Dois anos antes de viajar a Valoria, Valeria soube por Marco que uma fração da empresa Pellegrini sempre foi de sua família. Ao ser a única de quem se tinha conhecimento de sua existência, era a herdeira de 33% da empresa. A questão era que Caterina, nem Pietro haviam mencionado nada no tempo em que ela esteve em Valoria.Agora toda a empresa era dirigida pela máxima autoridade que era Massimo Pellegrini. Leonardo Pellegrini havia se aposentado depois da morte de Pietro. Atualmente tinha 73 anos e daquela empresa não queria saber nada, quanto mais longe estivesse, para ele seria melhor.Seguindo a ideia de que ela era a única viva ou presente, a porcentagem que lhe cabia não era nada desprezível. Aqui a pergunta que sempre rondava a mente de Valeria era: por que Caterina nunca lhe mencionou nada? Ela viveu numa gaiola dourada enquanto esteve casada com Massimo, sofreu humilhações e vexames, quando tinha dinheiro suficiente para sair dali e nunca mais voltar, tinha dinheiro para busca

Massimo teve que ficar atrás de sua esposa, que se encontrava sentada querendo se lançar contra Marco. Segurou seus ombros exercendo um pouco de pressão, sinal de que devia manter a calma e a boca fechada. Alessia não teve mais opção que se acalmar e esperar para poder falar em particular com seu marido. Luciano tentava entender o que aquele homem pretendia, desconhecia a história entre ele e sua família, então devia andar com cuidado, evitando levantar suspeitas tanto por parte de seu pai quanto por parte de Barzinni.Depois que a reunião terminou devido a muitas outras reuniões marcadas, Barzinni foi acompanhado por aquela secretária nervosa que os havia atendido anteriormente.— Senhor Barzinni, este será seu escritório! Se há algo que não lhe agrade, pode me notificar, mandarei fazer os ajustes que o senhor solicitar. — Disse a moça em tom nervoso.— Como você se chama? — Perguntou Marco.— Greta, senhor, Greta Parisi...— Muito bem Greta, vamos remodelar todo o lugar, essa co

Rapidamente havia passado uma semana, Marco ia a caminho do elevador que o levaria direto ao seu escritório. Depois de dois dias, este já tinha o aspecto que o homem desejava. Já havia revisado os balanços financeiros, identificou alguns movimentos que não pareciam ter explicação, já que se algo Marco tinha, era que para o dinheiro era muito cuidadoso e meticuloso. Qualquer movimento fora do normal o identificava facilmente.— "Depois de tudo, Alessia não era tão inteligente como se achava" — Pensou Marco.O elevador estava prestes a fechar a porta, quando uma mão delgada e branca impediu isso, era nada mais nada menos que Alessia. Marco não se surpreendeu, era normal que ela pudesse utilizar esse elevador destinado só a Massimo e Marco, finalmente ela era esposa do primeiro.— Oi Marco! — Disse Alessia num tom sutilmente sugestivo.— Oi Alessia, como você está? — Respondeu Marco gentilmente.— Bem! Obrigada por perguntar! Há muito tempo não me perguntam isso.— Ah é?— Sim! Meu

Valeria ficou sem palavras, seus olhos se encheram de lágrimas. Marco pegou o anel e o colocou em seu dedo anular da mão esquerda, ela com a outra mão cobria a boca e sorria, era uma mistura de emoções que não sabia como manejar. Suas lágrimas eram de alegria, mas de nostalgia ao mesmo tempo, sua cabeça estava uma confusão. Este homem havia tornado realidade o que em algum momento imaginou, quando ainda era uma jovem de 16 anos cheia de sonhos e não havia vivido tudo o que lhe tocou viver.— Aceito! Sim, Marco, aceito! — Disse Valeria entre lágrimas quando ele se levantava e a abraçava.Esta ação não passou despercebida pelos outros clientes, que, ao ver a reação da moça, se emocionaram e se sentiram parte do evento, aplaudiram tão bela proposta de casamento.Valeria sentia como suas bochechas ardiam, estava tão corada. Marco acalmou seus nervos dando-lhe um beijo, este lhe soube tão doce, o sentiu tão cálido, que se encheu o coração, aquele que por anos permaneceu adormecido até co

Alessia chegou ao seu lugar, seu semblante estava relaxado. Sua assistente havia muito tempo não via esse rosto assim. Quase sempre estava de mau humor, inclusive ia vestida diferente, mas ainda não conseguia decifrar que intenções tinha ou que plano trazia entre as mãos, já que, se alguém conhecia Alessia era sua assistente. Essa mulher conhecia os mais obscuros de seus segredos. Embora já fosse mais velha, Alessia se resistia a deixá-la ir, por isso aos seus 60 anos Narcisa continuava ali com ela.— Alessia querida, você tem alguma reunião que eu não saiba? — Perguntou Narcisa com dúvida.— Por que a pergunta Narcisa? — Disse Alessia enquanto se sentava.— Hoje em particular você está radiante!— Nada em particular, só tenho uma reunião com o diretor de finanças.— Esse homem é muito bonito, mas é casado Alessia, não se meta em confusões desnecessárias.— Tranquila Narcisa! É só uma reunião, preciso ver até onde esse homem é capaz de chegar. — Disse Alessia com um sorriso um ta