- Ah, é você que vai nos levar para as aulas extras? - Lara perguntou ao ver Oli parar na calçada com um sorriso enorme nos lábios, maiores que o vestido que usava - a mamãe sabe disso?- Mesmo se não soubesse acho que isso não é da conta dela - O sorriso nos lábios não saía por nada, e as três garotas se entreolharam e pararam em Mael que encarava sua querida Oli e depois mirou para as irmãs. - Vamos indo?- Espere! - Mael virou para suas irmãs, cada uma com uma expressão difícil. - Aconteceu alguma coisa com vocês? Ou o dia de escola não foi bom? Alguém disse algo que as machucou? Me digam quem foi.- Não gostamos da sua babá, e te ouvimos dizer que ela não sabe dirigir - Luna declarou de trás e Lara concordou - Sem contar que ela brigou com a mamãe ontem eu não vou aceitar ser amiga de alguém que briga com a minha mãe, entendeu? E ela é a sua mãe também, devia ficar do lado dela.- A Mel não é a mãe do Mael - Oli se agachou ao lado do garoto encarando as três meninas que cruza

- Mãe! - A primeira a gritar por Mel naquela casa quando entrou foi Lara que pulou em seus braços sendo seguida pelas outras que rodearam a mulher sem ao menos a deixar falar. Queriam contar suas experiências durante o dia desde a escola até a galeria e ela tinha que ouvir tudo antes que esquecessem. Não tiveram tempo de conversar na hora do almoço, mas pareciam confortáveis o suficiente para gritarem no seu ouvido. Mael passou pela porta com um sorriso mínimo no rosto, viu suas irmãs pularem e falarem ao mesmo tempo e sorriu esperando ser notado por Mel que não demorou muito. Colocou Lara no chão pedindo para que todas fossem para o banho, o jantar estaria pronto em quarenta minutos e realmente, subiram as escadas correndo, a única que olhou para trás procurando pelo irmão foi Liz, mas deixou de lado quando viu Mel dar-lhe um abraço. Na pequena cabeça de Liz, Mael era um garoto solitário, e ver Mel cuidando dele lhe aquecia o coração. - Não tem nada para me contar também? - Tiro

O clima entre as crianças estava abalado naquele dia, e Oli notou assim que chegou para buscá-los. Não houve um "bom dia" ou "boa tarde" da parte de Mael ou das garotas que entraram no carro sem reclamar por nada. Tentou quebrar o clima falando um pouco da cidade e que acabou por ouvir um e outro comentar sobre o grande parque que inaugurou, pois sabia que todos eles queriam ir ao parque para se divertirem, mas ainda que tivesse contado todas as melhores atrações do lugar, nada fez com que ganhasse a atenção deles. E tudo bem, era melhor ganhar o silêncio absoluto do que ter discussões e o emprego por um fio. Então, tudo bem.O garçom trouxe a comida que todos pediram e comeram em silêncio. Para Mael o clima deveria está bom, nunca foi muito de falar o tempo todo e deixar que isso ocupe a maior parte de seu tempo. O silêncio sempre foi bem-vindo e gostava, mas sabia que para as irmãs Santiago, isso jamais iria acontecer. Todas elas gostavam de falar mais que o necessario e até coisa

- Meninas? - Mel se surpreendeu quando a porta do elevador se abriu revelando suas filhas, apenas suas filhas. Todas sorriram se aproximando de Mel, diferente de todas as vezes que encarou aquelas três garotinhas que colocou no mundo. Mel levantou do sofá a qual tentou se acalmar, mas não tinha como... - O que isso significa?- Mãe, eu tenho muita coisa para falar, mas, por favor, não brigue com a gente - Pediu Lara juntando as mãos em frente ao rosto - A gente saiu da galeria e fomos ao parque.- Ao parque com a Oli, ela foi muito gentil e legal conosco, não precisa mais brigar com ela - Luna juntou as mãos em frente ao rosto também dando um passo à frente assim como sua irmã. Mel olhou de uma para a outra, cruzou os braços e focou em Liz logo atrás, pelo menos o seu penteado estava no lugar, mas totalmente desajeitado.- No parque com a Oli. Ok! E o Mael? Onde está o Mael? - Passou pelas duas se abaixando perto de Liz que corou e desviou o olhar. - Quer me contar Liz?- A Oli t

- Pai, o que houve? - Mael chegou aos pés de Levi que assistia Mel sumir diante de seus olhos com tanta determinação.Tudo aquilo de fato era ciúmes? O que ele estava fazendo para que ela tivesse alguma dúvida? A amava tanto, será que desconfiava? Ele jamais ficaria com outra pessoa, não daquele jeito, ainda mais com a babá de seu filho, justo a mulher a qual Mael dizia amar e que não queria que ninguém se aproximasse? Como assim? Por um lado, gostava disso, saber que Mel sentia ciúmes era bom, afinal, ele nunca foi de certo um bom homem para ela e sabia disso.Mas se amavam de uma forma que ninguém entenderia, ou saberia explicar de qualquer jeito. Não tinha porque ter ciúmes ou ao menos cogitar em sua mente que outra pessoa poderia ocupar seu lugar. Ela era sua esposa e a mãe de seus filhos.- Parece que sua babá está esperando um filho também - Contou para o pequeno que se afastou de repente - Você sabia que não ia crescer a ponto de se casar com ela, certo?- Não, eu não sabi