Alana não sabia como descrever tudo aquilo para alguém, nem mesmo para sua própria mãe. Ela olhou para os pratos de comida sobre a mesa e sentiu uma pontada de tristeza no coração. Seus olhos lentamente ficaram vermelhos. Ela estava se esforçando tanto, e tudo isso era pelo Grupo Alves. Mas sua mãe e os acionistas nunca pareciam entender ou reconhecer o que ela fazia.Ao pensar nisso, Alana soltou uma risada amarga.Ela puxou Juan para perto e começou a desabafar, compartilhando seus pensamentos e sentimentos mais íntimos. Juan, ao ouvir tudo aquilo, sentiu-se tocado. Fazia tanto tempo que eles não se sentavam juntos para conversar abertamente assim."Quanto tempo faz?", ele pensou. Desde que Elisa chegou, tudo entre eles parecia ter se tornado cauteloso, como se precisassem medir cada palavra e cada gesto.Juan sabia que isso não podia continuar, mas Kevin, com quem precisava discutir a situação, não atendia suas ligações. Isso também não era sustentável.Ele se endireitou na cadeira

Liz havia decidido sondar Laura mais uma vez, tentando descobrir o que ela realmente pensava sobre tudo o que estava acontecendo.Quando o horário de trabalho de Laura terminou, Liz apareceu no momento oportuno, carregando uma tigela de sopa de creme de cogumelos:— Mãe, você está aí?Laura ouviu a voz de Liz e retirou seus óculos de corrente longa, colocando-os sobre a mesa:— Estou, entre.Quando levantou o olhar, viu Liz entrando com um sorriso no rosto, segurando cuidadosamente uma tigela em suas mãos enquanto caminhava em sua direção.— Mamãe, você tem trabalhado tanto ultimamente. Depois de tudo o que aconteceu no jantar, sei que você tem se preocupado muito e nem tem comido direito. Então, preparei um pouco de sopa de cogumelos para você. Pensei que seria bom você comer algo mais leve e nutritivo.Laura olhou para a sopa cremosa e branca, notando o cuidado e o esforço colocados em prepará-la. Era evidente que Liz havia se dedicado àquilo.Os olhos de Laura brilharam com um toque

Ao sair, a cena de momentos atrás ainda estava vívida na mente do assistente. Só de lembrar, ele sentia um calafrio percorrer sua espinha. Mas ele sabia que não poderia dizer nada à Alana."Se eu contar, e ela decidir não ir, como vou explicar isso depois?"Com esse pensamento, o assistente olhou para Alana com um sorriso ainda mais forçado e bajulador.Alana estreitou os olhos ligeiramente. Embora tivesse percebido algo estranho, decidiu seguir em frente. Afinal, Laura era sua mãe. "O que poderia estar errado?", pensou.Com essa ideia, Alana acelerou o passo, deixando o assistente para trás. Ele, vendo isso, não disse nada, mas o sorriso em seu rosto ficou ainda mais aliviado.— Então, gerente-geral, vá sozinha falar com a presidente. Meu recado está dado. — Disse o assistente.Alana assentiu, indicando que não havia problema. Afinal, ela sabia onde ficava o escritório de Laura. Não fazia sentido prolongar a conversa.— Pode ir cuidar das suas coisas. Eu resolvo isso sozinha. — Disse

Até então, Alana sempre tentava preservar a relação com sua mãe, pensando que, se fosse um pouco mais tolerante, as coisas talvez melhorassem.Mas agora estava claro que sua paciência e concessões nunca mudariam nada. Nem a forma como sua mãe a tratava, nem a visão que sua "boa irmã" tinha dela.Se era assim, por que continuar se retraindo? Talvez fosse melhor enfrentar tudo de cabeça erguida. Ela queria ver até onde sua irmã estava disposta a ir e quais outras cartas na manga ela ainda tinha para usar contra ela."Será que ela realmente acredita que aquele homem é alguma coisa especial? Que qualquer mulher deveria se deslumbrar por ele?"Nelson?O sorriso de Alana se ampliou lentamente. Ah, aquele homem. Como poderia esquecê-lo? Ela havia ignorado suas ações antes, apenas para proteger a reputação de Liz. Mas agora, parecia que tudo estava conectado, tudo fazia sentido."Se é assim, por que continuar poupando alguém? É melhor acabar com tudo de uma vez."Enquanto assistia ao vídeo que