Não conheço a mãe de Aldo, ele quase não fala dela, é como se não quisesse que eu invadisse essa parte tão íntima de sua vida, sei que a ama e adora, já o ouvi conversando com ela e cada vez que faz isso, sua expressão muda. Sem dúvida, é filho de Pietro, seu rosto é tão parecido, mas todo aquele traço que não coincide, creio que deve ser da mãe, já estamos há um mês como casal, cada vez que o vejo, sinto borboletas no estômago, anteriormente nossas escapadas noturnas eram uma ou duas vezes por semana, agora são diariamente.Hoje é um dia especial, hoje completamos um mês desde que começamos, ele me disse para me preparar e ficar ainda mais linda do que sou, essa frase me faz sentir meio estranha, a verdade é que não tenho ideia do que esteja planejando, mas passou o dia todo fora.Emma me vê e sorri, não me disse nada, mas sei que suspeita que entre Aldo e eu algo acontece, Laura continua sofrendo com os enjoos chatos, com seus 4 quase 5 meses de gravidez, coitada passa vomitando tu

Pietro estava sentado na ampla poltrona que ficava atrás de sua elegante escrivaninha, seu olhar estava perdido, por mais que tentasse pensar em outra coisa, tirar Guadalupe de sua mente, nada adiantava, ele sentia uma enorme culpa, nessa mesma casa estava a mulher com quem meses antes se sentia à vontade.Por momentos se amaldiçoava, ele jamais deveria ter cruzado o caminho de Celeste, ela era uma boa mulher, ela havia sofrido muito em toda sua vida, agora ele não podia falhá-la, mas em seu coração só estava Guadalupe.Por mais que tentasse, não conseguia pensar em outra mulher que não fosse ela, sua mente estava dividida entre o que queria e o que devia, fazia um mês que visitou Valoria e conversou com Guadalupe, essa conversa lhe deixou cravada uma espinha no coração, ela lhe disse que ainda o amava.— Pietro? Você está aí? —perguntou Celeste tentando chamar sua atenção.— Oi, linda! O que acontece?— Vou à minha terapia, você está ocupado? Se sim, peço para Boyko me levar?—

Guadalupe foi visitada pela Dra. Serra, ela havia ido visitá-la no hospital, sua surpresa foi enorme, a jovem que ela conheceu há 20 anos atrás parecia basicamente igual, naquela época a viu como uma pobre garotinha abandonada.Lamentavelmente, hoje continuava igual, seu rosto mostrava a mesma tristeza e solidão daquele tempo.— Olá, Guadalupe Priego... Tanto tempo sem te ver!— Dra. Serra...— Vejo que agora é Valeria Barzinni, o sobrenome é do seu marido?— Sim...— Passaram muitos anos sem te ver...— 20 anos para ser exata...— Bem, Guadalupe... Eu acho que agora sim... É momento de sarar...Depois de uma conversa amena, onde a doutora coletou dados e pôde fazer um diagnóstico, Valeria devia ser internada imediatamente no hospital psiquiátrico.Seu estado de ânimo não era animador, claramente estava bastante desgastada mentalmente, isso foi informado a Camila e Federico, que, sem outra opção, concordaram.Por um momento lhes passou pela cabeça a ideia de trazer de volta

Rapidamente, haviam passado 4 meses depois que Valeria havia sido internada no psiquiátrico, aos poucos a mulher ia avançando, fechando etapas de sua vida, desde criança até o tempo que chegou a Valoria, seu coração ia sarando, reconhecendo que a maioria das coisas que viveu com seu pai, jamais foram culpa sua.Valeria havia sido órfã de mãe, mas todo o amor que ela representava agora como mãe, havia adquirido graças a seu avô Alberto e à avó Carolina, eles a haviam criado com amor e respeito.Seu pai, embora mau pai, nunca a deixou sozinha, talvez o homem só estivesse atravessanñodo uma etapa de luto, que jamais pôde superar e que também bem poderia ter precisado de ajuda profissional. Mas isso jamais teria resposta, já que Valeria nunca soube o que aconteceu com seu pai e tia.— Valeria, como amanheceu hoje?— Bem, Dra. Serra, hoje me sinto bem!— Fico feliz em saber disso, hoje Camila e seus pequeninos virão te visitar, sei que adora os dias que eles vêm.— Sim, eles são a raz

Massimo chegou e imediatamente foi para o quarto onde Pietro se encontrava com Diana, que estava com uma expressão abatida.— O que aconteceu? Como está meu irmão?— Bem... Há pouco ele acordou e se assustou, tiveram que aplicar uma dose de calmantes, agora voltou a dormir. Massimo, você já viu o médico que está cuidando dele?— Não, assim que cheguei vim direto para cá...— É melhor conversarmos com ele, precisamos saber como está o estado de saúde dele... — disse Diana, ainda preocupada.Depois de procurar pelo hospital o consultório daquele famoso doutor, chegaram e se depararam com o homem que os esperava.— Herr Pellegrini, Frau...— Méndez... Ela é Diana Méndez, minha esposa...Diana ouviu isso e se virou para olhá-lo com uma sobrancelha levantada, mas naquele momento não disse mais nada.— Certo, o Herr Vanetto me avisou que vocês viriam...— Dr. Wagner... Como está Pietro? Nos diga a verdade... — disse Diana preocupada.— Bem, o Herr Pietrovich está bem, mas não como