MELISSA – Ah, eu estava prestes a entrar. – Eu rio nervosamente, sem saber se devo confiar nele ou não, especialmente porque toda essa cerimônia estava cheia de pessoas da máfia russa e italiana. Ele estende a mão para mim com um grande sorriso, seus olhos brilhando sob a luz. – Claro, senhorita, meu nome é Peterson Ivanovich. Peço desculpas pela apresentação tardia. – Ele ri enquanto eu hesitantemente estendo minha mão para apertar a dele. – Você é russo? – pergunto depois de ouvir seu nome. – É claro que é muito decepcionante ver a linda filha do nosso líder russo se casar com aquele italiano canalha. – Ele suspira e eu franzo as sobrancelhas com sua escolha de palavras. – Certo... – eu digo, afastando minha mão da dele. – Ah, vamos lá, até eu posso dizer que isso foi tudo arranjado, está tudo bem, eu o odeio tanto quanto você. – Ele sussurra brincando, mas não acho que tenha sido uma piada. Como ele sabia que nosso casamento era arranjado? Não poderia ser tão óbvio assim.

RICHARD Saio do quarto, batendo a porta enquanto caminho rapidamente pelos corredores, abotoando minha camisa. Passo a mão pelo cabelo em frustração, sem me preocupar em abotoar completamente a camisa social.Não sei que porra ela estava fazendo comigo, mas não era bom. Eu não conseguia nem me forçar a transar com ela. Toda vez que eu olhava nos olhos de cachorrinho dela, eu via alguém que merecia mais. Ela merecia amor, e eu não era quem poderia dar isso a ela.Eu sabia que ela ficaria brava comigo, mas eu queria isso. Eu tinha que parar de dar a ela qualquer esperança de que algo aconteceria entre nós. Eu odiava admitir, mas ela já tinha um efeito sobre mim e eu tinha que me distrair antes que piorasse.Eu bato a porta, o quarto estava escuro como sempre. Meus olhos pousaram em seu corpo patético ainda deitado no chão.– Eu te dei tempo para decidir se você quer sua vida ou não, responda agora antes que eu atire uma bala por cada vez que você tocou nela. – Eu digo, virando um copo

MELISSA – O que há com você? Porque sempre dirige tão rápido? – pergunto, aterrorizada com a velocidade obviamente ilegal em que ele estava. Viro a cabeça quando ele não responde, observando seus olhos frios focados na estrada à sua frente, sua mandíbula cerrada. Engulo o nó na garganta, percebendo o quão bravo ele parecia. O que ele ia fazer comigo? Não pensei que isso o deixaria tão bravo. Memórias do meu pai me batendo passam pela minha cabeça depois que eu cometia um erro e sinto meu rosto ficar pálido. Ele faria o mesmo? – Você pode, por favor, ir mais devagar? – Eu sussurro, fechando os olhos com medo. – O que diabos você estava pensando ao sair com outro homem e se vestir desse jeito? – Ele grita, apertando o punho no volante. – Peterson não é assim, ele é só um ami... – Você é burra? Ele não quer ser seu amigo, quão ingênua você pode ser? – Ele cospe e eu o encaro, furiosa por ele achar que Sebastian era assim. – Somos apenas amigos, e mesmo que fosse algo ma

MELISSA – Richard, eu... eu posso fazer isso sozinha. – Eu digo, mas ele me ignora, agarra minha mão e gentilmente coloca o curativo da princesa Jasmine sobre meu dedo. Não sei o quanto ele bebeu, mas definitivamente foi demais. – Sabe, ainda não tivemos nossa primeira noite. – Ele murmura no meu ouvido e sinto um arrepio percorrer minha espinha. Eu odiava o quão nervosa ele me deixava. Eu tinha que me controlar, principalmente depois do que ele fez com Peterson. – Estou cansada. – Eu digo, me afastando novamente e caminhando em direção ao banheiro. Dei uma olhada em seu rosto desapontado antes de ir embora. Depois de tomar um banho, saio e encontro ele dormindo na cama. Ele nem tinha o edredom sobre ele. Ando mais perto da cama, um pequeno sorriso cobrindo seu rosto. Como uma pessoa tão brava parecia tão pacífica enquanto dormia? Movo o edredom sobre ele, hesitante sobre se devo dormir na cama ou não. Ele ficaria bravo se eu dormisse ao lado dele? Ele não dormia no mesmo quar

MELISSA Depois daquela interação com Carlo, não vi Richard pelo resto do dia. É como se ele estivesse tentando me evitar. Eu simplesmente não entendi, ele foi tão legal naquela noite, tão diferente , mas agora ele estava de volta ao seu eu frio. Ele sempre foi tão bipolar? – Senhorita, está na hora do jantar. O Sr. Salvatore e seus amigos estão comendo no refeitório principal. Você quer se juntar a eles ou gostaria que seu jantar fosse servido aqui? – pergunta Madison, enquanto segura uma pilha de toalhas recém-lavadas. Eu realmente não falava com Richard há alguns dias, ele não ficaria bravo ao me ver lá? Espera, por que eu me importo mesmo? – Não tenho certeza, Madison, ele nem me convidou. Além disso, não quero me intrometer. – murmuro, brincando com a bainha da minha camiseta. – Oh, é por isso que você não quer ir? – Ri e eu aceno minha cabeça lentamente, confusa sobre o porquê dela estar rindo. Eu disse algo estranho? – O Sr. Salvatore foi quem me pediu para lhe perguntar