Alana assentiu e disse:— Ela estava com falta de ar há pouco, então eu comprei esse remédio. Leve para ela tomar logo.— Certo, vou levar agora.Quando o assistente estava prestes a sair, Alana acrescentou:— Se ela não quiser tomar, não diga que fui eu quem mandou...Embora tenha achado a instrução estranha, o assistente concordou e decidiu seguir as ordens."Não são mãe e filha? Por que algo tão simples como entregar remédios precisa ser feito desse jeito? Não seria mais fácil fazer de forma direta?"Apesar de sua perplexidade, o assistente respeitou a situação. Talvez fosse um hábito peculiar entre mãe e filha, pensou ele. Mesmo que não entendesse, achou melhor não questionar. Afinal, ele era apenas um funcionário e seu único dever era cuidar do bem-estar da presidente, Laura.Com esse pensamento em mente, o assistente reforçou sua determinação: o mais importante era garantir que Laura estivesse bem. Os problemas pessoais entre mãe e filha não eram de sua conta.Ao entrar na sala,

O assistente não precisou de muitas instruções dos acionistas. Ele próprio garantiu que cuidaria da presidente com total dedicação. Ao ouvir isso, os acionistas, finalmente aliviados, se retiraram.Quando o corredor ficou vazio e o assistente se viu sozinho, ele começou a se perder em pensamentos."O que está acontecendo com a diretora-geral? A presidente está hospitalizada e, até agora, diretora geral não apareceu. Será que ela sequer sabe o que aconteceu?"O assistente respirou fundo, afastando essa possibilidade. Ele logo percebeu que seu pensamento não fazia sentido. Afinal, todos os funcionários do andar já sabiam da situação da presidente, sem mencionar que os próprios acionistas também estavam cientes e haviam ido ao hospital. Portanto, não era possível que Alana não soubesse o que tinha acontecido."Estou pensando demais."Com isso, o assistente afastou as dúvidas e concentrou-se no que realmente importava: cuidar de Laura. Ele sabia que sua prioridade era garantir que a saúde

Alana não queria perder mais tempo naquele lugar. Ela temia que a convivência com aquelas duas pessoas sem noção acabasse a contaminando. Só de trocar mais uma palavra com Diego e Natalie, ela já sentia que estava desperdiçando energia. Se continuasse ali, tinha certeza de que até seu QI poderia diminuir.Depois de sair, Alana deixou Diego e Natalie trocando olhares confusos no carro.Diego, a princípio, pensou em simplesmente dar partida e ir embora. No entanto, Natalie colocou a mão delicadamente sobre a dele, que segurava o volante.Com uma voz suave, quase melancólica, Natalie disse:— Diego, você viu como essa mulher ainda é arrogante, mesmo depois de tanto tempo? Ela não mudou nada. Você já parou para pensar se, quando ela estava com você, não era só pelo dinheiro? Olha só o que você passou por causa dela. Todo aquele sofrimento, até os dias na prisão, não foram culpa dela?Diego, que inicialmente não estava tão incomodado, sentiu as lembranças dos últimos meses invadirem sua men

— Olá, não é permitido estacionar aqui. Vocês ficaram parados por muito tempo. Esta é uma multa. — Disse o policial, com um tom quase robótico.Diego ficou um pouco constrangido, mas ainda assim estendeu a mão para pegar a multa.O policial olhou para os lábios inchados de Natalie e não conseguiu evitar um comentário:— Da próxima vez, façam esse tipo de coisa em casa. Assim vocês não atrapalham o trânsito.Depois disso, ele simplesmente foi embora, deixando Diego e Natalie trocando olhares embaraçados.Diego, ao notar os lábios inchados de Natalie, ficou um tanto sem graça. Se não fosse o comentário do policial, ele nem teria percebido.Natalie ficou completamente vermelha:— Vamos embora logo.Ela não queria ficar mais nenhum segundo naquele lugar. A situação era insuportavelmente constrangedora. Se pudesse, com certeza teria se enfiado em qualquer buraco que encontrasse no chão para escapar daquela vergonha.Diego, ao ver o rosto corado de Natalie, deixou transparecer um sorriso ain

Erick assentiu levemente, com uma expressão confiante.Antes de sair, ele não deixou de se despedir de Helena. Erick inclinou-se, acariciou a cabeça da irmã com seriedade fingida e disse:— Pronto, maninha, estou saindo. Não sinta muita saudade de mim.Helena, porém, continuava imersa no próprio mundo, brincando com os seus brinquedos, sem dizer uma palavra.Ao observar a cena, o olhar de Erick perdeu um pouco do brilho, mas rapidamente ele o recuperou:— Certo, mãe, estou indo. Deixo a Lena aos seus cuidados.— Seu moleque, o que você está dizendo? Ela é minha filha! — Ana respondeu, rindo com o jeito brincalhão de Erick.Apesar do sorriso, havia uma certa profundidade escondida em seu olhar. Ana não deixou de notar a breve distração de Erick. Justamente por isso, sentia ainda mais pena do filho.Desde o incidente com Helena, quanto tempo fazia que Erick não dava uma risada genuína? Depois que Erick saiu, Helena permaneceu por um longo tempo sem levantar a cabeça. Quando finalmente o