Sempre que me encontro com a Ju, volto na merda. Saber que realmente vou perde-la fode meu juízo. Ela vai casar e porra, isso dói. Saio da casa dela desnorteado e vou direto para o meu lugar favorito. Subo as escadas e ando de um lado para o outro, eu estava com muito ódio, ódio de mim... Um dia de baile fodeu minha vida toda! Me aproximo de uma das poucas paredes que tem ali e dou um soco. “Porra!” Digo com raiva. Em seguida dou mais dois socos, fazendo minha mão sangrar, mas eu estava pouco me fodendo, nem dor eu sentia. Me preparava para dar mas um soco quando ouço a voz dela.— Sabe que vai quebrar a mão e não vai resolver o problema. Olho pra trás e vejo Débora.— Não estou bom hoje... Então mete o pé! Digo grosso. Ela fica um tempo em silêncio, mas logo fala: — Desculpa, mas esse lugar é meu esconderijo também, então se quer ficar aí se machucando, dana-se! Mas eu não vou embora por sua causa, eu tenho os meus problemas! Ela me dá as costas e caminha para outro can

Entro no galpão e a primeira pergunta que faço a Nick é: — Acharam o x 9 ?— Achamos sim, foi Ramon...— Passaram ele?— No portão da casa dele.— Ótimo! Cadê eles? Pergunto me referindo aos parentes de Aline.— Estão na outra sala.— Prepara eles! Entro no galpão e Aline está do mesmo jeito, sentada em uma cadeira algemada.— Voltei! Digo me aproximando dela.— Sheik, por favor... Seja lá o que você vá fazer comigo, faça logo. Ela estava agonizando.Já tinha 24 horas que ela não comia e não bebia água.Pego uma garrafa de água mineral em uma geladeira que tem no galpão e dou uma golada, ela chega a salivar. — Eu disse pra você que morrer é lucro pra você! Podem trazer eles! Ordeno e vejo o desespero dela ao ver toda sua família entrando no galpão. Eles estavam algemados e vendados.— Sheik... Sheik... Minha família não tem culpa... Me mata porra! Ele berra e se sacode na cadeira.— Aline é você? O que está acontecendo? O irmão dela diz chorando. — Mãe... Por que? A filha

A atualização sobre o estado de saúde de Aline é... Seu estado é grave, está no CTI, teve uma parte da sua coluna fraturada e sua língua cortada, se sobreviver dependerá de alguém para tudo, comer, beber água, cagar, pra tudo e confesso que estou torcendo pela sua recuperação. Tem duas semanas que não falo com Débora, ela foi embora aquele dia e realmente não voltou mais, não me procurou e as poucas vezes que vejo ela passando na rua ela finge que não me vê, mas eu não vou até ela, minha vida está de cabeça para baixo depois da morte de Allef, Ju está em depressão e está difícil para todo mundo. — As crianças vem hoje? Nick pergunta enquanto está sentado a minha frente no escritório da boca. — Não, Marina acha melhor as crianças lá com ela, assim a Ju não se entrega tanto. — Nathy disse que ela não está reagindo. — Pois é, pensei que com o tempo ela fosse reagir, mas parece que quanto mais o tempo passa, pior ela fica. Essa conversa me deixa mal, então me levanto e de

Passei dois dias na casa dela, eu infelizmente precisava voltar para o morro, tinha coisas que só eu podia resolver lá, mas tivemos alguns avanços, Ju aceitou que dona Simone viesse cuidar da casa e das crianças, começou a fazer terapia, o médico vem em casa duas vezes na semana, Anne e Nathy estão aqui sempre com ela e Marina também... Montamos uma força tarefa para não deixá-la sozinha o dia toda e a noite sempre que dá eu venho dormir com ela, quando não dá Anne ou Marina dormem. Temos sentido melhoras nela, mesmo que também tenhamos percebido que ela anda meio irritada, mas o terapeuta dela está ciente disso e já estão trabalhando para melhorar isso. Fui atrás de Debby, conversei com ela e a mesma me perdoou, acho que entendeu o que Ju está passando, então estamos de boa. Não estamos namorando, realmente só estamos ficando, ela continua com o mané, eu não gosto, mas não posso exigir nada dela, afinal, não somos nada além de amigos com privilégios. Dois meses já haviam se pass

Droga, preciso tomar essa decisão agora?— Você me pegou de surpresa, Sebastian...— É só dizer sim ou não... Estamos quatro anos juntos, você deve saber se me ama o suficiente para juntarmos as escovas de dentes...— É que... — Caralho... É o cara que você está ficando neh? Ele passa a mão na cabeça nervoso.— Também... É complicado, ele está passando por um momento difícil e não ficaria legal eu chegar agora e dizer que não quero mais meu lance por que fui pedida em casamento...— Sabe que sou sincero neh, Debby? Comigo não tem meio termo, quando te conheci te fiz uma proposta, era pegar ou largar e que bom que você pegou, agora é a mesma coisa, aceita ou não?! Ele realmente era sincero sempre, mas o mundo não gira em torno do umbigo dele, ele não pode vir aqui e me fazer a proposta e simplesmente querer que eu responda assim, na hora.— Sebastian, você sabe que gosto de você, sabe que respeito nossa relação e principalmente nossa amizade, mas não vou deixar você me por contra a