Josiane sabia dirigir, sabia Taekwondo e, além disso, era mulher. Desde que Josiane começou a acompanhá-la, tudo ficou muito mais tranquilo para ela. Não precisava mais dirigir sozinha e tinha muito mais tempo para descansar. Além disso, ela podia se proteger.— Por que você também não me contou? — Isabela disse, abraçando o pescoço dele por trás, se deitando nas costas dele.— Eu não te contei? — Jorge perguntou.Isabela balançou a cabeça:— Você não disse.Depois de um momento de reflexão, Isabela se deu conta de que talvez realmente nunca tivesse falado sobre isso. Diziam que a gravidez fazia as pessoas ficarem mais lentas, e que a memória piorava durante esse período. Ela temia que estivesse lembrando errado, mas não conseguia se lembrar com clareza.De qualquer forma, isso não importava.Jorge comentou:— Achei que já tivesse te falado sobre isso.— Mas você não está grávido, como é que a sua memória ficou ruim também? — Isabela riu.— Talvez seja porque estou com muita fome. — El

Isabela não respondeu diretamente à pergunta de Alícia. Ela, de maneira sutil, fez questão de dizer que Jorge já estava muito cansado.Alícia suspirou.Ela bem sabia que Isabela estava defendendo Jorge.— São meus filhos, todos me causam dor. — Disse ela, baixando a cabeça. — Com o Jorge, eu fico tranquila, por isso, coloco mais atenção e energia na Clara. Ela é imatura, sempre causando preocupações, e é por isso que eu me preocupo tanto com ela.Fez uma pausa e, com uma mistura de raiva e frustração, acrescentou:— Eu realmente não imaginava que, depois de tanto tempo, ela ainda estivesse com o Sandro. Queria poder abrir a cabeça dela e ver o que está se passando lá dentro!Isabela apenas escutava, sem emitir opinião. Afinal, Clara era irmã do marido dela, e a relação entre elas já era sensível o suficiente. Qualquer palavra errada poderia gerar rumores. E, além disso, havia o Sandro no meio disso tudo, o que tornava ainda mais difícil ela se envolver.O que Isabela poderia fazer era

Ela acariciou a barriga, pensando consigo mesma: "Querido bebê, espero que seja uma menina, caso contrário, a vida vai ser bem difícil para você."Se fosse uma filha, ele certamente não teria coragem de deixá-la trabalhar tão arduamente, não é?A porta do quarto se abriu, e Alícia voltou para casa.Isabela saiu dos braços de Jorge.Jorge a olhou rapidamente:— Somos casados, por que está tão séria assim?Isabela não deu atenção, pois, diante dos mais velhos, não podia agir daquela maneira. Ele até poderia ser rude, porque aquela era a mãe dele, mas ela precisava ser educada.— Sogra.Ela se levantou para ajudar, mas Jorge a deteve:— Se sente, você está grávida, não precisa ajudar.Ele se levantou, pegou as sacolas da mãe e foi para a cozinha.— Comprou tantas coisas.Alícia brincou:— Foi sua esposa que se preocupa com você, sabia que você estava cansado e queria fazer algo gostoso para você.Jorge olhou para Isabela.Isabela, tímida, desviou o olhar.— Estou cansada, vou para o quart

— Sei. — Isabela respondeu.— Vou para a cozinha ajudar seu pai. — Lara saiu do quarto.Com a porta do quarto fechada, Isabela pegou o celular e entrou em contato com seu médico para marcar um horário para os exames.Quando completou quatro meses, ela já tinha feito todos os exames necessários, mas agora era hora dos exames mais profundos.Depois de confirmar o horário, Isabela deixou o celular de lado.Ela ficou ali, olhando para o teto.De repente, sua fome desapareceu.Mas quando chegou a hora de comer e viu seu pai preparando uma grande quantidade dos pratos que ela tanto gostava, a fome voltou, e ela comeu bastante.Lara comentou:— Você parece que não come há muito tempo.— A comida do papai é deliciosa.Lara sorriu:— Come a mesma comida desde pequena e ainda gosta tanto?— As coisas que a gente gosta de comer não mudam.Caio, se dirigindo à filha, disse:— Vai, come mais um pouco.Lara olhou para Caio:— Você acha que, se ela comer mais, vai ser bom? Se ela comer demais, vai fi

Já fazia meses. Ou ela estava na cama, ou estava na cadeira de rodas. Ela sentia que não era muito diferente de uma pessoa com deficiência.Isabela tentou consolá-la:— Daqui a um mês tudo vai melhorar.— Mas um mês... Vai ser tão difícil!Desde que engravidou, ela se sentia angustiada. Já eram meses de sofrimento, e depois que o bebê nascesse, ainda teria que passar mais um mês nessa situação. Só de pensar nisso, já se sentia mal.Isabela, percebendo o estado emocional dela, decidiu ficar um pouco mais. Só à noite ela foi embora.Ela voltou para a casa dos pais.No dia seguinte, foi ao trabalho. Como morava perto da empresa, deixou as malas em casa antes de seguir para o escritório.Ela levou presentes para as colegas de trabalho.Eram perfumes e cosméticos, coisas que as mulheres normalmente usariam e gostariam.Leonardo, vendo que todos estavam com presentes, mas ele não, perguntou:— E o meu?Isabela respondeu:— Você não tem.— Por quê? — Leonardo estava confuso. Todos tinham, mas