Agora, aquelas mesmas palavras, se ditas, soam apenas como ironia.— Eu sei. — Falei, fazendo uma pausa antes de continuar. — Já não sou mais uma criança.Sebastião entendeu o que eu queria dizer, e soltou um sorriso forçado.— Foi excesso de preocupação da minha parte.Não respondi, e ele acrescentou:— Preste atenção ao caminhar, não se distraia.Fiz um som afirmativo, mas, de repente, uma imagem do sonho que tive à noite veio à minha mente. — A cena dele, todo ensanguentado.Agora ele estava novamente no hospital, e meu coração apertou instantaneamente. Instintivamente, perguntei:— Você veio aqui fazer o quê?Os lábios dele se moveram, mas ele não respondeu.— Você não está... — Confortável, pensei, mas não consegui completar a frase.Foi quando ouvi uma voz chamando-o à distância.— Sebastião, apresse-se!Era Lídia.Eu não conseguia ver nada, pois Sebastião me bloqueava a visão, mas podia claramente ouvir a voz dela.Agora, tudo fazia sentido. Ele não estava ali por algum mal-esta
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