Casa segura – 5h17 da manhãJordani acordou com um calafrio. O som distante de um pássaro noturno se perdia entre as folhas lá fora. Ao lado, Lucas dormia profundamente, exausto da noite anterior.Ela se levantou devagar, pegou o celular escondido entre as roupas e viu a notificação: uma mensagem criptografada, vinda de um número desconhecido.“Rua das Sibipirunas, número 42. Sozinha. 6h.”Ela soube imediatamente quem era.Vestiu-se em silêncio, encostou a porta com cuidado e desapareceu pela lateral da casa, os passos leves, quase invisíveis.Rua das Sibipirunas – 6h01A casa parecia abandonada — portão de madeira com uma tranca frouxa, tinta descascando das paredes. Mas Jordani sabia que não estava sozinha.Entrou.Kira estava ali, encostada no batente da porta dos fundos, de braços cruzados, o cabelo preso com precisão, olhar firme.— Pensei que não viesse. — Kira disse.— Pens
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