Isabela e Viviane estavam no hospital, conversando com o professor Davi.Ele queria que Viviane se casasse, mas ela tinha escolhido Fabiano, e ele não aprovava muito a ideia.Ele parecia um pouco preocupado.— Vocês dois são farinha do mesmo saco, né? Casar para cada um viver sua vida? Então, para que casar? Melhor nem casar.Ele queria ver Viviane se casando porque desejava que ela se estabilizasse, não que fizesse bagunça.— Vovô, não precisa se preocupar. — Disse Viviane, sentada à beira da cama, descascando uma laranja. — Eu e o Fabiano somos parecidos, temos os mesmos gostos, os mesmos assuntos. Duas pessoas assim vivendo juntas, vai ser tranquilo, sem briga. O casamento não é para estar com alguém que combine com a gente?Ela separou uma fatia e levou até a boca do avô.— Nessa época do ano, a laranja é mais doce.O professor Davi abriu a boca e comeu a rodela, olhando com ar sério para a neta.— Então, depois que você casar com o Fabiano, os papos de vocês vão ser o quê? Qual mu

Para aquele professor que cuidava tanto da filha, Lara sempre foi muito grata.Ela e Caio não tinham muita cultura nem muitos contatos, e o sucesso acadêmico de Isabela não teria sido possível sem o apoio e incentivo daquele professor.Mesmo sendo simples, Lara sabia como demonstrar sua gratidão.— Já está melhor.— Em qual hospital? Eu e seu pai vamos comprar algumas coisas para visitar ele. — Disse Lara.Isabela passou o endereço e Lara anotou.Ao entrar em casa, Lara olhou para o ambiente totalmente renovado e fez uma careta. A única coisa que ainda permanecia era o condomínio. Dentro da casa, não restava nenhum vestígio do passado.Ela colocou as coisas na mesa.— Isa, venha comer um pouco.— Não estou com fome agora, mais tarde eu como. — Isabela respondeu. Ela então serviu um copo de água para Lara. — Mãe, eu estava pensando em ligar para você e para o papai.— Por quê? O que aconteceu? — Lara segurava o copo, mas não bebia. Ela olhava ao redor, observando os detalhes da casa rec

— Se você está pensando em gritar por socorro, esqueça. Melhor calar essa boca e me deixar em paz.Ele se espreguiçou preguiçosamente. Depois de tanto tempo esperando, finalmente tinha chegado o momento. Tinha tanta coisa para dizer para Isabela. Mas ele estava exausto. Nos últimos dias, ele vinha seguindo ela em segredo, sem comer direito, sem dormir.Ele trancou a porta por dentro, fechou a janela, puxou as cortinas e se jogou na cama.— Você não se importa se eu dormir na sua cama, né?Ele sorriu com malícia.Isabela sentiu todos os pelos do corpo se arrepiarem.Danilo se deitou e cheirou o travesseiro com ganância.— Foi nesse travesseiro que você dormiu ontem, né? Parece que ainda tem um pouco do seu cheiro aqui... Dormir no seu lençol... Será que isso conta como a gente dormir junto, mesmo que indiretamente? — Perguntou ele, olhando fixamente para Isabela. — Você costuma dormir de roupa ou sem?Os pelos do corpo de Isabela se arrepiaram todos.Naquele momento, ele parecia um maní

Isabela só conseguia sentir que ele era distorcido por dentro.Afinal de contas, foi ele quem errou primeiro.Mas aquele não era o momento para discutir quem estava certo ou errado. Provocar ele naquele momento não ia trazer nada de bom.— Eu te trato mal? — Ele gritou. — Eu gosto tanto de você, eu te amo de verdade, e mesmo assim você não me olha, não aceita o que eu sinto! Me diga, o que tem de errado comigo, hein?!Isabela só conseguia sentir uma dor insuportável. Parecia que ele ia esmagar o osso do queixo dela.Com dificuldade, ela conseguiu soltar algumas palavras, em meio a pausas doloridas:— Você é... Bom... Sempre achei isso...— Então por que você não me ama?!— O amor... Depende... De destino...— Eu te conheci antes do Sandro! A gente tem mais destino do que vocês dois!Por causa da dor, o suor brotava em gotinhas finas na testa de Isabela.— Danilo... Por favor... Me solte... Por favor...Ele olhou nos olhos dela, ficou em silêncio por dois segundos, e então soltou a mão

Jorge conseguiu o número de telefone de Sandro através das conexões entre os escritórios de advocacia.Assim que obteve o número, ele ligou imediatamente.Naquele momento, Sandro também estava utilizando todos os seus contatos, investigando com afinco o paradeiro de Isabela.No entanto, embora tivesse chegado antes de Jorge e até soubesse que quem havia sequestrado Isabela foi Danilo, ele ainda estava com o progresso lento, tendo conseguido apenas uma gravação de câmeras de segurança mostrando o sequestro.Na gravação, ele não conseguia ver o rosto da pessoa que sequestrou Isabela, mas sabia que era Danilo.— Investiguem essa van. — Ele apontou para a placa do veículo na gravação.— Sim, senhor.De repente, seu celular tocou.Ele tirou o celular do bolso, e na tela aparecia um número desconhecido.Sua primeira reação foi perguntar se seria Danilo.Então, ele atendeu na hora.— Alô?— Você sabe quem sequestrou a Isa, né? — Jorge perguntou de forma direta.A voz grave do outro lado fez S