529. DOR E AMOR
Eu abro os olhos e vejo um médico na minha frente. Aos poucos, o reconheço; é um tio de Gerônimo. Ele me examina enquanto fala, explicando tudo o que fizeram comigo, até que, finalmente, me dá a pior notícia de todas: —Sinto muito, Cristal, mas você perdeu seu bebê. Você perdeu muito sangue e foi impossível… Não continuo ouvindo; minha mente ficou parada: ¡Perdi meu bebê, eu o perdi! Embora ele continue falando, minha mente apenas reteve essa informação. Eu coloco minhas mãos na minha barriga vazia e sinto uma grande dor no meu peito. —Você não deve se preocupar, apenas concentre-se em se recuperar, Cristal. Você quer ver seu marido? —pergunta de repente o médico—. Ele não se moveu lá fora, não come, não dorme, só está preocupado com você. Posso chamar ele? Assinto com a cabeça ao ouvir que meu pobre Gerônimo está sofrendo só lá fora. Eu o vejo se afastar e espero ansiosa. Como vou enfrentá-lo? É minha culpa ter perdido este bebê, por não ter me dado conta. Fiquei dois meses sem me
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