JOHN BACKER Eu estava enlouquecido por ela e isso me deixava intrigado, queria estar ao seu lado o tempo todo como nunca quis com nenhuma outra mulher. E vê-la ali embaixo de mim, quase nua, a minha mercê, atiçava meus mais sórdidos extintos. Só não poderia me esquecer que ela tinha apenas 18 anos e há pouco tempo era escrava sexual de um ser nojento e acumulava traumas com certeza. — Eu quero você John. — Murmurou de olhos fechados enquanto mordia os lábios vermelhos e mais volumosos por causa dos beijos. As coxas apertavam minha cintura com força. Ela tentava soltar os braços para me tocar, permiti. Mas eu sabia que estava ali contra a moral, que na verdade eu não tinha e é por isso que temia tanto chegar a esse ponto com ela. Sei que a garota nutre algo por mim e eu também sinto algo forte, mas prefiro esconder, por hora, nossas vidas se encontram muito instáveis no momento. Não quero dar nome a nada, mesmo que tenha acabado de praticamente pedi-la em casamento, mas tudo

DANNA PAOLA MADERO Quando me vi no estacionamento do prédio onde tinha algumas pessoas, senti vontade de voltar correndo, parecia que em cada rosto eu via o Paul, coração apertado como se ele estivesse por perto. O pensamento que meu casamento com John talvez fosse sim a maior merda que faria na vida, afinal gostaria que ele me amasse e fosse fiel a mim, ou eu não suportaria vê-lo com outras mulheres. — Está tudo bem? — John veio ao meu encontro quando fiquei parada dentro do elevador que estava prestes a fechar as portas novamente. Sem conseguir dizer uma palavra, apenas assenti sem ar. Era um bom e velho ataque de pânico. Ele percebendo que algo estranho acontecia, me puxou para fora e levou até o carro. O cheiro dele dentro do veículo era bem notável, de certa forma isso me acalmou um pouco. — Precisa de algo? — Seu tom era preocupado e eu me esforçava para voltar a respirar e parar de tremer. — Me abraça por favor... — Sim, minha dignidade era um lixo, mas se somente o c

DANNA PAOLA MADERO Os últimos dias em Londres não foram fáceis, para conseguir meus novos documentos para a viagem, precisei sair de casa por diversas vezes, indo sempre com o John. Andava a passos largos e com o rosto escondido, temendo que a qualquer hora eu fosse encontrada pelo Paul. Mas o pior quase aconteceu mesmo em nossa casa, quando quase fomos pegos por Dylan, o ex-colega de trabalho do John da boate. Estávamos chegando em casa juntos, John distribuía beijos pelo meu pescoço me fazendo dar risadas baixas pelo corredor. Quando abrimos a porta, nosso sorriso morreu ao ver um homem que não era o Mike sentado no sofá da sala. De imediato o reconhecemos. Instintivamente John enlaçou minha cintura com o braço. Dylan virou a cabeça para nos encarar. Esme estava na cozinha apertando o pano de prato entre as mãos de forma nervosa e nada discreta. Eu torcia para meu cabelo curto com franja, roupas diferentes (comportadas) e o rosto sem maquiagem, fossem o suficiente

DANNA PAOLA MADERO — Por quem? — Continuei questionando curiosamente. John puxou um sorriso de lado. — Por você. Sorri aliviada e bati no braço dele. — Eu não conto. Nunca teve outra mulher? Segurou minhas mãos e as beijou, me encarando de forma firme. — Sempre foi você. — Por que tão tarde? Você já é meio velho para só ter se apaixonado agora... — Velho?! — Fingiu estar ofendido e mordeu meu pescoço como punição. Ri alto abafando o som com as mãos. — Não, não era... — Minha mãe traiu meu pai. — Me interrompeu e soltou com a voz sombria quando pensei que não teria outra resposta. — Minha mãe também nos deixou por outro homem. — Ela morreu em um acidente ao tentar fugir com o amante que no caso era o cunhado, irmão do meu pai. — Seu olhar se tornou mais sombrio ainda. Eu e minha boca grande... — Sinto muito. — Murmurei e deitei novamente em seu peito, agora como uma forma de confortá-lo. — Por isso, até antes de você, as mulheres só me serviam para aliviar o

DANNA PAOLA MADERO Inexplicavelmente, tive uma crise de riso das boas, com gargalhadas histéricas e estranhas. Não era possível! Na verdade, era sim. Meu sorriso foi morrendo na boca, à medida que me dei conta de que era casada, e tinha uma vida sexual ativa, então poderia ser verdade, agora eu precisava confirmar. Os dois me olhavam como se eu fosse louca. Caindo em si, voltei a seriedade e tentei convencer Rose do pouco que sabia sobre gravidez, que aquilo não me parecia uma doença, eu ainda poderia ficar. — Rose, se for verdade, eu não vejo problema nenhum eu continuar a trabalhar. — Mas eu vejo. Você é fraca demais, com um filho na barriga então... — Bela desculpa. — Murmurei e passei por eles magoada. Já ia pisar o pé na calçada quando a senti segurar meu braço. Sem dizer nada mirei seu rosto mais vermelho que o normal, os olhos marejados. Foi a primeira vez que a vi assim. Enfiou a mão no bolso e depositou na minha um maço de dinheiro. — Não preciso... — Pr