— Fui eu que pensei demais, ou você é quem é cruel demais? Eu trabalhei ao seu lado todo esse tempo, não acredito que você não sinta nada por mim. — Ela olhou para Jorge, cuja expressão de desprezo fez seu coração desmoronar. Era impossível aceitar aquele resultado.— Você é quem está pensando demais. Se tem algum problema, vai procurar um médico e fazer um bom exame no seu cérebro. — Jorge disse, se virando para sair.Rita se desesperou e agarrou a roupa dele.— Não vá, por favor. — Rita chorou ao olhar para ele. — Eu realmente te amo, eu posso morrer por você.Jorge a empurrou bruscamente para longe.— Se você quer morrer ou quer viver, isso é problema seu, não tem nada a ver comigo.A mão de Rita caiu sem força.— Se eu quero morrer ou viver, isso não tem nada a ver com você? — Rita soltou uma risada amarga. — Eu me arrisquei para salvar sua irmã, agora estou em uma cadeira de rodas, e você ainda quer que eu morra?O rosto que antes era sereno, agora estava maculado por uma expressã

Uma cena tão sangrenta como aquela, Isabela não poderia ver.Ela estava grávida e não podia permitir que algo assustasse o bebê que carregava.No momento crítico, Roberto correu e agarrou Rita, que estava tentando se arrastar até a janela:— Você enlouqueceu? É necessário fazer isso? Você ainda é a Rita que eu conheço? No passado, você era orgulhosa e calma, a mulher que eu mais admirava. Como você pode ter pensamentos suicidas?— Me solte! Eu ainda posso viver em paz? — Rita gritou, cheia de dor e raiva.— Morrer é a coisa mais estúpida que você pode fazer. A vida é preciosa! E a vida é única, depois da morte, realmente não há mais nada! — Roberto tentou convencê-la.Mas Rita sentia uma vergonha profunda. Ela não conseguia mais enfrentar o homem de quem gostava, nem os colegas com quem havia trabalhado. Todos sabiam do seu amor por Jorge.E, pior ainda, Jorge já estava casado. Rita ainda queria ficar com ele, mas todo mundo a desprezaria e zombaria dela.Ela não conseguia suportar aqu

Parecia que, na verdade, nada tinha acontecido, e o tempo simplesmente passou.Jorge terminou de fazer a ligação e foi até ela, enquanto Alícia foi chamar Clara.Isabela se levantou primeiro e saiu, com Jorge a seguindo.Jorge a abraçou pela cintura:— As palavras de outras pessoas te afetam tanto assim?Jorge podia sentir a mudança emocional em Isabela.Provavelmente conseguia até adivinhar o motivo de seu estado de espírito.Isabela deu uma risada sarcástica.Talvez fosse por causa da sensibilidade que a gravidez trouxe.Mas, ao pensar melhor, se Jorge se importasse, não estaria com ela agora.Isabela relaxou o corpo e se apoiou em seu abraço, negando:— Não.Ela estava assim apenas nesses últimos dias; normalmente, quando estava no país, o trabalho de Isabela a mantinha tão ocupada que ela mal tinha tempo para pensar nessas coisas.Alícia e Clara saíram, e todos seguiram para o restaurante....Roberto levou Rita para o hospital e, após avisar os pais dela, foi embora.Após sua part

Rita abaixou a cabeça.Ao ver sua filha assim, o pai não insistiu mais.Afinal, Rita estava ferida, e ele ainda sentia uma grande dor por ela.— Como você machucou a perna hoje? Recebemos a ligação de seu colega, eu e sua mãe ficamos muito preocupados. — A voz de seu pai também se suavizou.Rita se limitou a responder:— Foi um acidente.Ela baixou a cabeça, pensando no que aconteceu, sentindo raiva e frustração.Rita trabalhou com Jorge por tanto tempo.Sempre pensava nele, sempre o colocava em primeiro lugar.Mas ele, ao invés de a apoiar, a traiu.Rita se conteve e decidiu aceitar o plano de Sandro.— Pai, estou com fome. — Rita levantou a cabeça, e seu olhar, agora, estava limpo e sereno.Sua voz já não estava mais ríspida.Sua atitude gentil fez seu pai sorrir, e sua voz ficou ainda mais suave:— O que você quer comer? Eu vou comprar para você.— Quero uma salada com carne. — Rita respondeu.— Vou comprar agora mesmo. — O pai dela se levantou e saiu do quarto.— Mãe, o médico diss

Isabela olhou para ele.Ela estava realmente cansada, sem energia para brincar com ele.— Você comprou quantas passagens? — Isabela sempre quis perguntar isso, e agora não conseguiu mais se conter.Jorge, é claro, sabia exatamente o que ela queria saber.— Eu vou voltar com você. — Jorge comprou três passagens.A passagem de Isabela já estava comprada antecipadamente; quando comprou as passagens para a mãe e para Clara, também comprou a sua.As pequenas coisas da empresa ele deixava para os funcionários, não precisava se envolver em todos os detalhes.Jorge também sabia que Isabela estava grávida e precisava dele ao lado dela.Embora Isabela fosse muito bondosa e entendesse o trabalho dele, ela também tinha momentos em que realmente precisava dele ao seu lado, especialmente em uma fase tão sensível como a gravidez.O canto dos lábios de Isabela se curvou em um sorriso.Sentada no carro, Isabela recebeu uma mensagem do médico, avisando que já podia ir fazer os exames. Ela respondeu dize