Cap. 60: rivalidade crescente.O peito em chamas. Os olhos ardendo. E minha loba sussurrando em fúria silenciosa: nós já o escolhemos.Ouvi o som abafado da respiração dele. E depois, um murmúrio, como se falasse apenas consigo.— Isso está saindo do controle. — ele rosnou segurando a minha mão que ainda se mantinha firme em sua gola, meus lábios estavam tão próximos do dele, e eu nem me lembro a última vez que beijei alguém.— O que está fazendo? — A voz dele era grave, firme.— Docinho... — protestei com o perfume dele me deixando atordoada. De repente sentir a mão dele apertar minhas bochechas e nossos narizes roçaram.— não se atreva a me chamar assim, só existe uma pessoa que me chamava assim, você não pode jamais.Meus olhos se encheram de lagrimas, não sei porque aquelas palavras doíam, mas... eu também não queria me sentir atraída por ele, não com todo aquele passado aquelas palavras, não conseguir conter as lagrimas misturadas a frustração de lembrar de suas palavras amaldiç

Cap. 62 Arrogante— Temos que seguir. Temos uma reunião importante. Precisamos preparar o território para receber o alfa da região leste. — Soraya avisou com firmeza, os saltos estalando contra o piso de mármore enquanto seguia à frente.Kan não respondeu de imediato. Parou por um breve instante no corredor silencioso, retirando o celular do bolso como quem busca qualquer desculpa para não encarar ela. A tela sequer foi desbloqueada.— Você está incomodado com o que viu, senhor Kan? — A voz dela veio baixa, como se não quisesse incomodar... mas quisesse provocar.Kan levantou os olhos lentamente. Seus traços estavam impassíveis, frios. Mas seus olhos carregavam aquele brilho cortante de alfa prestes a morder.— Por que eu ficaria incomodado? — ele levantou uma sobrancelha guardando as mãos no bolso com uma postura ereta.Soraya arqueou uma sobrancelha, parando alguns passos à frente e virando-se de lado, como quem sabe exatamente o que está fazendo.— Porque ela é sua parceira. — diss

Capitulo. 64 presença imponente.— Quem é aquela? — Beta Filtigal murmurou, interrompendo o diálogo dos outros ao se aproximar de Andrews. Percebera toda a agitação no andar de baixo. Os homens ao redor — e alguns do andar de cima, em suas cabines de vidro — observavam como se fosse a própria deusa embriagada, girando nos braços de um desconhecido enquanto era conduzida na dança.Os demais seguiram seu olhar até a pista. Maya dançava ali, envolta pela música e pela luz, com os cabelos ondulados balançando com elegância, o vestido abraçando seu corpo como se tivesse sido costurado sobre sua pele. Ela era pura presença.— É só uma ômega — respondeu Samuel Kan, olhando rápido e voltando ao assunto. — Nada importante... — Ele rangeu os dentes, como se nem ele mesmo acreditasse nas próprias palavras.— Ah... é sua assistente, não é? — Gamma Erick soltou, surpreso. — Que mulher espetacular. — Ele suspirou, com o olhar perdido na direção de Maya.— Carne nova sempre chama atenção, por isso e

Capitulo 66Kan se levantou lentamente, com o maxilar tenso e os olhos queimando como brasas. Maya estava zonza, tentando se equilibrar nele de todas as formas. Filthigal olhou entre os dois, claramente sentindo o clima carregado no ar.Por um instante, Kan pareceu prestes a explodir os músculos retesados, os olhos fixos em Maya como se ela fosse ao mesmo tempo uma ameaça e um desejo proibido.Mas, em vez disso, ele respirou fundo, passou a mão pelo cabelo e puxou Maya com um único movimento firme, sentando-a no sofá ao seu lado como quem impede uma tempestade de começar.— Docinho... — ela gemeu com a voz chorosa. — você não pode ficar me maltratando, você é meu parceiro.— ela so está bêbada demais, você pode ir, avise para os outros não me esperar.Filthigal se curvou em respeito ao Alpha.— Com licença, senhor. Vou me retirar agora. Mas permita-me dizer algo… — Ele hesitou, depois encarou Kan com seriedade. — O senhor pode ficar com qualquer mulher que quiser. Mas se sua Luna ofic

Cap. 68O ar entre eles era denso, carregado de uma energia primal, não dita, mas presente em cada suspiro, em cada segundo de silêncio. Maya estava prestes a recuar assustada com a forma como ele a encarava, mas Kan se moveu primeiro.Com um gesto ágil, ele segurou sua cintura e a puxou contra o próprio corpo. A diferença de força era gritante, mas o calor que se espalhou entre os dois foi ainda mais intenso. Maya arfou, surpresa, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, a boca de Kan tomou a dela em um beijo voraz.Não foi um beijo terno ou exploratório. Foi urgente. Quente. Dominador. Como se ele quisesse puni-la por existir e, ao mesmo tempo, tomar para si tudo o que ela era, ela sentiu os lábios dele explorar o seu e o gosto de vinho ser compartilhado assim como o cheiro quente de seu perfume..As mãos dele apertaram a cintura dela enquanto a prensava contra seu corpo firme, como se aquilo fosse a única coisa que o manteria no controle.Maya respondeu por instinto, sentindo a m