AvaEu estava me sentindo cansada, mas não por ter feito esforço físico, e sim por pensar no problema Logan, que chegou à minha vida como um furacão, sem me pedir permissão. Ele não se importava com os meus sentimentos, apenas queria me ferrar. Sempre foi o seu plano se livrar de mim, mas, de alguma forma, ele mudou de ideia.Eu gostaria de dizer que sentia total repulsa. Queria achar um motivo para não olhar em seus olhos e sentir nojo dele. Todavia, o homem estava, pouco a pouco, consumindo o meu ser e me fazendo desejá-lo, mesmo eu sabendo que não deveria sentir isso por ele.Depois do jantar, meus pais voltaram para o trailer, que estava estacionado em uma área calma da cidade. Nova Iorque é uma confusão, e eu admito que gostava disso às vezes, porém, depois que conheci Logan, passei a desejar estar a quilômetros desse lugar.Ao sair do elevador, senti minha cabeça pesar com as dúvidas que me deixavam ainda mais inquieta. Coloquei a chave na fechadura e abri a porta. Não estava

AvaEu estava totalmente ferrada. Apostava que Logan ria da minha cara naquele instante. Além de ser um completo idiota, que, simplesmente, sequestrou-me e causou um desastre em minha vida, estava me forçando a casar com ele.Mas admito que, bem lá no fundo, no fundo da minha inconsciência, eu estava começando a pensar em como seria ser sua esposa.Ah, eu me odiava por isso. Ele era um homem tão errado, um criminoso. Eu deveria odiá-lo, só que não saía da minha cabeça aquela noite.Estou torcendo para que, novamente, ele invada a minha casa para me colocar contra a parede, me beijar com paixão e com toda aquela sua força, tirar as minhas roupas, me colocar naquele sofá e...Parei exatamente nesse pensamento. Eu tinha que voltar à realidade. Estava no meu trabalho. A minha melhor amiga queria conhecer o criminoso que estava me forçando a casar com ele, e eu sabia que tudo daria errado. Sentia desespero.Não importava o quanto eu me concentrasse nos meus pacientes e no desejo de,

Ava Não era muito tarde quando decidimos sair do pub. Tudo o que eu queria naquele momento era ir para casa, tomar um banho e dormir. Realmente dormir e pensar em alguma solução para que tudo aquilo pudesse dar certo. Mary não iria desistir de conhecer Logan, então eu teria que arranjar um jeito de transformar aquele brutamontes em uma pessoa normal, que pudesse conhecer a minha melhor amiga sem assustá-la. Nós duas saímos juntas. Mary pôs seu casaco jeans, e eu apenas abracei o meu corpo, sentindo o frio que vinha do lado de fora. Ela estava com seu celular na mão, pedindo um carro por aplicativo. Quando virei o rosto, eu o vi bem na penumbra, sob pouca luz. Foi o bastante para que eu pudesse reconhecê-lo. Encostada em um carro preto, meu coração quase parou de bater. Seria anatomicamente impossível, mas Logan ia conseguir fazer isso pela primeira vez. Como uma pessoa poderia conseguir viver sem que seu coração bombeasse sangue pelo corpo? Bem, é impossível. Assim qu

PovA sala onde Ava e Logan entraram para assinar os papéis do casamento era simples, mas imponente. Paredes brancas, sem muitos adornos, apenas com algumas pinturas discretas. No centro, tinha um pequeno altar coberto por um tecido branco, onde repousava a mesa na qual seriam assinados os documentos. Ao redor do altar, estavam dispostas algumas cadeiras para os poucos convidados presentes, criando uma atmosfera intimista.O juiz, de estatura mediana e careca, aguardava-os de pé, ao lado da mesa, vestindo um terno preto que lhe conferia uma aparência austera e formal.Os olhos de Ava não conseguiam se desviar de Logan. Ele estava ali, em sua frente, imponente e intrigante. Seus cabelos escuros caíam em mechas desalinhadas sobre a testa, contrastando com a pele pálida. Os olhos verdes pareciam penetrar na alma de Ava, enquanto suas tatuagens se destacavam sob a camisa branca de botões abertos no peito e mangas dobradas.“Meu Deus! Deveria ser ilegal ser tão bonito e atraente. Esse h

AvaEncarei aquela enorme casa, com um embrulho no estômago. Eu já havia estado nela, onde tudo aconteceu, todavia, fiquei presa em um dos enormes quartos, sem saber onde estava e como fugir.Dessa vez, eu estava ali de bom grado, e com o meu marido, que era a pessoa que tinha me sequestrado.Eu achava que tinha alguma coisa errada comigo, com certeza; que não estava com as minhas faculdades mentais em dia. — Deixa eu ver se entendi. — Ainda encarando a estrutura enorme e bela, cerrei os olhos. Tínhamos acabado de sair do carro escuro e chique, que estava sendo escoltado por outro atrás de nós, como se o presidente do país estivesse dando um passeio pela cidade. — Você quer que eu more na casa em que fui mantida refém, junto com a sua família de criminosos?O safado deu um sorriso, fazendo-me desejar dar um soco nele, mesmo eu sabendo que não surtiria efeito. — Minha esposa mora onde eu moro. — O homem encheu a boca para falar isso, como se essa fosse a coisa mais natural da vi