NIKOLASSai da fazenda nem eram seis horas, direto para a Lola, cheguei o comércio ainda abria. Estacionei do outro lado da rua, vi uma morena atravessando a rua, o tempo até parecia em camera lenta, não vi o rosto direito, pois estava de cabeça baixa, cabelos pretos num coque baixo, deixando o seu belo pescoço a mostra, ela usava uma camiseta rosa solta, e uma calça jeans, mas dava para ver que era dona de curvas perigosas, quem é essa moça, preciso conhecê-la.Calma, Nikolas, foco, você não veio atrás de um rabo de saia, ajudar a professora, depois quem sabe descobri quem é a moça.Fui para a pousada de Lola, que não estava com o cheiro de café matinal, até estranhei.— Bom dia tia Lola! Cadê o cheiro de café?— Bom dia Lindão! Bem tivemos visita ontem a noite, roubaram a minha despensa, levaram toda a comida. Uma das hóspedes foi comprar café, leite e pão, ao menos para o café da manhã.— Você já chamou a polícia?— Sim, pode ficar tranquilo. Só minuto já venho conversar com você u

BRENDAVictor está frágil, não seria diferente, pois esse homem bruto, e muito sensível, tem um coração maravilhoso.Ele chorava com o filho no colo, os meus pais olhavam para mim, questionando, eles sabiam do exame de DNA, então perceberam que algo havia acontecido.Calmo, dentro do possível, Victor colocou Vini no chão.— Filho preciso conversar com você, algo muito sério.— Vamos deixar vocês a vontade1 -Mamãe falou.— Não sogra, gostaria que vocês estivessem juntos, somos uma família, precisamos partilhar tudo.— Filho vamos estar aqui para apoiar vocês.Todos sentados, Victor procurava as palavras para começar, mas para nossa surpresa, quem começou foi Vini.— Eu sei que fizemos o teste de DNA, eu escutei uma enfermeira falando. O senhor e eu não temos o mesmo sangue. Para mim, isso não importa, o meu pai e o senhor. Só não me diz que o meu pai é o tal juiz, isso seria pior do que ser filho da Vilma.Todos ficamos surpresos, com a maturidade de Vini.— Victor, fale. — Apoiei ele.

BRENDAEntramos no fórum, Vini ficou com os avôs, Victor e eu sentamos no banco dos réus.Isso mostra a total falta de justiça, ela sequestrou, m@ltratou uma criança, drogou Victor, tudo ela culpada.Mas, ficamos quietos, ela chegou com um olhar de tristeza, tentou chegar perto de Vini, mamãe ficou na frente, ela se recuou, com medo.O tal juiz entrou e ficou a olhar para Victor, que tinha os olhos castanhos da sua mãe, esse juiz é realmente louco, obcecado.Ficamos em pé, e sentamos com a sua ordem.— Estamos aqui para condenar Brenda e Victor, por sequestro, m@ltratos, e****. A minha sentença é de prisão de vinte anos, sem direito a fiança, já que ambos têm dinheiro para fazer uma fuga.Bateu o martelo com força, dentro do local, tinha pessoas da imprensa, algumas pessoas importantes da cidade, políticos, com as palavras dele tudo virou uma bagunça.Todos revoltados, ele parecia um rei, no seu trono, deixou tudo aquilo por alguns minutos, depois ficou em pé, batendo o martelo, e gri

BRENDAVictor chorava muito abraçado a Vini que também chorava.A história chocou a todos, os avôs de Vini acabaram passando m@l, os meus pais os levaram para o hospital.O exame de DNA comprovou, que os dois adultos enterrados com o bebé, eram os pais de Vinicius, e o bebé era o filho de Victor.Conseguimos a autorização para realizar um novo sepultamento, dessa vez digno deles.O juiz foi enviado direto para uma prisão federal, sem contacto com ninguém, ele era mandante de vários crimes, e existia provas disso. Alguém, havia mandado imagens da casa dele, no dia que Vilma perdeu o filho, ele m@ltratou dela. Com mandato, conseguiram várias provas, pois ele tinha a mania de gravar as agressões que fazia, na esposa, filho, Vilma, e outras mulheres. Também a imagem dele cometendo alguns assassinatos pessoalmente.Ele perdeu tudo, o filho, já havia fugido antes do julgamento começar, pegou o que pode, a mulher gravida na outra cidade, a mãe e sumiu, ele era apenas uma vítima nas mãos do p

LÚCIAConto de fadas, isso era o que imaginava ser a minha vida.Pais amorosos, todo o luxo que poderia querer, mas mesmo assim, aprendi a ser independente.Escolhi fazer faculdade de pedagogia e letras, amo literatura, amo trabalhar com crianças.Com dezanove anos, formada, já trabalhando numa escola particular conceituada, os meus pais apresentaram-me Pablo, filho de um dos sócios do meu pai.Namorarmos foi consequência, ele boa família, ao menos na aparência.Com seis meses que estávamos juntos, os meus pais faleceram, accidente de avião, não resolvido.Fiquei perdida, Pablo foi o meu apoio.Na época, assinei papeis que o pai dele pediu, sobre a empresa, não li, eram procurações, dando a Pablo plenos poderes, descobri tarde de mais sobre isso.Ele tinha uma irmã, rebelde, segundo a família, ela hostilizava-me, dizia que era fraca, que precisava tomar as minhas próprias decisões, fugir enquanto era tempo, de toda essa armadilha.Não ouvi Paula, que no final foi a única que me ajudou