Nicolas dirigia em silêncio, as mãos firmes no volante, enquanto eu encarava a paisagem noturna através da janela. Depois de tudo que aconteceu, ele insistiu em me tirar dali. Disse que eu precisava comer algo, esfriar a cabeça. Eu queria recusar, dizer que estava bem, mas a verdade era que a adrenalina ainda corria pelo meu corpo, e ficar sozinha com meus pensamentos parecia uma péssima ideia.Estacionamos em um restaurante discreto, mas sofisticado, com luzes baixas e uma atmosfera acolhedora. Ele nos levou até uma mesa perto da janela, longe da movimentação, e enquanto eu olhava o menu, percebi que ele me observava.— Você está bem? — A voz dele era calma, mas havia uma preocupação genuína.Forjei um sorriso, tentando parecer tranquila.— Estou bem. Já passei por coisa pior.Ele arqueou uma sobrancelha, claramente não convencido.— Parece que sim.Nossos pedidos chegaram, e ele pegou a taça de vinho com a elegância despreocupada de alguém acostumado a jantares refinados. Girou o lí
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