelo se interessou pela noss