Enquanto isso, no hospital...Rick entrou no saguão do hospital, as portas automáticas se abriram com um leve som metálico, revelando um ambiente silencioso e austero. O cheiro de álcool medicinal e o frescor do ar-condicionado pairavam no ambiente. A iluminação suave e as paredes brancas criavam uma atmosfera fria e impessoal. Rick, com a mente ainda turvada pelas últimas horas, caminhava com passos firmes, mas a tensão estava visível em sua postura. Ele se aproximou da recepção, onde Sonia, a recepcionista, o observava atentamente.— Boa noite, senhor. Como posso ajudar? – Sonia disse, com um sorriso profissional, enquanto seus dedos dançavam sobre o teclado, pronta para anotar o que fosse necessário.— Boa noite. Preciso ver o Dr. Reinaldo. – Rick respondeu com voz baixa, mas determinada. Seu corpo ainda sentia a tensão da situação, e seu olhar estava cheio de urgência.— Um momento, senhor, vou chamá-lo. – Sonia respondeu educadamente

Rick chegou em casa, e assim que entrou, a raiva parecia consumir cada parte de seu corpo. O som da porta sendo fechada com força ecoou pela casa vazia, e o cheiro de álcool que ainda pairava em seu corpo só aumentava a tensão.Ele se jogou na sala, sem conseguir controlar os sentimentos. Seus punhos cerraram e, com um grito abafado, ele começou a quebrar tudo ao seu redor. O vidro das taças estourava no ar, a madeira dos móveis rangia ao ser atingida. A casa, que sempre foi seu refúgio, agora parecia uma prisão. O som das coisas quebrando parecia um eco de sua dor interna. A cada estalo e estilhaço, uma parte de sua raiva se libertava, mas não diminuía a angústia que sentia.Rick não conseguia mais segurar as emoções. Ele se deixou cair no chão, entre os cacos de vidro e as marcas de destruição que havia causado. A respiração ofegante e o peso da culpa o sobrecarregaram, e sem mais forças, ele começou a chorar. As lágrimas escorriam pelo seu rosto, misturadas ao suor

No dia seguinte, no hospital...Lorena estava sentada em sua sala de consulta, a luz suave da manhã entrando pela janela. O cheiro de desinfetante e do aroma de café que vinha da sala de espera eram os únicos odores que preenchiam o ambiente. Ela estava visivelmente cansada, com olheiras profundas, mas ainda tentava manter a postura profissional. Camila, sua amiga de longa data, estava ao seu lado, preocupada, observando cada gesto de Lorena. O som do relógio na parede parecia o único ruído no silêncio pesado entre as duas.— Lore, como você está se sentindo? – Camila perguntou, a voz baixa, quase hesitante. Ela sabia o quanto a amiga estava sofrendo.Lorena suspirou, os olhos distantes, como se estivesse tentando encontrar alguma resposta que a fizesse acreditar que aquilo era um pesadelo.— Eu estou péssima, Cami. Ainda nem acredito que ele foi capaz de mentir para mim esse tempo todo e ainda me trair. – Lorena falou com tristeza, a voz

Enquanto isso, na recepção...Camila, ainda processando tudo o que havia acontecido, estava ao telefone, tentando se manter calma, mas a tensão no ar era palpável.— Alô, quem é?— Rick, é Camila. – A voz de Camila soou tensa, seus dedos apertando a tela do celular.Rick respirou fundo antes de responder.— Camila, aconteceu alguma coisa com Lorena? – Ele perguntou, a preocupação transbordando em sua voz.Camila sabia que não podia esconder mais nada de Rick, mas precisava proteger Lorena de tudo.— Eu ainda estou com raiva de você pelo o que você fez com ela. – Camila respondeu, o tom de sua voz mostrando a frustração ainda fresca.Rick, surpreso com a resposta de Camila, tentou intervir.— Camila... – Ele começou, mas Camila o interrompeu.— Me escuta, Rick. A segurança dela vem em primeiro lugar. Preciso que você saiba que o detetive Matt está aqui. – Camila disse, com firmeza, tentando alertá-

Giovanni Palumbo, o advogado, entrou na sala com um ar imponente. O som de seus passos foi forte e decidido, como se ele tivesse o controle total da situação. O cheiro de seu perfume sofisticado, combinado com o peso de sua presença, fez Matt se afastar imediatamente.— Detetive Dallas, você não sabe o que é limites, não é mesmo? Quero que se afaste agora da minha cliente, antes que eu abra uma queixa contra você de assédio. – Giovanni disse, sua voz firme e implacável, com um tom de ameaça bem claro. Ele não se intimidou com a presença do detetive, que parecia perder a compostura.Matt, já irritado e ciente de que a situação poderia se agravar, não deixou de desafiar Giovanni.— Palumbo, faça isso e eu prendo a sua cliente por agressão física. – Matt respondeu, a raiva transparecendo, mas tentando manter um certo controle sobre as palavras.Giovanni, sem hesitar, foi direto ao ponto.— Até que você tenha provas dessa suposta agressão, minha client

Lorena, no entanto, ainda não compreendia a reação dele.— Então, por que você reagiu dessa forma? Qual a história dela com o Rick? – Perguntou, a raiva e a dor transbordando.Giovanni olhou para ela com seriedade, mas havia um leve pesar em seu olhar.— Lorena, foi uma história complicada. Sinto muito, mas não posso te dar detalhes. – Giovanni disse, com a voz pesada. Ele sabia que estava guardando segredos, mas o respeito pelo sigilo profissional e pela amizade com Rick o impedia de revelar mais.Lorena, com um olhar intenso, retrucou.— Porque você não pode? Por causa do sigilo do seu cliente? – Ela perguntou, com a voz cheia de desafio.Giovanni suspirou, e o peso da resposta que ele estava prestes a dar parecia pesar em seus ombros.— Lorena, Rick não é só um cliente, somos melhores amigos, crescemos juntos. Ele é o irmão que eu não tive. – Giovanni explicou, sua voz agora mais suave, mas a sinceridade ainda clara em suas palavra

Rick se aproximou da mesa com passos largos e pesados, a raiva agora transbordando em seu corpo. Seus dedos bateram com força sobre a madeira da mesa, criando um som rítmico e impaciente.— A vadia me disse que o Hugo estava fora. Mentirosa do caralho. – Rick murmurou, com os dentes cerrados, a raiva em sua voz quase palpável. O cheiro do fumo que ele exalava parecia se intensificar à medida que a frustração tomava conta dele.Gustavo, que estava ao lado de Rick, não perdeu a compostura, mas sabia que precisaria ser cauteloso com as informações que daria a seguir.— E tem mais uma coisa, vimos um homem entrando na casa. Mas ele estava de capuz, não conseguimos identificar ainda. – Gustavo completou, o tom de sua voz agora mais grave. Ele estava percebendo que a situação estava se tornando mais complicada e que as respostas estavam começando a se esconder em meio a muitas camadas de mentiras.Rick, com a mandíbula contraída, fez uma pausa e olhou fixamente

Rick ficou ali, parado no corredor, sentindo seu coração se despedaçar enquanto ela se afastava. Pensamento de Rick: Meu Deus, como eu queria tê-la de volta nos meus braços. Que saudade dela. Tenho que resolver isso urgente. Preciso ter minha mulher de volta.Rick respirou fundo, tentando afastar o nó que estava em sua garganta, e continuou andando pelos corredores do hospital até chegar ao consultório de Dr. Reinaldo. O som dos passos de Rick ecoava, mais pesados agora, enquanto ele se preparava para enfrentar a verdade dos exames.No consultório, Dr. Reinaldo já estava esperando por Rick. A luz fria do consultório hospitalar refletia na mesa de vidro, e o cheiro de álcool e medicamentos dominava o ambiente. O médico olhou para Rick com uma expressão séria, mas não sem um toque de simpatia, como se compreendesse o peso do momento.— Boa tarde, Rick. – Dr. Reinaldo disse, sua voz calma, tentando suavizar a tensão do ambiente.Ric

Na casa de Lorena...O ambiente estava calmo, mas a tensão era palpável. O cheiro de café fresco preenchia o ar, misturando-se com o aroma suave das flores que estavam espalhadas pela casa. A luz suave da tarde iluminava a sala de Lorena, onde ela e Rick se encontraram para finalmente conversar. O som do vento batendo suavemente contra a janela e o ruído do tic-tac do relógio eram os únicos sons que acompanhavam a conversa tensa que estava prestes a acontecer.Rick, sentado no sofá, olhava para Lorena com um olhar pesado, cheio de saudade e arrependimento. A pressão no peito parecia insuportável, mas ele sabia que precisava resolver a situação. Ele sabia que a confiança dela havia sido abalada e que tinha que fazer tudo o que fosse possível para reconquistar sua confiança.Lorena estava de pé, os braços cruzados, a expressão fechada. Ela não conseguia tirar da mente a imagem do que tinha visto dias atrás. A cena ainda queimava em sua memória, ma

Rick, sentindo a necessidade de ser honesto, respondeu.— Exatamente, eu tinha bebido e fui daquele jeito que você conhece, fui bruto com ela. Aí ela começou a chorar e disse que ia me entregar para o pai dela. Então, tive que namorar ela por causa de um acordo que meu pai fez com o pai dela, se não, começaria uma guerra. – Ele disse, com um tom mais sombrio.Lorena, com os olhos arregalados, perguntou.— E por que terminaram?Rick, com um olhar gelado, respondeu.— Stella é uma vadia, só precisava perder a virgindade. Começou a foder com todo mundo, mas ela sempre negava as traições. Então, um dia, peguei ela na cama com um segurança meu, matei ele e deixei ela viver. Depois disso, terminei com ela. – Ele disse, com um olhar impassível.Lorena, ainda processando tudo, disse com um sorriso irônico.— Uau... Se eu soubesse que essa história seria tão emocionante, teria feito uma pipoca. Me desculpa, é que não resisti. – Ela riu, mas a