POV Abigail― Abi! ― Lena tentou se aproximar, mas ergui minha mão a impedindo. Seus olhos transmitiam o medo que ela sentia naquele momento.― Apenas fiquem aqui. ― Disse apontando para o gramado. Georgina parecia confusa, mas logo compreendeu o que eu queria dizer.Caminhei com Louis por dentro da mansão, o guiando pelos corredores, nos escondendo quando alguém aparecia e, convenientemente, alterando nossa rota em alguns momentos. O lobo, já impaciente, me puxou com força, rosnando em meu rosto. Seu cheiro era tão forte que virei o rosto.― Está nos atrasando de propósito! ― Seu tom furioso me deixou em alerta, a faca firme em sua mão pressionando na minha cintura.― Faz alguma ideia do cheiro que está exalando? ― Apontei para o largo corredor, repleto de janelas abertas e o outro, por onde Louis queria ir, que era fechado e abafado. ― Se formos pelo caminho mais curto, seu cheiro logo será notado. As janelas levaram seu cheiro para fora enquanto engatinhamos por baixo delas.Após p

POV AbigailFechei meus olhos, apenas esperando para se pega, então, os passos pararam. Respirei lentamente, abrindo os olhos e focando em minha audição. Risadas ecoaram no ar, logo vários passos se juntaram ao primeiro, seguido por um som estranho de algo esmagando. Com cuidado, espiei de trás da árvore e via alguns lobos indo e vindo da pilha de lixo e dejetos, pegando algo e voltando para lançarem contra Louis e Jason.Não demorou muito para que o lixo desse lugar as pedras. Louis tentava se proteger, mas Jason apenas aceitava ser atingido, sem esboçar qualquer reação. Vendo aquela sena, a humilhação daqueles lobos e tendo uma pequena noção pelo que Jason havia passado, mesmo assim, não consegui sentir pena deles. Me sentia completamente vazia, fria. No palco, Esmeralda fazia uma expressão de desgosto, enquanto Rubens tentava protegê-la de ser atingida por acidente. Rafael apenas observava aquela cena com seu sorriso de lado, o rosto perfeito e sem emoções. Com um gesto de sua mão,

POV AbigailEstava exausta. Tudo o que eu queria naquele momento era tomar um banho e dormir, mas não podia. Felix já havia dado a ordem, deveríamos nos preparar para o ataque. Olhei o rosto do meu alfa, sério e concentrado, como se milhões de pensamentos rodeasse sua mente. Estendi meu indicador, tocando a ruga entre seus olhos e chamando sua atenção. Sua expressão suavizou em um sorriso de lado.― Tem alguma coisa te preocupando? ― A pergunta de Felix me fez franzir a sobrancelha.― Não acredito que esteja me perguntando isso. ― Felix tocou gentilmente seu nariz na minha bochecha, em um carinho suave.Meu coração não conseguia se acalmar com a certeza da partida do Felix para a batalha. Confiava nele e em sua força, mas também sabia como os lobos da Umbra eram sorrateiros e sem honra. Apertei minha mão na camisa de Felix, rezando com todas as minhas forçar para que a Deusa não permitisse que algo de ruim acontecesse com ele.Entramos no quarto e Felix me colocou sobre a cama. Com cu

POV AbigailEnquanto caminhava pela lateral da mansão, vi Lena ao telefone. A loba parecia irritada e agitada, gesticulando e rosnando, mas mantendo a voz baixa.― Por que você não entende?! ― Lena gritou, perdendo claramente o controle e me surpreendendo. ― Ele não quer ser meu pai, ele não liga para você, aquele lobo é um estranho na minha vida e não quero ter qualquer tipo de relação com ele.Me aproximei fazendo barulho, para que Lena notasse minha presença. Rapidamente ela se recompôs, passando a mão pelo rosto, talvez para limpar as lágrimas e desligando o telefone em seguida. Esperei um momento antes de me aproximar.― Não queria atrapalhar. ― Disse um pouco sem jeito, não sabendo como lidar com aquela situação.― Imagina, na verdade, você me tirou de uma situação bem chata. Minha mãe fica insistindo para que eu vá conversar com Rubens. Ela não entende o que ele e a luna viúva estão fazendo? Que aquele lobo nunca se importou com ela ou comigo? ― Lena suspirou, olhando para a te

POV AbigailEsmeralda ainda gritava, completamente histérica, segurando seu pulso, enquanto Rubens recuperava a arma com tranquilidade do chão. Assim que o viu, Esmeralda correu para os seus braços chorando, sua maquiagem completamente borrada pelas lágrimas.― Meu amor, veja. Veja o que fizeram comigo. ― A loba choramingava erguendo o braço.Com um toque gentil e sorriso leve, Rubens acariciou o rosto de Esmeralda, que se acalmou no mesmo instante. Aquela cena era nojenta. A loba parecia mais uma cadela no cio, se esfregando em Rubens enquanto o olhava com luxúria e abria a camisa do beta. Ela agia como se não estivéssemos ali, então decidi aproveitar aquele momento e me virei, na intensão de pegar Lena e fugir. Porém, antes que desse o primeiro passo, um disparo foi feito, atingindo o chão ao lado do meu pé esquerdo.― Não, não, não. Fiquem bem quietinhas aí. ― Rubens ordenou apontado a arma em nossa direção.Enquanto Rubens estava focado na Lena e em mim, Esmeralda se esfregava em s